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Paradoxo do antídoto: por que a luta contra o golpismo fortalece a base radical

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21/09/2025 às 09:22

Resumo:


  • O Poder Judiciário adotou uma estratégia de intervenção cirúrgica para neutralizar as lideranças e estruturas do radicalismo político.

  • A atuação assertiva do STF, apesar de legalmente fundamentada, tornou-se combustível para a narrativa bolsonarista de perseguição.

  • O Poder Executivo apostou em uma abordagem terapêutica de longo prazo, buscando inocular a sociedade contra o extremismo com melhorias socioeconômicas.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

Cada passo do Judiciário para punir os atos antidemocráticos é transformado em combustível para a narrativa de perseguição que une os apoiadores do bolsonarismo. O remédio para a democracia pode estar alimentando a doença da polarização?

O “Corpo Político” em Recuperação

A democracia brasileira se assemelha a um paciente em uma delicada fase de recuperação. O trauma agudo dos ataques de 8 de janeiro de 2023, um choque sistêmico que ameaçou a integridade de suas instituições mais vitais, já foi contido. Contudo, o prognóstico de longo prazo permanece incerto. Este artigo se propõe a ser uma análise aprofundada do prontuário médico deste paciente, examinando o complexo plano de tratamento administrado pelos Poderes da República, a natureza da "infecção" persistente do radicalismo político que se recusa a ser erradicada e os severos "efeitos colaterais inflamatórios" dos remédios aplicados.

De um lado, temos o plano de tratamento: as terapias socioeconômicas do Poder Executivo, destinadas a fortalecer o organismo social a partir de dentro, e as intervenções cirúrgicas do Poder Judiciário, que visaram extirpar os núcleos operacionais do movimento antidemocrático. De outro, observamos a reação do corpo político: uma "infecção" ideológica resiliente, que se nutre da própria intervenção que busca combatê-la, e uma "reação alérgica" aguda do Poder Legislativo, que se manifesta em tentativas de reescrever as regras do sistema imunológico institucional. Compreender essa complexa interação é fundamental para avaliar se o Brasil caminha para uma recuperação robusta ou para uma condição crônica de instabilidade e polarização.


1. Lealdade “Inabalável” - Decifrando os Pilares do Bolsonarismo

Para entender a resiliência do desafio à democracia, é preciso primeiro dissecar o fenômeno que o sustenta. O bolsonarismo demonstrou ser muito mais do que um movimento político tradicional; ele se consolidou como uma poderosa forma de identidade social, cujas fundações se mostram notavelmente resistentes a abalos legais e políticos 1. A lealdade de sua base não se ancora em programas de governo ou em filiação partidária convencional, mas em uma profunda conexão emocional e ideológica.

1.1. Líder como Símbolo - A Forja do "Mito" Antissistema

No centro do movimento está a figura de Jair Bolsonaro, construída por seus apoiadores não como um político, mas como um "mito" ou um salvador. Essa imagem foi forjada sobre a percepção de autenticidade. Sua linguagem direta, muitas vezes grosseira e controversa, era vista como prova de sinceridade, um contraponto refrescante ao discurso polido e percebido como falso da classe política tradicional. Ele era o homem que "falava o que o povo pensa".

Essa persona se encaixou perfeitamente em uma tendência global de ascensão de uma nova direita populista, caracterizada pela crítica feroz às instituições democrático-liberais, ao globalismo e à ordem estabelecida 2. Bolsonaro se posicionou como o outsider definitivo, o guerreiro solitário contra "tudo isso que está aí": a corrupção sistêmica, a "mídia lixo", o "ativismo judicial" e as elites culturais. Seu histórico militar e a defesa de uma hierarquia rígida ressoaram com um eleitorado que ansiava por ordem e por um líder forte capaz de "colocar o país nos eixos".

