5. Por que fazer Citações e/ou Referências?
A razão de se fazer citações e/ou referências – isso sem esquecer a forma própria de colocar as “Referências Bibliográficas” na parte final do Trabalho –, se destina à identificação da origem das ideias ou premissas adotadas ou desenvolvidas pelo(a) aluno(a).
A partir daí, é que se observará o trabalho de pesquisa, bem como o grau de desenvolvimento e/ou elaboração alcançados pelo(a) autor(a) do Texto Acadêmico e, mesmo, a observância, das regras formais, parâmetros que serão levados em conta no momento da avaliação.
Sobre o tema, cumpre invocar a lição de Rizzatto Nunes, senão vejamos:
“Aqui mais uma vez o `esqueleto´ do trabalho será referência obrigatória. Ele será o guia que você utilizará para desenvolver o texto.
Pode acontecer, contudo, que você se sinta preparado ou esteja mais animado ou, então, com vontade de tratar do assunto que está anotado no que será o seu capítulo VI. Pode começar a escrever a monografia por aí? Pode.
Você começará de onde entender adequado e depois retomará o trabalho do início, conforme consta do `esqueleto´. Quando estiver de volta no Capítulo VI, o relerá para adaptá-lo aos anteriores.
O `esqueleto´, conforme já se disse, não é elemento estanque de organização do texto. Ele é feito e pode ser alterado. Por isso antes de iniciar a redação releia-o todo. Cheque os capítulos, temas, títulos e subtítulos. Examine-o e desde já comece a trabalhar nele.” (RIZZATTO, 2013: p. 141)
Nesse passo, se mostra oportuno tratar das chamadas Partes do Trabalho Acadêmico, ou seja, seus Elementos Pré-Textuais, Textuais e Pós-Textuais
6 As Partes do Trabalho Acadêmico: Elementos Pré-Textuais, Textuais e Pós-Textuais
O TCC e a Monografia quanto aos elementos podem ser divididos em Elementos Pré-Textuais, Elementos Textuais e Elementos Pós-Textuais.
6. 2 -1 Os Elementos Pré-Textuais
Aqui, cumpre lembrar que os Elementos Pré-Textuais podem ser obrigatórios ou, então, opcionais:
Capa (obrigatório)
Folha de rosto (obrigatório)
Folha de avaliação (obrigatório)
“Dedicatória (opcional) – aqui o autor do trabalho presta homenagem ou dedica o seu trabalho a alguém.
Agradecimentos (opcional) – os agradecimentos são dirigidos àqueles que contribuem de maneira relevante à elaboração do trabalho.”
Epígrafe (opcional) – é um pensamento pertinente ao tema. É colocado na abertura do trabalho.
Resumo na língua vernácula (obrigatório em alguns trabalhos) – é a apresentação concisa dos pontos relevantes do trabalho.
Resumo em língua estrangeira (obrigatório em alguns trabalhos) – é uma versão do resumo em idioma de divulgação internacional.
Sumário (obrigatório) – consiste na enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem, grafia em que a matéria nele se sucede, acompanhado do respectivo número de página. Se houver mais de um volume, deve constar em cada volume o sumário completo do trabalho.” (ISKANDAR, 2015: p. 86-87)
6.2 -2 Elementos Textuais
Segundo Jamil Ibrahim Iskandar, os Elementos Textuais, o próprio Corpo do Trabalho também se dividem em 3 (três) partes, isto é, Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, confira-se:
“[...] Introdução
Parte inicial do texto, da qual devem constar a delimitação do assunto, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho.
Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções que variam em função da abordagem do tema e do método. É a parte mais importante do trabalho, onde são exigidos raciocínio lógico e clareza.
Parte final do texto, na qual se apresentam as conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses.”[...]
Note-se, todavia, que aqui, não se afigura recomendável antecipar conclusões.
Por fim, o “[...] autor de um trabalho pode apresentar recomendação(ões) além de conclusões. Uma recomendação é a declaração concisa de ações julgadas necessárias a partir das conclusões obtidas e que podem ser usadas no futuro.”(ISKANDAR, 2015: p. 26-27)
6.2 - 3 Elementos Pós-Textuais
“Elementos pós-Textuais
Referências (obrigatório);
Glossário (opcional);
Anexos (opcional);
Índices (opcional).”(ISKANDAR, 2015: p. 88)
“Procure abrir parágrafos sempre que possível, mas nunca aleatoriamente. Evite períodos muito longos e, se tiver de utilizá-los, faça-o apenas poucas vezes. Releia-se os períodos longos e procure alternativas para abertura de parágrafos. O texto fica mais `arejado´, mais agradável de ser lido.”(RIZZATTO, 2013: p. 242-243)
De qualquer modo, embora Rizzatto Nunes tenha dito que as notas podem ser usadas para aumentar o conteúdo, mais adiante o citado autor estabelece um limite quando alerta:
“Em realidade, temos de dizer que não é de boa técnica lançar mão de notas de rodapé muito extensas.
[...]
