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Valores éticos no exercício da advocacia

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VALORES ÉTICOS NA CONVIVÊNCIA (RESPEITO, TOLERÂNCIA, PACIÊNCIA, ETC).

1- A OBSERVAÇÃO:

"Uno de los valores éticos que se pronuncia con caracteres más prominentes, es el de la OBSERVACIÓN; la observación consciente, que en forma constante recoge por doquier los elementos que luego han de servir para perfeccionar el carácter y modalidades del ser, al permitir que en el ejercicio continuado de esa facultad verifique la práctica de lo observado, puliendo en esta forma, como hemos dicho, todas las aristas de su temperamiento".

(9)

A PACIÊNCIA, A BENIGNIDADE e a TOLERÂNCIA:

"La paciencia, la benignidad y la tolerancia, son manifestaciones de ética superior".

2- A SIMPATIA:

"La simpatía se conquista por la naturalidad en el trato, por la agilidad y la gracia que se exterioriza y la buena disposición a hacer agradable el instante de sociabilidad". (10)

3- A CONFIANÇA:

"La confianza que inspira la amistad sincera, similar a la de la familia, se funda en la reciprocidad del afecto y del conocimiento personal. Desde el simple conocido hasta el amigo verdadero, existe una escala de grados en el vínculo que los aproxima, vínculo susceptible de alterarse por cual-quier motivo, mientras no se manifiesta el aprecio y la consideración como una afirmación del concepto mutuo. La confianza es, entonces, producto de la garantía moral que cada uno se otorgue." (- "La confianza en su expresión ética").

(11)

-abuso de confiança.

-brincalhões - que excedem em suas brincadeiras - esses ferem a sensibilidade e molestam o pudor comum.

-"La broma elevada, gentil y sana, es aceptada por todos;"

-"La confianza que un pueblo otorga a su mandatario al centralizar en uno la voluntad de todos, es una prueba de moral pública, pero si ella es defraudada, la misma moral reacciona y el usurpador pierde la confianza de su pueblo".

"Agregaremos que la confianza, desde el punto de vista de su expresión ética, debe constituir el fundamento de toda organización moral, política y social". (12)

4- A LEALDADE:

"Sin LEALTAD no es posible concebir la amistad entre las personas ni tampoco hacer factible una convivencia de carácter permanente y sincero". (13)

"Puede afirmarse sin que ello sea aven-

turado, que una de las causas primordiales de los múltiples infortunios humanos fué siempre la falta de lealtad en el trato mutuo. El engaño y la falsedad han sido dos tendencias destructivas que en todo tiempo atentaron contra las buenas disposiciones del ser".

"La lealtad se caracteriza en primer término por la conciencia del deber. Es profesión de fe consciente que el ser hace al sentimiento que, nacido de una amistad o de un afecto sincero y puro, se convierte en parte de sí mismo. Y siendo así, no podría menoscarbárselo sin herir hondamente la propia vida".

5- RESPEITO:

1 - fator essencial da paz;

"No puede haber paz en un pueblo si el respeto a las leyes y a sus instituiciones deja de ser la garantía que ampara a cada uno en sus derechos y en sus valores. De ahí que cuando se burla la dignidad humana faltando el respeto a su persona, sobrevienen las crisis sociales, tan nefastas para la vida de pueblos y naciones." (14)

2 - "En todos los tiempos el respeto constituyó el medio imprescindible que hizo realizable la convivência entre los seres humanos. El hombre, desde que nace, como todo lo que se manifiesta a la vida en el seno de la Creación, debe inspirar respeto. Nada mejor podría hacerse, pues, para edificar la paz futura, que lo-grar que el respeto presida todas sus determinaciones, erigiéndo-lo como algo inseparable de la responsabilidad de los mismos". (15)

6- PACIÊNCIA:

1 - paciência ativa.

2 - "a paciência cria a inteligência do tempo". - paciência do que sabe esperar. (esperar o nascimento do pintinho - 21 dias e não mais).