1.2. "Nós Contra Eles" - Psicologia da Identidade de Grupo

O verdadeiro cimento que une a base bolsonarista é a criação de uma identidade de grupo coesa, alicerçada em uma narrativa maniqueísta de batalha do "bem" contra o "mal". De um lado, o "nós": o "cidadão de bem", definido por um tripé de patriotismo, fé cristã e defesa da família tradicional 2. Do outro, o "eles": um inimigo multifacetado que engloba a esquerda, o comunismo, a grande imprensa, artistas, intelectuais e qualquer um que critique o líder ou os valores do grupo.

Essa divisão cria uma poderosa "mentalidade de cerco". A percepção de que "estamos sendo atacados" fortalece os laços internos e gera uma defesa incondicional do líder, visto como o principal alvo dessa conspiração. Nesse contexto, uma crítica a Bolsonaro não é interpretada como um debate político, mas como um ataque existencial à identidade e aos valores do próprio grupo. A Teoria da Identidade Social explica esse fenômeno: ao atribuir características positivas ao seu próprio grupo (endogrupo) e negativas ao grupo externo (exogrupo), os indivíduos fortalecem sua própria identidade e autoestima 4.

Essa dinâmica é particularmente potente no Brasil, um país historicamente marcado por uma fraca identidade partidária 5. A política brasileira, com raras exceções, nunca conseguiu forjar vínculos sólidos entre eleitores e partidos 6. O bolsonarismo, de forma astuta, preencheu esse vácuo. Ele não ofereceu apenas um candidato, mas uma identidade completa, um senso de pertencimento e de propósito coletivo 7. Argumentos factuais ou denúncias de corrupção tornam-se ineficazes porque a lealdade não é racional ou programática; é tribal e emocional. Desconstruir o bolsonarismo, portanto, não é uma tarefa meramente política, mas um desafio profundamente sociológico e psicológico.

1.3. Eco de Valores Profundos - Capitalizando Anseios Preexistentes

O movimento não criou seus seguidores do vácuo; ele deu voz e representação a sentimentos que já pulsavam na sociedade brasileira 3. O lema "Deus, Pátria, Família", resgatado do integralismo, encontrou eco profundo em um eleitorado conservador, especialmente entre evangélicos e católicos 2. A oposição a pautas como aborto e "ideologia de gênero" tornou-se central para essa aliança.

Além disso, o bolsonarismo capitalizou com maestria o massivo sentimento antipetista, exacerbado pelos escândalos de corrupção da Operação Lava Jato e pela crise econômica 2. Para milhões de brasileiros, Bolsonaro representou a única alternativa viável para romper o que viam como uma hegemonia da esquerda. Por fim, em um país com altos índices de criminalidade, o discurso de "lei e ordem", a defesa do armamento civil e a promessa de tolerância zero com a criminalidade encontraram um apelo popular imenso.

1.4. “Realidade Paralela” - Ecossistema Fechado de Comunicação

A manutenção dessa lealdade fervorosa depende de uma sofisticada infraestrutura de comunicação. Através do uso massivo de redes sociais e aplicativos de mensagem, Bolsonaro e seus aliados estabeleceram um canal direto com seus apoiadores, contornando o filtro da imprensa tradicional e criando uma sensação de intimidade e confiança.

Dentro desses canais, circula uma narrativa própria, alimentada por influenciadores digitais e portais de notícias alinhados. A grande mídia é sistematicamente desacreditada, e qualquer notícia desfavorável é imediatamente rotulada como "fake news" ou perseguição. Isso cria uma bolha informacional, uma realidade paralela onde as crenças do grupo são constantemente validadas e reforçadas, e onde as críticas raramente conseguem penetrar. Este ecossistema não serve apenas para informar, mas para reafirmar a identidade coletiva e manter a tropa mobilizada e em estado de alerta permanente.


