Deepfakes é uma tecnologia que usa inteligência artificial para criar vídeos falsos, mas realistas, colocando pessoas – normalmente famosas – em situações que não fariam na vida real.
O estágio de evolução das deepfakes preocupa, uma vez que distinguir o real do falso está cada vez mais difícil.
E isto pode não ser necessariamente uma boa notícia.
Numa época de tantas notícias falsas, existir uma inteligência artificial que cria fake videos, podendo disseminar fake news, pode se transformar num desserviço ao invés de algo positivo.
Esta realidade é tão clara que o próprio Facebook ofereceu um prêmio para quem conseguir detectar estas deepfakes, bem como a Microsoft está neste projeto buscando criar tecnologia para identificar a inteligência artificial se alterou ou não algum vídeo.
E por que tanta preocupação?
Pense aonde estão as inteligências artificiais, vídeos e redes sociais. Ao alcance de um celular, junto com emoji e animoji e outras possibilidades que são “lindinhas”, montadas a partir de vídeos que as pessoas gravam e enviam a servidores… Que guardam, processam a informação e devolvem ao usuário… E ao processar estas informações, as inteligências artificiais estão aprendendo… Com quem?
Conosco. Com nossos dados. Com nossa permissão, inclusive.
E numa época em que as notícias devem ser checadas, uma inteligência que cria vídeos falsos – que podem ser tidos como verdade – deve ser no mínimo monitorada.
O mundo está em constante transformação e precisamos reaprender diariamente a viver nele. Inclusive aquilo que sempre foi simples de distinguir (o certo do errado), está cada vez mais complexo, seja pela grande gama de informações que nem sempre podemos confiar na fonte, seja pelo vídeo, que sempre foi tido como algo praticamente incontestável, hoje ser uma prova falível de adulterações.