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Modernidade líquida e incertezas sólidas

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Agenda 17/01/2017 às 13:00

Referências:

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução de Plínio Dentzien. Rio Janeiro: Zahar, 2003.

GESTA, Marcelo. Resumo de Modernidade Líquida de Zygmunt Bauman. Disponível em: http://marcelogesta.blogspot.com.br/2013/09/modenidade-liquida-resumo-para-resenha.html Acesso em 09.01.2017.

RUANO, Eduardo. A Era da Liquidez: Parte I (Modernidade Líquida). Disponível em: http://www.laparola.com.br/a-era-da-liquidez-parte-i-modernidade-liquida Acesso em 10.01.2017.

SARTRE, Jean-Paul. Existencialismo é um Humanismo; A imaginação; Questão de método. Seleção de textos de José Américo Motta Pessanha; Traduções de Rita Correia Guedes, Luiz Roberto Salinas Forte, Bento Prado Júnior. – 3. Ed. – São Paulo: Nova Cultural, 1987. (Os pensadores).

SPINELLI JÚNIOR, Vamberto. Bauman e a Impossibilidade da Comunidade. Revista Eletrônica de Ciências Sociais. Número 11. Outubro de 2006. Págs. 01-13 Disponível em: http://www.cchla.ufpb.br/caos/n11/01.pdf Acesso em 10.01. 2017.


Notas

[1] A palavra “comunidade” pode ser usada para descrever desde aldeias, clubes e subúrbios até grupos étnicos e nações. Não obstante esse largo espectro conceitual, a definição de comunidade tem passado sobretudo pela afirmação de sua dimensão subjetiva: a comunidade se estrutura a partir de um sentimento de comunidade, de um senso de pertença a determinada coletividade.

[2] Em “Vidas Desperdiçadas” em que Zygmunt Bauman sistematizou a exclusão: 1) por meio da construção da ordem, 2) por meio do progresso econômico e 3) por meio da globalização.

[3] Tais pessoas que estão vindo agora são refugiados que não são miseráveis, sem pão ou água. São pessoas que, ainda ontem, tinham orgulho de seus lares, de posições na sociedade, que, frequentemente, tinham um alto grau de educação e, assim por diante. Mas, agora são refugiados.

O que eles encontram aqui? A precariedade. O precário vive na ansiedade. No medo.  É como andar sobre areia movediça.  Enfim, os refugiados simbolizam e personificam nossos medos. Ontem eram pessoas poderosas em seus países. Como nós somos aqui e e agora. Mas, veja o que aconteceu.

[4] Bauman explica como surgiu essa sua designação de liquidez:                                  “Procurei um termo que não nos diria apenas o que essa condição deixou de ser, mas também que qualidade ela adquiriu que a distingue da modernidade clássica e, por conseguinte, exige uma nova caixa de ferramentas analítica e uma nova agenda para estudos sociais e culturais.

O termo “liquidez” é o que melhor se adéqua ao meu propósito: o aspecto definidor de “liquidez”, a incapacidade de reter sua forma por muito tempo e sua propensão a mudar de forma sob a influência de mínimas, fracas e ligeiras pressões é o traço mais óbvio e, em minha opinião, a característica mais consequente de nossa atual condição sociocultural.” (In: RUANO, Eduardo. A Era da Liquidez: Parte I (Modernidade Líquida). Disponível em: http://www.laparola.com.br/a-era-da-liquidez-parte-i-modernidade-liquida  Acesso em 10.01.2017).

[5] Enfim, esse é um bug que representa uma ameaça, que se insinua perigosamente no encolhimento do welfare, no recrudescimento da exclusão social. E, no interior da ciências sociais, no descuido das questões gerais, no abandono das generalizações, que, logicamente, não excluem o estudo de casos e causas particulares mas não podem, de qualquer forma, se confundir inteiramente com esses últimos.

