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O recente colapso do paradigma neoliberal. A crise mundial de 2007/2009.

Perspectivas para o Estado de Bem- Estar Social

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Notas

  1. BOFF, Leonardo. Ética e Moral: a busca dos fundamentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003, p. 63.
  2. Expressão do Professor Ricardo Antunes.
  3. Expressão de Magda Biavaschi.
  4. Expressão de Adam Smith, constante da obra Investigação sobre a natureza e causas da riqueza das nações, que o caracteriza por agir comercialmente por interesse próprio, egoísmo e cobiça (self- interest)
  5. Países que adotam o modelo beveridgeano, na definição de Carlos Faria.
  6. Créditos hipotecários concedidos a pessoas que não atendem aos créditos financeiros normais.
  7. Para compreensão dessa agenda e suas prioridades específicas, recomenda-se a leitura do último capítulo, qual seja, "Recuperando o equilíbrio" da presente obra de Morris.
  8. Luiz Gonzaga Belluzzo, dentre outras atribuições, é professor do Instituto de Economia da UNICAMP e da FACAMP e conselheiro editorial da revista Carta Capital. Como autor, destacam-se as suas participações na obra coletiva "O poder americano", organizado por J.L.C. Fiori, bem como "O abc da Crise", organizado por Sérgio Sister.
  9. Para compreensão específica dessa sucessão de crises a que Belluzo se refere, recomenda-se a leitura do prefácio do livro "O crash de 2008: dinheiro fácil, apostas arriscadas e o colapso global do crédito. São Paulo: Aracati, 2009. p. 17-23.
  10. Vale destacar que o progresso da desregulamentação financeira comandada por Wall Street foi essencial para a metástase produtiva asiática, ocorrida principalmente nas décadas de 1980/90, em que se presenciou um cataclismo na divisão internacional do trabalho. No território dos asiáticos, de mão-de-obra barata, câmbio desvalorizado e abundância de investimento estrangeiro, são produzidas as novas manufaturas.
  11. Expressão do Ministro Mauricio Godinho Delgado, constante de suas obras.
  12. Ilustrativamente, dentre outros, FMI e OMC.
  13. As agências internacionais defendem a adoção de ações assistenciais focalizadas para o grupo dos estritamente pobres, em detrimento de políticas públicas de caráter universal.
  14. Banco Central americano.
  15. Moedas que dominam em grande escala as transações financeiras e de mercadorias no mercado mundial.
  16. Segundo Morris, essa teoria representa que "o consenso político-econômico tende a oscilar entre os ciclos liberais e conservadores em arcos de mais ou menos 25 anos". (MORRIS, 2009:45)
  17. A taxa média para empresas, em reais, era de 24,7% ao ano.
  18. Empresas brasileiras como Aracruz, Sadia, Votorantim investiram em tais operações de balcão.
  19. João César Silva, empregado da unidade da Votorantim em Juiz de Fora desde 1984, Vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Juiz de Fora e Região e secretário de saúde da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos de Minas Gerais (FEM-CUT-MG) informa os prejuízos causados por essa arriscada operação especulativa. De acordo com o dirigente sindical, a unidade da Votorantim em Juiz de Fora permaneceu fechada, sem produzir, desde dezembro de 2008 até o final de março de 2009. A unidade da empresa contava com 430 empregados em outubro de 2008, sendo que 56 foram dispensados através de Programa de Demissão Voluntária (PDV). Somente a partir de abril de 2009, a unidade da Votorantim de Juiz de Fora voltou a produzir, utilizando 70% de sua capacidade. Em junho de 2009 passou a utilizar sua capacidade máxima de produção e em setembro de 2009 recontratou 10 empregados. A empresa estava investindo na construção de unidade de polimetálicos em Juiz de Fora, que iria produzir chumbo metálico a partir de bateria veicular reciclável, fruto de um acordo mundial celebrado com a empresa HELIAR, produtora de baterias veiculares. O investimento continua suspenso, com previsão de retomada no início de 2010.
  20. Produto Interno Bruto.
  21. Em junho de 2009 o volume de vendas cresceu 1,7% e a receita nominal registrou alta de 2,1% em relação a maio de 2009. No acumulado de 2009, contabilizando o primeiro semestre, o setor comercial segue com índices confortáveis de desempenho, tanto em relação ao volume de vendas, com alta de 4,4%, como também em receita nominal, com crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período de 2008. Fonte: DIEESE – Escritório Regional de Minas Gerais.
  22. DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
  23. Conforme informações da PED –Metropolitana, em junho de 2009, a taxa de desemprego total diminui de 15,3% para 14,8% da PEA, após ter ficado 5 meses sem redução. Já nos últimos 12 meses a tendência é de pequena elevação: em relação a junho de 2008, a taxa de desemprego total passou de 14,6% para os atuais 14,8%. A massa de rendimentos reais expandiu 0,5% nos últimos 12 meses, findos em maio, resultado do crescimento do nível de ocupação e o decréscimo do rendimento médio. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), apesar da queda comparativa ao ano de 2008, mostram recuperação do emprego formal. Foram 138.402 vagas em julho, acumulando um saldo de 437.908 postos no ano. Fonte: DIEESE – Escritório Regional de Minas Gerais.
  24. Em junho, o crescimento de 0,2% da produção física industrial foi o sexto aumento seguido revelando uma trajetória de recuperação, que já acumula 7,9% neste ano. A produção industrial avançou 3,4% no segundo trimestre, em relação ao primeiro, sem os efeitos sazonais, um sintoma importante de que a indústria saiu da recessão no período. No entanto, em comparação a junho de 2008, a produção industrial brasileira ainda é 10,9% inferior e, no ano, o recuo é de 13,4% na comparação com o mesmo período de 2008, caracterizando, segundo o IBGE, o pior resultado para um primeiro semestre desde o início da pesquisa em 1975 (o que revela o tamanho do recuo da indústria, na crise). Fonte: DIEESE – Escritório Regional de Minas Gerais.
  25. Reajustes salariais iguais ou acima do INCP – IBGE (índice que apura inflação).
  26. Até junho de 2009, o percentual de negociações com reajustes iguais ou acima do INPC-IBGE ficou próximo a 93%, enquanto no ano anterior, 87%. Fonte: DIEESE – Escritório Regional de Minas Gerais.
  27. Fonte: DIEESE – Escritório Regional de Minas Gerais.
  28. Commodities são mercadorias utilizadas nas transações comerciais de produtos de origem primária nas bolsas de mercadorias. Usadas como referência aos produtos de base em estado bruto (matérias-primas) ou com pequeno grau de industrialização, de qualidade quase uniforme, produzidos em grandes quantidades e por diferentes produtores. Estes produtos "in natura", cultivados ou de extração mineral, podem ser estocados por determinado período sem perda significativa de qualidade. O que torna os produtos de base muito importantes na economia é o fato de que, embora sejam mercadorias primárias, possuem cotação e "negociabilidade" globais; portanto, as oscilações nas cotações destes produtos de base têm impacto significativo nos fluxos financeiros mundiais, podendo causar perdas a agentes econômicos e até mesmo a países. O mercado de derivativos surgiu como uma proteção aos agentes econômicos contra perdas provocadas pela volatilidade nas cotações dos produtos de base. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Commodity, acessado em 05 de novembro 2009.
  29. Expressão do Ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2008.
  30. Revista Veja. O mundo pós-crise como usar. Edição 2130, ano 42, n.37, de 16 de setembro de 2009, p. 124.
  31. Expressão utilizada pelo economista Márcio Ponchamann, em entrevista no dia 16/09/09, disponível em: http://www.contee.org.br/noticias/msoc/nmsoc777.asp
  32. Palestra proferida pelo Professor Maurício Godinho Delgado, no TRT 3ª Região, em 24/04/2009, sobre Liberalismo Econômico, Estado Social, Constituição e Poder Judiciário: Reflexões sobre Economia e Poder Judiciário em tempos de crise econômica.
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Sobre os autores
Maíra Neiva Gomes

