Com o PT fora da Presidência da República, partidos de direita ganham votos. Urna eletrônica facilita manipulação de votos

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A mídia brasileira tem agido antidemocrática seja para acusar determinados segmentos políticos ou apontar "criminosos natos". Jornalismo democrático presta serviço público ao Estado Democrático de Direito.

Desde o momento em que o PT deixou à Presidência da Repúblico, pelo Impeachment da ex-presidenta [presidenta não está errado; verifique no VOLP] Dilma Rousseff, os partidos de direita conseguiram votos expressivos nestas eleições de 2016. Quando o PT estava no auge da política brasileira, partidos opositores da direita, assim como os "coxinhas", afirmaram aos brados que as urnas eletrônicas estavam sendo fraudadas, possivelmente pela vulnerabilidade do software usado. Se a urna eletrônica, como bem atestaram os "coxinhas", não oferece segurança aos votos, não é agora que será totalmente blindado. Se várias manifestações ocorreram para impedir o Impeachment da Presidenta, sinal de que Dilma não era detestada quanto foi Fernando Collor de Mello. Pela lógica, o PT não estaria perdendo, muito, nas urnas. Logo, a lógica é que, agora que a direita está no poder, as urnas estão sendo manipuladas, os votos fraudados. Notório que os partidos de direita se valeram do Mensalão do PT para enfraquecer os partidos de esquerda. Foram praticamente um década de governo socialista, e avanços sociais foram conseguidos, jamais visto de 1891 até a promulgação da CF/88. O PT, no governo de Lula, conseguiu diminuir as desigualdades sociais, elevou o salário mínimo, permitiu que a Polícia Federal e o Ministério Público, pelo que são atualmente, conseguissem desbaratar organização criminosas tanto na política quanto na inciativa privada. Nos livros A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr., e O Príncipe da Privataria, de Palmerio Doria, os autores demonstram como a direita é corrupta. Se pensamos na Lava Jato, quando as máscara dos partidos de direita caíram, os esquemas criminosos são grandemente violadores dos direitos humanos. No Panama Papers, os partidos de direita mais uma vez surgiam no cenário macabro da corrupção. Se analisarmos desde a promulgação da CF/88, os partidos de esquerda sempre foram perseguidos pelas elites empresariais, pelos fanáticos religiosos, já que consideram os comunistas como comedores de criancinhas e ateus, pelas, principalmente, pelas elites midiáticas, já que os principais canais televisivos foram conseguidos durante o Regime Militar, e a maioria admitiu ter apoiado o Golpe de 1964. No caso do PT, quando Lula começou a disputar a cadeira da Presidência da República, as mídias mostraram que os investidores tinham medo, tanto os nacionais quanto os estrangeiros. Mesmo após Lula sentar-se na cadeira, ainda assim, a esquerda fora atacada. Porém, pela liberdade de expressão, primordialmente na Internet, os brasileiros ficaram sabendo que durante o governo do PT vários avanços aos Direitos Humanos foram alcançados. São relatórios da ONU, da OMS, entre outros órgãos internacionais, atestando o grande desenvolvimento social alcançado pelo PT.

Agora, com a direita no poder, os direitos sociais começarão à decair, primordialmente com a PEC 241. O Mensalão do DEM e do PSDB não ganham tantos destaques como aconteceu com o Mensalão do PT. As investigações internacionais sobre a corrupção brasileira continuam, mas a mídia carcomida pela cleptocracia não dá tanto destaque. Tem se dado mais atenção aos fatos internacionais.

A MÍDIA E SEU PODER

Caros leitores, criei, rapidamente, uma justificativa [persuasão] defendendo, com unhas e dentes, os partidos de esquerda, e condenando, também, com unhas e dentes, os partidos de direita. Qualquer jornalista sabe que existem regras e formas de se editar um documento, como, por exemplo, a "pirâmide invertida". Além disso, o estudo da psicologia social é importante para se fomentar discussões e alavancar às vendas. Dizer que jornalismo é isento é a mais fantasiosa concepção que se pode conceber. Os argumentos retóricos são largamente usados pelas mídias. A comunicação tem o propósito de transmitir mensagens, a persuasão é um meio usado para que a mensagem possa ser alcançada pelo leitor ou telespectador. Pela psicologia comportamental, principalmente pelas pesquisas de Pavlov, a percepção está além da objetividade, isto é, o foco objetivo em algum objeto não necessariamente exclui outros sentidos físicos, como audição, paladar, tato. Quando locutor e interlocutor conversam, os sentidos físicos, mesmo que ambos estejam concentrados na conversação, captam tudo o que está acontecendo. Para exemplificar, sanduíche e localidade. O sanduíche agrada ao paladar, o espaço físico é climatizado, sendo em torno de 32 graus, o que é agradável, ambiente alegre e descontraído. Toda informação é registrada no subconsciente — as publicidades usam e abusam da persuasão através das informações visuais e auditivas, de que certo produto é agradável, dá felicidade etc.