Notas muito longas não cumprem essa finalidade, uma vez que o leitor é obrigado a abandonar o texto principal para ler com atenção (especialmente porque as letras são de tipo menor) a redação das notas, o que prejudica a comunicação.”(RIZZATTO, 2013: p. 165)
9. 2 Elementos Gráficos: Espaço de entrelinhas nas Notas de Rodapé e nas Citações
“O espaçamento entre as linhas deve ser o duplo, para que a leitura fique mais fácil e fluente. Pode-se, querendo, utilizar o espaçamento 1,5 para diminuir o número de folhas, sempre que quiser evitar a abertura de um segundo volume. Mas não deve usar o espaçamento simples, que só é usado no rodapé. (RIZZATTO, 2013, p. 236-237)
Destarte, se o espaçamento entrelinhas simples só se destina às notas de rodapé, para as “citações com mais de 3 linhas”, seria mantido, conforme postula o autor citado, o espaço duplo ou 1,5 – idêntico ao Corpo do Texto, portanto –, embora com letra menor 10 ou 11, segundo se trate de Arial ou Times New Roman.
9.3. O Tamanho das Notas de Rodapé e das Citações
Parece oportuno referir aqui à questão do tamanho das citações.
Aqui, conquanto ciente acerca da validade formal do uso de citações de até três linhas no corpo do texto, é importante indagar quando tal utilização se afigura mais recomendável.
É preciso também aqui pensar no leitor...daí porque, se se trata de argumento conhecido ou enfeixado com outros já apresentados tudo bem, contudo, não parece adequado lançar a esmo no texto uma ideia desligada de seu contexto e, pois, com dificuldades para a sua compreensão.
10 Referências e suas diferentes espécies
De acordo com a NBR 14.724/05O, referência é o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual.”
As referências devem ser apresentadas obedecendo ao critério de ordem alfabética, numeradas e alinhadas somente à margem esquerda.
[...]
São informações indispensáveis à identificação do documento. Os elementos essenciais estão estritamente vinculados ao suporte documental e variam conforme o tipo. (ISKANDAR, 2015: p. 55)
10. 1 Referências: Obra de apenas um autor
Obra de apenas um autor
A entrada deve ser feita pelo último sobrenome do autor com letras maiúsculas, seguido de vírgula e do prenome(s) e sobrenome(s). Seguem-na o título da obra em negrito, subtítulo, se houver, número da edição (exceto quando tratar-se da primeira edição); local, editora; ano da publicação e número de páginas.
Exemplo: KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 1987, 257 p. (ISKANDAR, 2015: p. 58)
A citação do número de páginas na referência de livros é opcional.
Entretanto, o autor citado aconselha sua inclusão deste em Teses e Dissertações, o que, todavia, é visto como obrigatório por outros autores.
Para os fins do presente trabalho, incluiremos esse dado, em virtude de sua finalidade, ou seja, para deixar claro que o seu objetivo é o de apresentar um Roteiro Simplificado e que, por isso mesmo, se pretende menos extenso.
10. 2 Referências: Obra escrita por dois autores
Obra escrita por dois autores
Nesse caso, a entrada deve ser feita pelo nome do primeiro autor que aparece na publicação, seguido de ponto e vírgula e do nome do segundo autor, seguido dos outros elementos.
Exemplo: REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia. 2 ed. São Paulo: Paulinas, 1990, 3 v. (ISKANDAR, 2015: p. 58-59)
10. 3 Referências: Referência de artigos de revistas/ periódicos
“Referência de artigos de revistas
De acordo com a NBR 6.023/00, deve-se adotar a seguinte ordem de entrada:
1 – Autor(es) do artigo;
2 – Título do artigo e subtítulo (quando houver);
3 – Título da revista;
4 – Título do fascículo (quando houver);
5 – Local da publicação;
6 – Número do fascículo, páginas inicial e final do artigo;
7 Mês e ano.
Exemplo: ISKANDAR, Jamil Ibrahim. A Mesquita: o berço das escolas árabes. Comunicações, Piracicaba, n. 1, p. 126-128, jun. 1999. (ISKANDAR, 2015: p. 64)
10.4 - Referência de Internet
[...] Devem-se mencionar os dados relativos ao material utilizado e citado, da mesma forma como se tivessem sido publicados em periódico, colocando-se título da publicação, título da parte (quando houver), local da publicação, editora, numeração do ano e/ou volume, numeração do fascículo, as informações de períodos e datas de sua publicação e as particularidades que identificam a parte. [...] (ISKANDAR, 2015: p. 66).
Exemplo: BRIGAGÃO, Gustavo. Ausência de lei complementar impede ISS em leasing. Revista Consultor Jurídico, São Paulo, Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2012-ago-22/consultor-tributario-ausencia-lei-complementar-impede-iss-leasing> Acesso em: 24 ago. 2012.
10. 5 Referência de documentos jurídicos
“Os elementos principais para este tipo de referência são: jurisdição (ou cabeçalho da entidade no caso de se tratar de normas), título, numeração e data, ementa e dados da publicação. Quando necessário, ao final da referência acrescentam-se notas relativas a outros dados necessários para identificar o documento.
Exemplos:
[...]
BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional 9, de 09 de novembro de 1995. Dá nova redação ao art. 177 da Constituição Federal, alterando e inserindo parágrafos. Lex-coletânea de Legislação e Jurisprudência: legislação federal e marginalia. São Paulo, v. 59, p. 1966, out./ dez. 1995. (ISKANDAR, 2015: p. 73-74)