Advogada trabalhista. Assessora jurídica do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Belo Horizonte e Contagem. Assessora jurídica da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos de Minas Gerais – FEM-CUT-MG. Especialista em Direito Material e Processual do Trabalho. Aluna em DI do Mestrado em Direito do Trabalho da PUC/MG.

Amanda Helena Guedes Azeredo

Mestranda em Direito do Trabalho pela PUC/MG. Especialista em Direito Civil. Assistente judiciária - Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.

Flávio Carvalho Monteiro de Andrade

Mestrando em Direito do Trabalho pela PUC/MG. Assistente Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.

Isabella Vieira Botelho

Mestranda em Direito do Trabalho pela PUC/MG. Especialista em Direito Civil. Assistente judiciária do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.

Maria Isabel Franco Rios

Mestranda em Direito do Trabalho pela PUC/MG. Especialização Direito e Processo Trabalho e Previdência Social. Especialização em Direito Processual Civil. Especialização em Direito Público. Especialização em Direito Civil. Especialização em Direito Material e Processual do Trabalho. Aperfeiçoamento e atualização em Direito e Processo do Trabalho. Aperfeiçoamento em Extensão em Direito do Trabalho.

Roberta Dantas de Mello

Aluna (D.I.) da Pós-Graduação strictu sensu em Direito do Trabalho pela PUC/MG. Especialista em Direito do Trabalho e Direito Previdenciário. Especialista em Direito Processual Constitucional. Advogada.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

GOMES, Maíra Neiva ; AZEREDO, Amanda Helena Guedes et al. O recente colapso do paradigma neoliberal. A crise mundial de 2007/2009.: Perspectivas para o Estado de Bem- Estar Social. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 14, n. 2328, 15 nov. 2009. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/13858. Acesso em: 29 mar. 2024.

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