"Puede decirse, entonces, que es un secreto digno de ser tenido en cuenta, el hecho de que los mejores éxitos que el hombre ha podido tener en la conquista del bien, han sido merced a esa paciencia activa puesta de manifiesto en su perseverancia, su ininterrumpida labor, su consagración, y también a esa fe cons-ciente que se va arraigando en el alma merced a las propias cons-tataciones". ( "La paciencia como factor del éxito"). (16)

Esse são alguns dos valores éticos da convivência apontados pela Logosofia.

Esses valores respondem sempre ao interno do ser, ou melhor, têm uma correspondência no interno.

É preciso, portanto, que haja um cultivo interno desses valores para que eles se exteriorizem em forma de conduta no trato com o semelhante, em ÉTICA.

O conhecimento dos pensamentos e sentimentos têm grande influência no cultivo desses valores éticos aqui assinalados.

A reeducação sugerida pelo conhecimento transcendente contribui para uma revisão de conceitos, visto que eles se encontram desvirtuados. Houve, através dos tempos na humanidade, um grande desvio de conceitos e uma flagrante inversão de valores. É preciso, portanto, repensar, se é que temos pensado alguma vez, sobre essas coisas.

O estudo das deficiências psicológicas me tem permitido conviver melhor, porque ao tomar contato com as falhas caracterológicas de meu temperamento, passo a ser mais comedido e equânime em meus juízos sobre os demais.

Ao verificar que "o intolerante cria em seu redor um ambiente hostil, que o impede de levar uma vida grata", me esforço por afastar de mim esse pensamento e contrapor a ele a "tolerância, considerada por nós elemento indispensável à convivência harmônica". (17)

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O interessante é que a intolerância jamais se manifesta para com os de cima, nem contra aqueles de quem se espera tirar partido. Mas ela está presente de forma às vezes constante no trato com os seres mais queridos.

O que se pode dizer quando se aprende que " o suscetível é um indivíduo predisposto a ver no próximo uma segunda intenção, o que dá lugar a que se melindre ou se ofenda com extrema facilidade". E, no combate a esse defeito passamos a utilizar a equanimidade que é o sentido da justiça e a medida exata com que se ajuizam os valores opostos, associado a esse esforço o cultivo da afabilidade.

O uso da observação é um meio eficaz de combater as deficiências, tão detestáveis inimigos da sensibilidade humana. Observação de deficiências em nossos semelhantes, observação essa que se fará sem perder de vista as próprias, sobretudo quando se trate de irregularidades que se assemelham às que se tem empenho em neutralizar. No efeito desagradável que nos produzem as más atuações alheias, pode-se avaliar o que causamos em circunstâncias análogas, surgindo de tão singelo confronto, com maior vigor que antes, a resolução de nos tornarmos mais gratos e suportáveis.

Deve-se ter o cuidado também de observar a ótima impressão que produzem as virtudes do próximo. "Eis o estímulo natural que nos deve inspirar a desenvolver iguais virtudes e a nos converter em exemplos vivos de captação e assimilação de valores espirituais e éticos, valores que a sensibilidade e a consciência reclamam como indispensáveis para mover e ativar as próprias bases internas de superação" . (18)

7 - O EXEMPLO:

"Todo ensinamento moral não avalizado com o exemplo de quem o dita atua na alma do que o recebe em sentido contrário".

"O exemplo é a imagem vivente de uma realidade perfeita".

"A moral se edifica com o bom exemplo, não com palavras".

O exemplo é a maior das tradições, porque sem exemplo não existe tradição.

Exemplos que podem ser seguidos, exemplos que sejam compreendidos pela mente humana e não supostos exemplos de exemplos que não existiram. (19)



ATMOSFERAS E ÓRBITAS PESSOAIS

A) homem ativo - atrai a simpatia e amizade de muitos seres - a exemplo dos astros que por sua influência cósmica atraem a outros a sua órbita;

B) a sensatez e a franqueza mantêm diáfana a atmosfera pessoal.

Atmosfera pessoal = atmosfera interna

"La atmósfera interna puede trascender y tomar contacto con los demás seres siempre que quien la posea no viva aislado, pues en este caso permanecería estática. Pero si busca la vinculación, puede acontecer que sea atraído o repelido, conforme a la índole simpática o antipática de su onda o vibración. He aquí, finalmente, lo que va determinando la órbita de atracción personal".

