A Corte Penal Internacional no caso Thomas Lubanga Dyilo: o primeiro réu condenado

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01/05/2017 às 00:34

Resumo:


  • A República Democrática do Congo sofreu com duas guerras civis intensas e a atuação de milícias, como a liderada por Thomas Lubanga Dyilo, que recrutava crianças para combate.

  • Thomas Lubanga Dyilo foi o primeiro condenado pela Corte Penal Internacional, recebendo uma sentença de 14 anos por crimes de guerra, incluindo o recrutamento de crianças menores de 15 anos.

  • A condenação de Lubanga é vista como um marco no combate à impunidade e na proteção dos direitos das crianças em zonas de conflito, com a comunidade internacional celebrando o avanço na justiça internacional.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

5. CONCLUSÃO

Estudos sobre a criação da Corte Penal Internacional permanente, mostrou-se um passo importante tutelado pelo Direito Internacional, um processo lento e gradativo, do movimento do Direto Interno para o Direito Internacional. Movimento que ainda está em construção.

A Corte Penal Internacional é capaz de responsabilizar o indivíduo, pois consolidou em seu Estatuto a individualização da responsabilidade internacional, que considera preciosa a vida humana e não como algo disponível a interesses individuais de dominação. O TPI representa um novo marco na história quando junto à Comunidade Internacional, busca pôr fim à impunidade e às atrocidades que ocorrem nos conflitos dos países em litígio.

Ao trazer o conflito da República Democrática do Congo como exemplo do primeiro julgamento do Tribunal Penal Internacional no caso Lubanga, mostrando o contexto histórico. Onde uma rebelião no RDC tomou proporções gigantescas tornando o país um sangrento campo de guerra. Na análise do caso Lubanga percebe-se que os crimes contra a vida humana são punidos independendo de posição social ou política do autor, bem como a influência que o autor tenha no seu território nacional.

Na verdade, o ideal é não punir, porém agir de maneira que os crimes internacionais não aconteçam. Contudo, ainda não se é capaz de erradicar a raiz de atos de crueldade e violência em nome de interesses próprios e dominação do homem. Por isso o advento de um órgão capaz de responsabilizar esses atos e a condenação de Lubanga, por crimes de guerra que cometeu em Ituri na República Democrática do Congo, pela Corte Penal Internacional, foi comemorado pela comunidade internacional. A condenação de Thomas Lubanga é reconhecido avanço, mas que ainda existe um longo caminho em busca da consolidação dos Direitos Humanos.


6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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Abstract: a Democratic Republic of the Congo has gone through two civil wars that go unnoticed by the mainstream media, a historical trajectory of the country is briefly described in European colonization, independence, search for national identity, poverty, corruption and civil wars. In the midst of this boiling cauldron between rebel groups of militiamen seeking their interests and the conflict between Hutu and Ituri ethnicities, Lubanga Dyilo or "Lord of War" emerges as the leader of the Union of Patriotic Congolese (UCP) and former commander of the Patriotic Forces For a Liberation of Congo (FPLC), he was the first accused and convicted by the International Criminal Court of war crimes for recruiting and recruiting children under the age of 15 and using them to actively engage in hostilities under extreme circumstances of violence.

Key words: International Criminal Court. War Crimes. Democratic Republic of Congo. Thomas Lubanga

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Sobre a autora
Laura Leite Serra Alves

Acadêmica de Direito na Faculdade Luciano Feijão cursando o Décimo Semestre. Monitora na disciplina de Ciências Políticas e T.G.E no período de 2013 a 2015.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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