[6] No final da segunda Guerra Mundial, Herbert Marcuse traz-nos a ideia de Emancipação: “Devemos nos emancipar, libertar-nos da sociedade”. A ideia que não era um problema para Marcuse, trazia, sim, um problema em si, ou seja, não havia “base de massas” para esta libertação-emancipação. Pois dentre poucas pessoas que desejavam serem libertas, poucas estavam dispostas a agir para isso, pois não sabiam qual o resultado novo que desta ação trazer-lhes-ia no futuro.

[7] Libertar-se é, enfim, livrar-se de algum tipo de grilhão, é começar a sentir-se livre para mover e agir. O sentir-se livre significa não experimentar dificuldades, obstáculo, resistência ou qualquer outro impedimento aos movimentos pretendidos ou concebíveis. 

A liberdade é ilusória talvez, pois “quando se sente” ou “se fosse sentida” a liberdade não seria de fato liberdade, pois as pessoas poderiam estar satisfeitas com algo que realmente não seja satisfatório. Poderiam estar vivendo na escravidão, mas sentindo-se livres, sem necessidade de libertar-se e tornarem-se verdadeiramente livres.

[8] É hoje a grande missão da teoria crítica, ou seja, recombinar novamente a individualização formal e a política, repovoar a “ágora pública”; reconectar as duas faces do abismo entre indivíduos e cidadãos, reaprendendo com o passado e aprendendo com o presente e, assim, realizando a emancipação humana.

[9] Karl Emil Maximilian Weber, mais conhecido como Max Weber (1864-1920) foi intelectual, jurista e economista alemão considerado um dos fundadores da Sociologia. Considerado um dos fundadores do estudo moderno da sociologia, mas sua influência também pode ser sentida na economia, na filosofia, no direito, na ciência política e na administração.

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Sua obra mais famosa são os dois artigos que compõem “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, com o qual começou suas reflexões sobre a sociologia da religião. Weber argumentou que a religião era uma das razões não-exclusivas do porque as culturas do Ocidente e do Oriente se desenvolveram de formas diversas, e salientou a importância de algumas características específicas do protestantismo ascético, que levou ao nascimento do capitalismo, da burocracia e do estado racional e legal nos países ocidentais.

Em outro trabalho importante, "A política como vocação", Weber definiu o Estado como "uma entidade que reivindica o monopólio do uso legítimo da força física", uma definição que se tornou central no estudo da moderna ciência política no Ocidente. Em suas contribuições mais conhecidas são muitas vezes referidas como a "Tese de Weber".

[10] A metáfora utilizada por Bauman é do caçador e do jardineiro para simbolizar a era pré-moderna e a atual era da liquidez. Na era pré-moderna a presença humana adequava-se à persona do jardineiro que tem visão progressista, de longo prazo, e se envolve em planejar tudo aquilo que deseja antes de agir. O jardineiro sabe exatamente quais plantas devem ser plantadas e quais devem ser cortadas e, sabe que tudo depende de seus esforços e cuidados e, não de uma força exterior.

Porém na era da liquidez, afirmou Bauman, a metáfora do caçador é a que melhor significa a presença humana. A principal tarefa do caçador é proteger seu território de qualquer ameaça ou interferência externa, com intuito de preservar tudo aquilo que acredita fazer parte do equilíbrio natural.

O caçador enxerga uma estabilidade funcional em cada elemento no mundo e, não se importa em explorar os recursos e batalhar com outros se a circunstância assim o requerer.

O caçador percorre incansavelmente todo seu território de ação, a fim de certificar de que tudo está em total conformidade com seu meio. No mais, o caçador tem comportamento predatório e sua vida é norteada basicamente por vigilância e competição.

[11] O indivíduo de jure (falso) não pode se tornar indivíduo de facto sem antes tornar-se cidadão. Não há indivíduos autônomos sem uma sociedade autônoma, e a autonomia da sociedade requer uma auto-constituição deliberada e perpétua, algo que só pode ser uma realização compartilhada de seus membros.