2. Contragolpe Institucional: Estratégias do Executivo e do Judiciário

Diante de um movimento com raízes sociais e ideológicas tão profundas, a resposta do Estado brasileiro se desdobrou em duas frentes principais, com lógicas e ritmos distintos. De um lado, o Poder Judiciário adotou uma estratégia de intervenção direta e cirúrgica, visando neutralizar as lideranças e as estruturas operacionais do radicalismo. De outro, o Poder Executivo apostou em uma abordagem terapêutica e de longo prazo, buscando inocular a sociedade contra o apelo do extremismo através da melhoria das condições de vida.

2.1. Bisturi da Lei - Cirurgia Judicial no Núcleo do Movimento

O protagonismo na resposta institucional coube, inegavelmente, ao Poder Judiciário, em especial ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sua atuação foi a de uma força de contenção, aplicando o "bisturi da lei" para remover os elementos mais agudos da ameaça à democracia. As ações foram contundentes.

A resposta aos ataques em Brasília foi rápida e severa. Centenas de pessoas foram processadas e condenadas, enviando uma mensagem inequívoca de que atos contra o Estado de Direito teriam consequências 8. As investigações avançaram sobre financiadores e mentores, buscando desmantelar toda a cadeia de comando.

Talvez o golpe mais estratégico tenha sido a decisão do TSE, em 2023, que tornou Jair Bolsonaro inelegível por abuso de poder político 9. Essa medida, posteriormente reforçada por outras condenações 10, removeu o principal catalisador do movimento do tabuleiro eleitoral de curto prazo, forçando uma reorganização de suas forças e expondo suas fraturas internas.

O ápice da ofensiva judicial foi a condenação de Bolsonaro e de membros de sua cúpula, incluindo militares de alta patente, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e organização criminosa 11. Essa decisão atacou diretamente a imagem do "mito" incorruptível, submetendo-o à mesma lei que rege os cidadãos comuns e desfazendo a aura de impunidade que o cercava.

2.2. “Paradoxo do Remédio”: Ativismo Judicial como Combustível para a Perseguição

Aqui reside o grande paradoxo da resposta institucional. As ações do Judiciário, embora legalmente fundamentadas e vistas por muitos como essenciais para salvar a democracia 12, tornaram-se, simultaneamente, a principal peça de propaganda para a narrativa bolsonarista de perseguição 13. Cada decisão do STF era apresentada à base como prova irrefutável de que o "sistema" estava conspirando contra seu líder e seus valores.

Essa atuação assertiva do STF alimentou um intenso debate sobre "ativismo judicial". Críticos, incluindo juristas e senadores, argumentaram que a Corte extrapolou suas atribuições constitucionais, interferindo indevidamente na esfera política e criando um perigoso precedente de desequilíbrio entre os Poderes 14. A centralização de poder em figuras como o ministro Alexandre de Moraes, embora eficaz para conter a crise, personificou o conflito, transformando uma disputa institucional em uma batalha que parecia pessoal 13.

Essa dinâmica revela um dilema estratégico profundo. O Executivo e o Judiciário, na prática, implementaram estratégias de "desconstrução" com lógicas opostas. A do Judiciário foi uma tática de curto prazo, confrontacional e cirúrgica. A do Executivo, como veremos, é de longo prazo, atmosférica e terapêutica. O conflito surge porque o "tratamento de choque" judicial, com seu alto teor de drama e conflito, fornece o combustível perfeito para a máquina de comunicação bolsonarista. Essa narrativa ruidosa e constante de perseguição tem o potencial de abafar o trabalho silencioso e gradual do Executivo de mudar a percepção popular através da governança. O ato de desmantelar legalmente o aparato golpista acaba, paradoxalmente, fortalecendo politicamente a narrativa que tornou o golpe possível.

2.3. A "Vacina" Socioeconômica do Executivo

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, opera em uma frequência diferente. Sua estratégia central é que o antídoto mais eficaz contra o radicalismo não é o confronto direto, mas a melhoria concreta da realidade material da população. A aposta é que um cidadão com emprego, poder de compra e confiança nos serviços públicos é menos vulnerável ao discurso de ruptura.

