A Indústria de Defesa 4.0

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30/12/2020 às 16:00
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8 Conclusão.

Inobstante os novos rumos da economia que poderá surgir após pandemia do Coronavírus, é certo que, homens e empresas, devem-se aperfeiçoar, capacitar e se preparar, para as tecnologias da Indústria 4.0, para um mundo digital.

Diga-se também, que o Ciberespaço é um espaço existente no mundo de comunicação, em que não é necessária a presença física do homem para constituir a comunicação como fonte de relacionamento, dando-se ênfase ao ato da imaginação, necessária para a criação de uma imagem anônima, que terá comunhão com os demais. Pode-se então definir que a inteligência artificial, é a capacidade dos robôs e das máquinas, de pensarem de forma semelhante, como os seres humanos, de modo a aprender, perceber e decidir, quais os caminhos a seguir, de forma racional, diante de determinadas situações. 

Observa-se também, que a 4ª Revolução Industrial, ou no caso presente, a Indústria de Defesa 4.0, resulta do uso integrado de tecnologias avançadas da automação, do controle, da tecnologia da inovação e da inteligência artificial, em processos de manufatura. Tais mudanças envolvem questões como o uso de robótica, de novos materiais, de biotecnologia, de armazenamento de energia, da Big Data Analytic, entre outros.

A Big Data Analytic. (Análise de Mega Dados, os grandes dados, em português) é a área do conhecimento que estuda como tratar, analisar e obter informações a partir de conjuntos de dados, grandes demais, para serem analisados por Sistemas tradicionais. Diga-se, ao longo das últimas décadas, a quantidade de dados gerados, tem crescido de forma exponencial. O surgimento da Internet, aumentou de forma considerável, a quantidade de dados produzidos, e a popularização da Internet das coisas (Internet of Things ou IoT) possibilitou a saída da Era do Terabyte para a Era do Petabyte. É a estrutura de dados que se vale de novas abordagens para capturar, analisar e gerenciar volumes extensos de informações é e aplicável a Indústria de Defesa 4.0.

Diga-se que no futuro breve, se conectar com dispositivos tecnológicos será fundamental para, simplesmente, estar no mercado, estar no mundo digital. O perfil do profissional para trabalhar com todos os equipamentos e máquinas dessa nova indústria, deve ser diferente. Ele precisará atuar como um articulador e capaz de pensar sobre os dados fornecidos, do que simplesmente apertar botões. Estar atento às tendências trazidas pela Indústria 4.0, notadamente, na indústria de defesa 4.0, não é essencial somente para gestores, mas, também para todos os profissionais da indústria, do comércio, dos serviços, serviços públicos, da biologia, da agricultura, etc., que devem estar qualificados e capacitados para tal intento.

A era do conhecimento, consagra a busca e a necessidade da materialização de avanços técnicos e científicos como os agentes que definirão o relacionamento entre as Nações e o bem-estar de suas sociedades. E, conforme já mencionado, o Exército Brasileiro (EB), tem buscado sua modernização e transformação para estar à altura das mais elevadas aspirações do país, reduzindo as diferenças tecnológicas que infligem desvantagens consideráveis à manutenção dos interesses nacionais. Para tanto, a Força Terrestre, por intermédio do Departamento de Ciência e Tecnologia - DCT, implementou o Sistema Defesa, Indústria e Academia de Inovação (SisDIA), de abrangência nacional, cujo principal objetivo é promover a inovação, assumindo como pilar, a Tríplice Hélice e a Inovação Aberta. O SisDIA busca incrementar a cooperação entre as Instâncias Governamentais de todos os níveis, a Base industrial de Defesa brasileira e as Universidades, de modo a alcançar os limites e as fronteiras da indústria de defesa 4.0.

Foi sobre a perspectiva da Indústria de Defesa 4.0, é que foi elaboração o presente Artigo, como forma de conectar a realidade atual à realidade virtual, que inexoravelmente, influencia a sociedade global nesse início do Século XXI.


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Sobre o autor
René Dellagnezze

Doutorando em Direito Constitucional pela UNIVERSIDADE DE BUENOS AIRES - UBA, Argentina (www.uba.ar). Possui Graduação em Direito pela UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES - UMC (1980) (www.umc.br) e Mestrado em Direito pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL (2006)(www.unisal.com.br). Professor de Graduação e Pós Graduação em Direito Público e Direito Internacional Publico, no Curso de Direito, da UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ, Campus da ESTACIO, Brasília, Distrito Federal (www.estacio.br/brasilia). Ex-Professor de Direito Internacional da UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO - UMESP (www.metodista.br).Colaborador da Revista Âmbito Jurídico (www.ambito-juridico.com.br) e e da Revista Jus Navigandi (jus.com. br); Pesquisador   do   CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL;Pesquisador do CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL. É o Advogado Geral da ADVOCACIA GERAL DA IMBEL - AGI, da INDÚSTRIA DE MATERIAL BÉLICO DO BRASIL (www.imbel.gov.br), Empresa Pública Federal, vinculada ao Ministério da Defesa. Tem experiência como Advogado Empresarial há 45 anos, e, como Professor, com ênfase em Direito Público, atuando principalmente nos seguintes ramos do Direito: Direito Constitucional, Internacional, Administrativo e Empresarial, Trabalhista, Tributário, Comercial. Publicou diversos Artigos e Livros, entre outros, 200 Anos da Indústria de Defesa no Brasil e "Soberania - O Quarto Poder do Estado", ambos pela Cabral Editora (www.editoracabral.com.br).

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