A sociedade como elo entre os dois lados deste abismo da individualidade (a real e a almejada), como na Antiga Atenas com suas ágoras, não acontece atualmente porque os ensejos mesmo que parecidos são almejados em um meio incongruente, trocando palavras, o que se passa atualmente é uma condição inédita: a esfera pública, outrora laica em espaço e impositiva em dogmas, hoje é a remota esperança contra a autonomia de jure.

É através do tornar público que essa liberdade poderia ser de facto, ou seja, tal qual o sentido completo e genuíno do termo, o que é hoje, segundo Bauman, de pouca probabilidade.

A dimensão pública atualmente tem tentado se livrar do poder que havia já há muito tempo gerenciado, enquanto o privado se apossa e o desfigura não para extinguí-lo, mas para dar forma a seus interesses momentâneos e ininterruptos.

[12] Como o Estado não mais promete ou deseja agir paternalmente, como os formuladores e projetistas da boa sociedade estão se extinguindo; e, como surge uma variada gama de consultores aptos para assumirem o papel dos legisladores, não é de surpreender que os críticos que desejam ser os profetas da emancipação lamentem sua privatização.

A modernidade pesada está se esfacelando, e, assim, o discurso crítico que girava em torno dela logo sem seu objeto central, assim, o próprio discurso crítico poderá desaparecer.

A percepção da performance da emancipação sob condições passadas ficou obsoleta; há uma nova agenda pública de emancipação ainda á espera de ser ocupada pela teoria crítica. Essa nova agenda pública ainda está á espera de sua política pública crítica, está emergindo junto com a versão “líquida” da condição humana moderna.

[13] Eric Arthur Biar mais conhecido por seu pseudônimo George Orwell, foi escritor, jornalista e ensaísta, político inglês, nascido na Índia Britânica. Sua obra é marcada por inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposiçaõ ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita.

Apontando como simpatizante da anarquia, o escrito faz uma defesa da auto-festão ou autonomismo. O entusiasmo do autor pelo socialismo democrático não fora abalado pela experiência do socialismo soviético, um regime que Orwell denunciou em seu romance satírico intitulado " A revolução dos bichos".

Considerado talvez o melhor cronista da cultura inglesa do século XX, Orwell se dedicou a escrever resenhas, ficção, artigos jornalísticos polêmicos, crítica literária e poesia. Ele é mais conhecido pelo romance distópico Nineteen Eighty-Four - 1984 (Escrito em 1949) e pela novela satírica Animal Farm (1945). Juntas, estas obras venderam mais cópias do que os dois livros mais vendidos de qualquer outro escritor do século XX. Um outro livro de sua autoria, Homage to Catalonia (1938) - um relato de sua experiência como combatente voluntário no lado republicano da Guerra Civil Espanhola - também é altamente aclamado, assim como seus ensaios sobre política, literatura, linguagem e cultura. Em 2008, o The Times classificou-o em segundo lugar em uma lista de "Os 50 maiores escritores britânicos desde 1945".

[14] Horace Walpole (1717-1797) foi aristocrata e romancista inglês. Inaugurou novo gênero literário, o chamado romance gótico, com a publicação da obra intitulada "O Castelo de Otranto". Walpole, conde de Oxford, filho caçula do considerado primeiro ministro britânico Robert Walpole, formou-se no King's College, de Cambridge, onde estudou matemática, música e anatomia. Em 1741, ingressou no Parlamento inglês, onde permaneceu como deputado após o falecimento de seu pai, em 1745.

[15] O capitalismo é um sistema parasitário. Como todos os parasitas, pode prosperar durante certo período, desde que encontre um organismo ainda não explorado que lhe forneça alimento. – Zygmunt Bauman […].

[16] Viver entre uma multidão de valores, normas e estilos de vida em competição, sem uma garantia firme e confiável de estarmos certos é perigoso e cobra um alto preço psicológico. […] Bauman.

[17] O tempo , na sociedade moderna, está relacionado às questões que envolvem velocidade e flexibilidade e expansividade. As pessoas que se movem e agem com rapidez, mandam, as que resistem em fixar-se num endereço, obedecem. A permanência e a durabilidade , na modernidade líquida,  perderam.A instantaneidade do gempo descalorizou o espaço.