O governo se esforça para substituir a agenda da guerra cultural por uma narrativa de realizações. A comunicação oficial enfatiza dados de crescimento econômico 15, a retomada de programas de infraestrutura como o Novo PAC 16 e a reconstrução de programas sociais de amplo alcance, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida 17. A ideia é que resultados concretos falem mais alto que a polarização ideológica.

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Ao fortalecer a rede de proteção social, o governo busca reconstruir a imagem do Estado como uma solução para os problemas da população, em contraste direto com a retórica anti-Estado que é central ao bolsonarismo 18.

Contudo, esta é uma aposta de longo prazo e de sucesso incerto. A comunicação governamental ainda luta para competir com a agilidade e a agressividade da máquina bolsonarista nas redes sociais. Além disso, a popularidade do governo tem se mostrado volátil, indicando que a percepção de melhoria econômica ainda não se consolidou de forma a alterar significativamente o cenário político polarizado 19. O sucesso dessa estratégia depende de os efeitos silenciosos da estabilidade econômica conseguirem, eventualmente, superar o barulho estridente do conflito judicial.


3. Reação do Parlamento - Entre a Blindagem e a Anistia

Enquanto o Executivo e o Judiciário implementavam suas estratégias, o Poder Legislativo não permaneceu como um espectador passivo. Longe disso, articulou um contragolpe institucional robusto. As ações do Congresso, notadamente a chamada "PEC da Blindagem" e a articulação por uma anistia, não devem ser vistas como meras reações políticas isoladas, mas como um movimento coordenado para reafirmar sua autoridade e tentar alterar fundamentalmente o equilíbrio de poder entre as instituições.

3.1. "PEC da Blindagem" como Reafirmação de Poder

A Proposta de Emenda à Constituição apelidada de "PEC da Blindagem" é o exemplo mais claro dessa ofensiva legislativa 20. Embora criticada como uma "PEC da Impunidade" 22, sua análise mais profunda revela uma disputa de poder. Ao resgatar a necessidade de uma "licença prévia" da respectiva Casa para a abertura de processos criminais contra seus membros, o Congresso busca subordinar a ação judicial à deliberação política 23. É uma tentativa de construir uma fortaleza legal em torno do mandato parlamentar, protegendo-o do que muitos congressistas percebem como um ativismo judicial excessivo.

A proposta vai além, estendendo o foro por prerrogativa de função aos presidentes de partidos com representação no Congresso, mesmo que não possuam mandato 21. Essa medida visa consolidar o poder dentro da estrutura da classe política, protegendo seus principais articuladores. A polêmica em torno da tentativa de instituir o voto secreto para essas decisões evidencia a tensão entre o corporativismo parlamentar e a demanda por transparência da sociedade 23. A PEC, portanto, é menos sobre impunidade individual e mais sobre a soberania coletiva do Legislativo frente aos outros Poderes.

3.2. O Jogo do "Esquecimento" - Anistia como Desafio Direto ao STF

A articulação em torno de um projeto de lei de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro representa um desafio ainda mais direto à autoridade do Judiciário 24. Essa manobra política é um jogo de xadrez complexo. Em sua essência, a anistia – cujo significado literal é "esquecimento" – é uma tentativa do Legislativo de apagar, por meio de uma decisão política, os efeitos de uma decisão judicial. É uma declaração de que a última palavra sobre o destino dos condenados não pertence à Suprema Corte, mas ao Congresso Nacional.

A estratégia por trás da proposta é multifacetada. Existe um debate interno sobre seu alcance: seria uma anistia "light", focada em reduzir as penas dos executores e da "massa de manobra" 25, ou uma anistia "ampla, geral e irrestrita", que beneficiaria as lideranças do movimento, incluindo o próprio Jair Bolsonaro?26 Para a oposição bolsonarista, a segunda opção é a prioridade, vista como a única saída para livrar seu líder da prisão e reabilitá-lo politicamente 27. A aprovação da urgência para o projeto na Câmara demonstrou a força dessa articulação 26. Para o Centrão e a direita pragmática, a anistia é uma poderosa moeda de troca e uma demonstração de força, um recado claro tanto para o Palácio do Planalto quanto para o STF sobre quem detém o poder de pautar o país 28.