(20)



CONCLUSÃO

Para terminar, fazemos nossas as seguintes palavras do criador da Ciência Logosófica, publicadas na revista LOGOSOFIA : (21)

"Uma nova era deverá começar para este mundo alquebrado e submerso em tanta desgraça: a era da reconstrução em todas as ordens em que a vida se desenvolve; a era de uma nova concepção da vida que abra aos espíritos as portas de um futuro melhor. Desta maneira haverá terminado a era sombria do desprezo ao semelhante e do desprezo a todo o justo, nobre e bom.

"A nova era terá que se caracterizar, pois, por uma ampla compreensão dos problemas humanos e pelo respeito mútuo, consagrado universalmente; o respeito à vida, à família, aos povos e a quanto constitua a razão da existência. Só assim voltará a humanidade a se humanizar e a alcançar, mais além, cumes no aperfeiçoamento".



NOTAS

  1. CASTRO FILHO. Prática Forense.,p. 31
  2. OAB Nacional, Órgão do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil Ano IX nº 66-Out-98
  3. CASTRO FILHO, Prática Forense, p. 119.
  4. ANTONINI, José Antônio. A Logosofia como cência auxiliar do Direito. Revista Jurídica Mineira, Ano VII - Vol. Nº 80- Dez/90, p. 44
  5. CHAGAS, Marco Aurélio Bicalho de Abreu. Uma nova concepção do Direito, Revista Jurídica Mineira, Ano VI - Vol. Nº 67 - Nov/89, p. 07
  6. PECOTCHE, Carlos Bernardo González, Deficiências e Propensões do Ser Humano, p.105
  7. ANTONINI, José Antônio, A Logosofia como ciência auxiliar do Direito, Revista Jurídica Mineira, Ano VII- Vol. Nº 80 - Dez/90, p.50
  8. PECOTCHE, Carlos Bernardo González, Introdução ao Conhecimento Logosófico, p.194
  9. Idem, Revista Logosofia, nº 51, p. 23
  10. Idem, Revista Logosofia, nº 51, p. 31
  11. Idem, Revista Logosofia, nº 17, p. 19
  12. Idem, Revista Logosofia nº 17, p. 21
  13. Idem, Revista Logosofia nº 51, p. 33
  14. Idem, Revista Evolução Consciente nº 12, Ano 71, p. 70
  15. Idem, Revista Logosofia nº 57, p. 15
  16. Idem, Revista Logosofia nº 17, p. 17
  17. Idem, Deficiência e Propensões do Ser Humano, p. 139
  18. Idem, Deficiência e Propensões do Ser Humano, p. 25
  19. Idem, Conferências T. V , p. 94
  20. Idem, Diálogos, p. 87
  21. Idem, Revista Logosofia, nº 53, p. 26



BIBLIOGRAFIA

  1. CASTRO FILHO, José Olympio. Prática Forense. Rio de Janeiro: Forense, (s/d), 483 p.
  2. REVISTA JURÍDICA MINEIRA. Belo Horizonte, V. nº 89, Dez., ano 1990, 243 p.
  3. GONZÁLEZ PECOTCHE, Carlos Bernardo. Introdução Ao Conhecimento Logosófico. São Paulo: Editora Logosófica, 1996, 491 p.
  4. GONZÁLEZ PECOTCHE, Carlos Bernardo. Biognose. São Paulo: Editora Logosófica, 1996, 174 p.
  5. GONZÁLEZ PECOTCHE, Carlos Bernardo. Deficiências e Propensões do Ser Humano. São Paulo: Editora Logosófica, 1989, 204 p.
  6. REVISTA JURÍDICA MINEIRA. Belo Horizonte, V. nº 67, Nov. ano 1989. 273 p.
  7. GONZÁLEZ PECOTCHE, Carlos Bernardo. Diálogos. São Paulo: Editora Logosófica, 1995, 211 p.
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Sobre o autor
Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

CHAGAS, Marco Aurelio Bicalho Abreu. Valores éticos no exercício da advocacia. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 3, n. 27, 23 dez. 1998. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/286. Acesso em: 27 dez. 2024.

Mais informações

Palestra proferida na 3ª Semana Jurídica, sob o patrocínio do CAHTJ da Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG,em Ituiutaba ( MG), no dia 20 de outubro de 1998

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