[18] Indivíduos frágeis”, destinados a conduzir suas vidas numa “realidade porosa”, sentem-se como que patinando sobre gelo fino;.

[19] Claro que a história nos sugere que globalização é, em certo sentido, um movimento multissecular. Lembremos, a título de exemplo, a ampliação do comércio mundial, a descoberta do Novo Mundo. O movimento globalizador hoje assume características inteiramente novas, características que mexem com a imaginação e com a prática social. Essa novidade coloca desafios para as ciências sociais, desafios que me levam a sugerir alguma analogia com o chamado bug do milênio para a informática.

[20] Nos termos do próprio de Bauman: “Os frequentadores de um espetáculo se vestem para a ocasião, obedecendo a um código distinto do que seguem diariamente – o ato que simultaneamente separa a visita como uma ‘ocasião especial’ e faz com que os freqüentadores pareçam enquanto durar o evento, mais uniformes do que na vida fora do teatro.

É a apresentação noturna que leva todos ao lugar – por diferentes que sejam seus interesses e passatempos durante o dia. Antes de entrar no auditório, deixam os sobretudo ou capas que vestiram nas ruas no cloakroom da casa de espetáculos...

Durante a apresentação, todos os olhos estão no palco; e também a atenção de todos. Alegria e tristeza, risos e silêncios, ondas de aplauso, gritos de aprovação e exclamações de surpresa são sincronizados – como se cuidadosamente planejados e dirigidos.

Depois que as cortinas se fecham, porém, os espectadores recolhem seus pertences do cloakroom e, ao vestirem suas roupas de rua outra vez, retornam a seus papéis mundanos, originários e diferentes, dissolvendo-se poucos momentos depois na variada multidão que enche as ruas  da cidade e da qual haviam emergido algumas horas antes.

Cloakroom communities [comunidades cabide] precisam de um espetáculo que apele a interesses semelhantes em indivíduos diferentes e que os reúna durante certo tempo em que outros interesses – que os separam em vez de uni-los – são temporariamente postos de lado, deixados em fogo brando ou inteiramente silenciados .”

[21] “A ideia de progresso foi transferida: da ideia de melhoria partilhada para a de sobrevivência do indivíduo. O progresso é pensado não mais a partir do contexto de um desejo de corrida para a frente, mas em conexão com o esforço desesperado para se manter na corrida. O truque é manter o ritmo das ondas. Se não quiser afundar, mantenha-se surfando – e isso significa mudar o guarda-roupa, o mobiliário, o papel de parede, o olhar, os hábitos, em suma, você mesmo, quantas vezes puder.”

[22] Bauman cogita também sobre o amor próprio: o filósofo afirmou que as pessoas precisam sentir que são amadas, ouvidas e amparadas. Ou precisam saber que fazem falta. Segundo Bauman, ser digno de amor é algo que só outro pode nos classificar.

O que fazemos é aceitar essa classificação. Porém, com tantas incertezas, relações sem forma - líquidas - nas quais o amor nos é negado, como teremos amor próprio? Relacionar-se é caminhar na neblina sem certeza de nada (uma descrição poética da situação).

[23] A “instabilidade endêmica dos fundamentos”, que se processa mediante os fluxos contínuos, precisa ser compensada, e é provavelmente compensada por uma “sociabilidade explosiva”, por “manifestações explosivas” e por uma “cumplicidade ativa nos crimes” contra os quais não há punição no interior da “comunidade explosiva” – Bauman afirmou que esse tipo de comunidade “precisa de violência para nascer e para continuar vivendo”.

[24] Ao examinar a era contemporânea e verificar o que representa em relação à modernidade. Se, significa superação, intensificação ou bloqueio. Ou conforme indicou Bauman, a modernidade se tornou líquida, ou conforme Marc Augé, se tornou super, ou reflexiva, conforme Anthony Giddens.

