O Brasil vive hoje um dos piores momentos da sua história. Uma crise, cultural, econômica, política e, sobretudo, humana. Há quem diga que estamos caminhando a passos curtos para um período ainda mais difícil, ressalte-se que já vivemos piores dias, ou melhor, já sobrevivemos em tempos muito mais difíceis – o Golpe Militar de 1964, por exemplo, considerado um dos períodos mais escuros da nossa história.
Em 5 de outubro de 1988, após várias sessões e votações, foi promulgada a nova Constituição do Brasil, também chamada de Constituição Cidadã. A lei fundamental e suprema do país, surgiu como uma resposta às reivindicações da sociedade por mudanças estruturais após 20 anos de governos militares. A Democracia, trouxera para nós, direitos e deveres para bem viver na sociedade civil organizada. O povo brasileiro é amado e respeitado, guerreiros, de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Um povo bom que nunca se deixou abater por crises e dificuldades outrora existentes, sempre na batalha contra os opressores.
Após muita luta, conquistamos muitos bens e valores que jamais serão esquecidos. Se parássemos um pouco para analisar o que já enfrentamos: a fome, a seca, às desigualdades sociais, às opressões etc., talvez poderíamos fazer uma autoanálise dos nossos conceitos.
Atualmente as dificuldades existem, é óbvio, mas, outrora, já vivemos tempos muito mais difíceis. Os resquícios do passado não saíram do nosso íntimo e subjetivo, jamais sairão. Em um passado não muito distante, os jovens e a população mais carente do Brasil, eram “privados”, ou quase, do acesso à educação, à saúde, à segurança, e à dignidade humana, principalmente. As devidas mudanças que ocorreram, reacenderam a esperança de dias melhores para nosso povo.
Muitas vezes, algumas pessoas que nunca sofreram na vida, nasceram em famílias bem estruturadas e, por isso, estão sempre proferindo críticas ao bolsa família, as cotas, ao programa minha casa minha vida, e até mesmo ao SUS (Sistema Único de Saúde) etc. São esses os mesmo que não aceitam os que no passado eram oprimidos e marginalizados, hoje poderem andar de avião, ter acesso ao ensino superior, fazer intercâmbios e, consequentemente, ajudar os seus familiares, mudando, através da educação, o meio em que está inserido. O educador Paulo Freire, certa vez disse: "Seria uma atitude ingênua esperar que às classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceberem as injustiças sociais de maneira crítica."
Portanto, através da educação, libertados da arrogância e da prepotência, começaremos a mudança na nossa sociedade. Nós podemos sim, fazer com que os nossos sonhos se tornem realidade, para que isso aconteça, é preciso ter muita dedicação, força de vontade, persistência e fé, construindo uma sociedade melhor, mais igualitária, harmônica e fraterna.
"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão."
(Paulo Freire)