Reflexão sobre ansiedade no mundo corporativo
Douglas Belanda
Via de regra, quem trabalha está sempre buscando evolução (seja de desafios, cargos, salários, conhecimentos e daí por diante). Digo sempre como regra, pois quase toda regra tem exceção (vejo pessoas felizes com certa estabilidade ou rotina concreta sem novidades, o que não é negativo também). Cada um tem o poder de estabelecer o caminho de sua vida (o que é maravilhoso).
A vida profissional é um equilíbrio entre sucesso e fracasso, bons momentos e também os ruins, sem dúvidas. Com o equilíbrio emocional e pessoal equalizados, a tendência de tal pêndulo apontar o lado positivo é enorme.
Fato é que, o trabalhador, em geral, deve ter em mente que cada passo ou degrau que se dá é uma movimentação considerável e, para tanto, exige a respectiva preparação. Hoje, não raro, observamos CEO's na faixa de 30 a 40 anos, e a sociedade em geral conclui que o certo é alternar exceção por obrigação. Ou ser CEO de uma renomada empresa em tal faixa etária é o comum? A resposta é negativa, ao menos ainda. Lembre-se, existe uma única posição de CEO na empresa, enquanto diversas de cargos operacionais.
O assertivo é que cada profissional tem seu tempo de amadurecimento e, atualmente, com uma vida profissional longa (em geral, até 65 - 70 anos de idade), não vejo ser necessário ansiedade na evolução da carreira, mas, sim, passos bem estruturados, fixos e que realmente sejam seguros dentro da esfera de conhecimento e preparo. Muitos profissionais pecam ao querer abraçar o mundo cedo demais, isto é, sem ter passado por todos os percalços de uma rotina profissional, com suas alegrias e tristezas. Evite queimar etapas ou conspirar contra o universo. Em outras palavras, não fique ansioso ou depressivo se o seu tempo de “brilhar” não for o mesmo do que aquele CEO citado de 30 anos. Ainda, perceba que destaquei a palavra brilhar, dado que é relativo o conceito e definição de sucesso, pois certamente todos os profissionais que desempenham sua função com caráter, dignidade, êxito e dedicação, automaticamente brilham tanto quanto um CEO, independente da função que ocupa ou responsabilidades adquiridas.
O que seria de qualquer corporação sem o corpo operacional? Na era da informação, um CEO ou ocupante de cargo operacional tem o mesmo poder de eventualmente derrubar as ações da empresa, bastando as informações negativas (com suas proporções) alcançarem a propagação ruim (pelas mídias em geral, redes sociais e afim).
Nessa seara e na qualidade de bom profissional, busque sua evolução no seu próprio tempo, sempre se desenvolvendo e de olho no mercado como um todo, ou seja, o que um mercado de trabalho requer e busca de um profissional no cargo que almejo? Quesito importante para sempre manter em mente. Com tal pensamento, você irá se desenvolver de um modo produtivo, no seu tempo.
Alguns irão me questionar: “Mas, se eu não buscar evolução rápida, certamente não passarei por desafios e superações, correto?". A resposta não é conclusiva (não existe fórmula alguma), todavia, o que busco alertar (principalmente aos jovens) é que ficar estático é prejudicial e não recomendável, mas a movimentação excessiva e a ansiedade exacerbada podem atrapalhar e muito as chances de um crescimento estruturado e objetivo. Faça sempre a reflexão interna e se situe junto ao mercado de atuação, nunca deixando de se espelhar em bons referenciais.
Por óbvio que a resposta de felicidade ou do caminho certo não existe no mundo globalizado e tecnológico (que nos apresenta novidades diárias), por outro lado, apresentamos dicas interessantes que afetam grande parte dos profissionais em atividade, almejando, por tal turno, a felicidade de todos.
Pelo exposto, o cerne e foco de tal artigo é justamente demonstrar ao bom profissional a necessidade de se estar sempre buscando a evolução cultural e acadêmica, participar de instituições de respeito em vossa área de atuação, grupos de discussão e sempre, mas sempre mesmo, proceder com pequenos movimentos (respeitando os limites corporais), buscando pequenas doses de evolução diária.
Assim, mais cedo ou mais tarde, o profissional perceberá que se desenvolveu e chegou (em muitos casos), ao bom patamar sempre desejado e sonhado.
Muito sucesso, sempre.