Quem prefere bloqueio, opta pela ideia habermasiana para designar o que se passa no mundo desde o final dos anos 1970.

Brissac distinguiu modernidade e pós-modernidade, a partir das condições de criação artística. Pois enquanto que o criador moderno opera com planejamento, com a forma e com a estrutura, portanto, controlando as condições de sua produção, e de, outro, o criador pós-moderno tem atuação de negociador, interferindo em situações complexas, nas quais não exerce controle total porque interage com outros agentes, incluindo os da política. É uma identidade contingenciada.

A partir do final do século, XX deu-se a dissolução das estruturas hegemônicas de poder e o surgimento ou a definitiva instauração de sociedades extraordinariamente complexas, em que o poder política se pulveriza entre os múltiplos agentes, com maior ou menor grau de poder, mas em conflito permanente.

Há a instauração de campos de forças complexos e muito dinâmicos, onde não existe mais a hegemonia e, onde cada criador tem que se localizar em função de outros interesses que não os dele.

[25] Para Gilles Lipovetsky, a pós-modernidade cedeu espaço para o estado cultural para o que chama de hipermodernidade. Neste novo estado, neste novo espírito de época, a ordem social e a econômica, juntamente com a cultural, é pautada em um senso comum em massa o que substitui o referencial na produção em massa e em uma hegemonia daquilo que o autor nomeia de "sociedade-moda", que torna o lugar da sociedade rigotística disciplinar.

[26] As bases da criação contemporânea estão sobre dois aspectos; um referente às estratégias, onde há a necessidade de compreender e atuar em grandes escalas, grandes sistemas, blocos econômicos e novos territórios.

E, outro ligado às táticas, onde há a necessidade de operar no local, criando instrumentais de sobrevivência e de prática relacionadas aos microterritórios. E, nesse campo, entendo que tanto a mediação judicial como a extrajudicial é um fruto da pós-modernidade.

[27] Jean-Paul Charles Aymard Sartre (1905-1980) foi um filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. 

Considerado por muitos o símbolo do intelectual engajado, Sartre adaptava sempre sua ação às suas ideias, e o fazia sempre como ato político. Em 1963, Sartre escreve Les Mots (As palavras, lançado em 1964), relato autobiográfico que seria sua despedida da literatura. Após dezenas de obras literárias, ele conclui que a literatura funcionava como um substituto para o real comprometimento com o mundo.

[28] Sartre defende que o homem é livre e responsável por tudo que está à sua volta. Sartre dizia "Somos inteiramente responsáveis por nosso passado, nosso presente e nosso futuro". Em Sartre, temos a ideia de liberdade como uma pena, por assim dizer. "O homem está condenado a ser livre".

[29] A vida na sociedade de modernidade líquida é uma versão nociva da "dança das cadeiras", jogada para valer. O verdadeiro prêmio nessa competição é a garantia temporária de ser excluído das fileiras dos destruídos e evitar ser jogado no lixo.

Atualmente, há ênfase em eliminar as coisas, descartando-as, abandonando-as e livrando-se delas. É uma cultura do desengajamento, da descontinuidade e do esquecimento.

Sobre a autora
Gisele Leite

Professora universitária há três décadas. Mestre em Direito. Mestre em Filosofia. Doutora em Direito. Pesquisadora - Chefe do Instituto Nacional de Pesquisas Jurídicas. Presidente da Seccional Rio de Janeiro, ABRADE Associação Brasileira de Direito Educacional. Vinte e nove obras jurídicas publicadas. Articulistas dos sites JURID, Lex Magister. Portal Investidura, Letras Jurídicas. Membro do ABDPC Associação Brasileira do Direito Processual Civil. Pedagoga. Conselheira das Revistas de Direito Civil e Processual Civil, Trabalhista e Previdenciária, da Paixão Editores POA -RS.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

LEITE, Gisele. Modernidade líquida e incertezas sólidas. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 22, n. 4948, 17 jan. 2017. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/55092. Acesso em: 24 nov. 2024.

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