Imagine um saboroso sanduíche e um indivíduo, o qual se delicia com o sanduíche. O indivíduo sofre ferimentos em decorrência de atentado terrorista. Se toda informação for capaz de gerar um estresse insuportável, que pode causar trauma, o sanduíche saboroso será rejeitado, posteriormente e em qualquer situação. Ao comer o sanduíche, o cérebro faz associação com o sabor, a textura, mas também com o fato traumático. Lembro de uma aula sobre psicologia comportamental; explanei sobre ocorrido em minha infância. Na escola tínhamos matéria Artes Cênica. A professora resolveu colocar música. Um dos colegas de classe começou a chora. Perguntado, ele disse que lembrava certo acontecimento triste. Ele ainda tinha consciência; porém, há casos que a pessoa não tem consciência do que sente, mas, de alguma forma, passou por situação que causou algum abalo — ultrapassou o limiar do estresse suportado.

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Após estas explicações sobre psicologia comportamental — da próxima vez que for num shopping, pense em psicologia comportamental e como o shopping foi projetado para transmitir segurança, satisfação etc., para os consumidores —, espero que os leitores possam pensar por si próprios sobre mídia e sua função, assim como a retórica dos políticos, no Estado Democrático de Direito. Nos EUA, a liberdade de expressão é bem mais livre do que na Europa, por esta ter sofrido bem mais os efeitos da Segunda Guerra Mundial.

O que aconselho para não ser persuadido, ou pelo menos saber quando foi, e exercer a plenitude da liberdade de expressão:

1. Leia qualquer tipo de revista ou jornal. Confrontar as opiniões dos partidos de esquerda e de direita é exercer o livre arbítrio, o livre pensamento. Se analisarmos de 1891 até meados do século XX, vários utilitarismos existiram no Brasil e doutrinaram gerações;

2. Use e abuse da Internet. Porém, se usá-la unicamente para procurar o que somente quer, principalmente pelas recomendações dos utilitarismos religioso e político, você não alcançará a plenitude das possibilidades que a Internet oferece. Sei que sair da zona de conforto causa muito desconforto. Uma pessoa que foi doutrinada por algum utilitarismo sentirá imensas dificuldades em renunciá-lo. Cito exemplo dos membros do Estado islâmico. As crianças são doutrinadas, assim como fizeram os nazistas com as crianças alemãs. Sair dessa condição quase hipnótica é doloroso para o doutrinado;

3. Esgote suas perguntas. Quando se esgotam as próprias perguntas, um vazio surgirá. Porém, esse vazio não ficará por muito tempo. A mente trabalhará para formular novas perguntas. O que quero dizer é que o ser humano é, em sua vida total, mais de 89% de hábito condicionado. Quando há acontecimentos imprevistos, o indivíduo se sente desprotegido. Os hábitos criam certa segurança emocional e psíquica, mas também podem oferecer perigo, como o tabagismo, por exemplo. E por longos décadas as publicidades tabagistas usaram e abusaram da psicologia comportamental;

4. Use o pode do controle remoto e o poder da Internet. Assista aos vários telejornais nacionais e internacionais. Quem sabe inglês terá mais vantagem, quem não sabe, pode procurar canais como CNN, em espanhol. Repare nos métodos de transmitir informações. Faça anotações, caso queira. Isso fornece uma riquíssima experiência didática;

5. Leia livros sobre dissuasão e persuasão;

6. Uma conversa democrática jamais terminará em agressão — na política, quando adversário fala sobre acontecimentos criminosos de seu candidato, isso não é agressão, pois, como já bem salientei, crimes praticados usando a máquina administrativa são, geralmente, piores do que os crimes cometidos por traficantes. É direito do eleitor ativo saber da vida pretérita do candidato. Pessoas que usam da agressão, para conter contra-argumentações, estão querendo imputar utilitarismos.

Espero, de alguma forma, ter contribuído co o Estado Democrático de Direito. As salas de aulas também servem de ótimo meio democrático, principalmente com os professores de História. As divergências, numa sociedade valorativa dos Direitos Humanos, jamais passará para os atos agressivos. Pode-se não concordar, mas respeitar a opinião do próximo é um passo para a civilidade. E se não houver possibilidade de se respeitar a opinião de outro concidadão, como um pedófilo? A beleza da democracia é a liberdade de expressão e a participação na condução do Estado. Por isso, sem participação ativa, não há democracia consolidada, mas mera aparência de democracia.

FIAT LUX!

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Sobre o autor
Sérgio Henrique da Silva Pereira

Articulista/colunista nos sites: Academia Brasileira de Direito (ABDIR), Âmbito Jurídico, Conteúdo Jurídico, Editora JC, Governet Editora [Revista Governet – A Revista do Administrador Público], JusBrasil, JusNavigandi, JurisWay, Portal Educação, Revista do Portal Jurídico Investidura. Participação na Rádio Justiça. Podcast SHSPJORNAL

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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