4. Guerra de Narrativas e o Dilema da Regulação

Subjacente a toda essa disputa institucional, trava-se uma guerra contínua e feroz no campo de batalha da informação. É nesse ambiente digital que as narrativas são forjadas, as bases são mobilizadas e a própria percepção da realidade é contestada. A tentativa de regular esse espaço revelou um dos dilemas mais espinhosos da democracia contemporânea.

4.1. Fronteira da Liberdade - O Impasse do PL 2630

O Projeto de Lei 2630, conhecido como "PL das Fake News", tornou-se o epicentro do debate sobre regulação da internet no Brasil 29. Aprovado no Senado em 2020, o projeto empacou na Câmara dos Deputados, tornando-se um símbolo da profunda divisão política e social sobre o tema 30. A proposta busca instituir a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, mas sua tramitação se converteu em um campo minado.

De um lado, defensores argumentam que a regulação é indispensável para combater a desinformação que corrói a confiança nas instituições e envenena o debate público. De outro, opositores, incluindo as grandes plataformas de tecnologia e a bancada bolsonarista, rotulam a proposta de "PL da Censura", alertando para o risco de que as ferramentas de moderação de conteúdo se transformem em instrumentos de perseguição política e restrição à liberdade de expressão 29. O impasse foi tão grande que o próprio governo, um defensor inicial da medida, acabou recuando de uma proposta mais ampla de regulação de redes sociais, evidenciando a enorme dificuldade de se construir um consenso 31.

4.2. Seguindo o Dinheiro - A Economia Política da Desinformação

O intenso e polarizado debate sobre conteúdo, no entanto, pode estar ofuscando uma dimensão mais pragmática e talvez mais solucionável do problema: a economia da desinformação. A produção e disseminação de notícias falsas não é apenas um projeto ideológico; é, em muitos casos, um modelo de negócio lucrativo. Pesquisas indicam que o ecossistema de desinformação no Brasil é fortemente dependente de infraestruturas de publicidade programática, com o Google AdSense desempenhando um papel central 32.

Essa constatação desloca o eixo do problema. Enquanto a moderação de conteúdo se embrenha em um debate filosófico quase insolúvel sobre os limites da liberdade de expressão, o combate ao seu financiamento é uma questão técnica e regulatória. A desinformação prospera porque gera cliques, e cliques geram receita publicitária. Interromper esse fluxo financeiro é uma forma de "asfixiar" economicamente a indústria da mentira sem precisar entrar no mérito de cada conteúdo individualmente. Iniciativas de agências de fomento e pesquisa no Brasil já começam a se voltar para essa abordagem, buscando criar redes e políticas públicas para rastrear e combater o financiamento da desinformação 33. A batalha mais eficaz talvez não seja travada no campo das ideias, mas no rastro do dinheiro.

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Sobre o autor
Adilson Furlani

Advogado com expertise única na intersecção entre Direito e Tecnologia. Minha formação multidisciplinar em Direito, Sistemas, Segurança da Informação e Geoprocessamento permite oferecer soluções jurídicas inovadoras e precisas. Atuo com Direito Civil, Digital e LGPD, compreendendo a tecnologia por trás da lei, e com Direito Imobiliário e Ambiental, utilizando análises de dados geoespaciais. Meu compromisso é traduzir a complexidade técnica e jurídica em estratégias claras e seguras para os meus clientes.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

FURLANI, Adilson. Paradoxo do antídoto: por que a luta contra o golpismo fortalece a base radical. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 30, n. 8117, 21 set. 2025. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/115682. Acesso em: 5 dez. 2025.

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