Como se faz o Cidadão?

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20/02/2018 às 16:06

Resumo:


  • A Educação é fundamental para o engajamento cívico e formação do cidadão, permitindo que ele se envolva na sociedade em busca dos anseios coletivos.

  • A conscientização e o respeito pelo meio social são essenciais para que o indivíduo se torne um cidadão ativo, participando ativamente na democracia e na busca pelo bem comum.

  • O engajamento cívico, baseado em uma educação voltada para o comum, pode ser crucial para a manutenção de regimes democráticos, estimulando a participação e a cooperação entre os cidadãos.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

[1] Jean Piaget aborda a educação como um procedimento para demonstrar a sociedade real por meio da classe de aula, criando uma associação dos elementos da sociedade para fazer com que as crianças criem e vivam esses elementos, dando a elas a oportunidade de entenderem a organização da sociedade, sendo encarregadas da responsabilidade de elaborar leis, executa-las, constituírem governos, e assim, fazer com que possivelmente aprendam pela prática a seguir às regras, entendam o seu meio social, a sua responsabilidade perante o próximo.

[2] A ideia de participação não surge do indivíduo, mas sim de sua participação perante a sociedade.

[3] Jean-Paul Charles Aymard Sartre foi um filósofo, escritor e crítico francês, é conhecido como um dos principais representantes da corrente filosófica que é o existencialismo.

[4] Sartre descreve em seu livro Existencialismo é um humanismo (1970, p. 3 - 4) que o único ser a existir antes de se definir como tal, é o ser humano. Ou seja, o homem existe para encontrar a si mesmo, surgindo no mundo, mas só posteriormente se define. Assim, pode-se ver que o ser humano é capaz de moldar o seu destino, não buscando um querer ser, pois isso dá uma ideia de posterioridade ao que fizemos de nós mesmos; e sim mostrar ao indivíduo a sua função perante a sociedade, mostrar que ele é responsável por ela. Mostrar ao indivíduo que ele tem total responsabilidade por todo o seu meio e por isso não cabe posterioridade do “querer fazer mudar”, ou “querer fazer construir” ou “querer combater a corrupção”. Essa ideia é afastada pelo indivíduo que se torna um cidadão, pois ele assume suas responsabilidades perante a si mesmo e diante a sociedade, sabendo sua posição como tal no momento presente.

[5]  Dallari, em seu livro Teoria geral do estado, (1995, p. 209) discorre sobre as transformações que ocorrem em alguns Estados que tem as sociedades livres. Essa liberdade é a engrenagem para as mudanças nas sociedades, aliadas a fatores sociais, econômicos e políticos, elementos que constroem sua história e refletem um espelho de sua formação.

[6] O conceito de apolitismo pode ser encontrado no site da Agência Senado derivado da entrevista feita ao filósofo francês Francis Wolff que descreve o apolitismo como “uma recusa do cidadão explícita ou implícita, em participar da comunidade política e das escolhas que essa comunidade faz”.

[7] A educação em busca do comum é voltada primeiramente para uma conscientização da população de sua realidade, para melhor entende-la, e dela saber quais os meios que lhe são postos para transformar essa realidade. Essa transformação ocorre por atos do cidadão que conhecendo as suas instituições e as entendendo, cobra o posicionamento ativo para a manutenção da sociedade. Essa manutenção diz respeito, por exemplo, a qualidade de serviços prestados por instituições que representam determinado serviço perante a sociedade, como o atendimento da saúde pública. O bem comum está aqui, uma cobrança para um melhor oferecimento da saúde para todos, com o distanciamento de aspectos ideológicos que visam se apegar a limitações que interfiram na busca do bem comum e assim afetando a democracia.

[8] Sartre (1970, p. 5) em seu livro, Existencialismo é um humanismo, faz referência a ideia de responsabilidade quando descreve que se deve:  “submeter todo homem a responsabilidade total de sua existência”, e “assim, quando dizemos que o homem é responsável por si mesmo, não queremos dizer que o homem é apenas responsável pela sua estrita individualidade, mas que ele é responsável por todos os homem”. Diante disso, cabe uma analogia dessa ideia existencialista de Sartre com a posição do cidadão consciente. Ou seja, Sartre fundamenta sua teoria na posição do homem em relação a si, um ser que tem responsabilidade por si mesmo. Mas não somente isso, também tem responsabilidades diante do seu meio, para com todos os outros homens. E nisso, se tem o cidadão, que é um ser consciente de seus atos, e ao pratica-los, tem total consciência de suas responsabilidades, pois elas foram construídas pelas ideias educacionais que se fundaram no respeito coletivo.

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