Filosofia da História do Direito: a criminologia crítica e o legado marxiano

Exibindo página 3 de 3
17/05/2014 às 16:05
Leia nesta página:

IV - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • ALBRECHT, Peter Alexis. Criminologia: uma fundamentação para o direito penal. Trad. Juarez Cirino dos Santos; Helena Schiessl Cardoso. Curitiba: ICPC/Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.

  • ALEXY, Robert. Teoria da argumentação jurídica: a teoria do discurso racional como teoria da justificação jurídica. São Paulo: Landy, 2001.

  • BARATTA, Alessandro. Che cosa é La criminologia critica? In: Dei delitti e delle Pene, 1991, n. 1.

  • _____. Criminologia crítica e crítica do direito penal: introdução à sociologia do direito penal. 2 ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1999.

  • BARROSO, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

  • BECCARIA, Cesare. Dei delitti e delle pene (1764). Roma: Giuffré Editore, 1973.

  • BECK, Ulrich. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. 2 ed. São Paulo: Ed. 34, 2011.

  • BERGER, Peter L.; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade tratado de sociologia do conhecimento. Trad. Floriano de S. Fernandes. 20 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

  • BILLIER, Jean-Cassien; MARYIOLI, Aglaé. História da filosofia do direito. Trad. Maurício de Andrade. Barueri: Manole, 2005.

  • BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 2010.

  • _____. O positivismo jurídico: lições de filosofia do direito. Trad. Márcio Pugliesi; Edson Bini; Carlos E. Rodrigues. São Paulo: Ícone, 2006.

  • BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 5 ed. São Paulo: Malheiros, 1994.

  • _____. Do Estado liberal ao Estado social. 5 ed. Belo Horizonte: Del Rey, 1993.

  • _____. Teoria do Estado. 4 ed. São Paulo: Malheiros, 2003.

  • CALHAU, Lélio Braga. Vítima, justiça criminal e cidadania: o tratamento da vítima como fundamento para uma efetiva cidadania. Revista do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, Brasília, v. l, n. 13, p. 61-76, jan/jun. 2000.

  • CANARIS, Claus-Wilhelm. Pensamento sistemático e conceito de sistema na ciência do direito. 2 ed. Trad. A. Menezes Cordeiro. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1996.

  • CANOTILHO, José J. Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição. Coimbra: Almedina, 2009.

  • CERVINI, Raúl. Os processos de descriminalização. 2 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1994.

  • CHAUI, Marilena de Souza. O que é ideologia. 30 ed. São Paulo: Brasiliense, 1989.

  • DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania. São Paulo: Moderna, 1998.

  • DEL VECCHIO, Giorgio. Lições de filosofia do direito. Trad. Antônio Jose Brandão. Coimbra: Armênio Amado, 1979.

  • DIAS, Jorge Figueiredo; ANDRADE, Manoel da Costa. Criminologia: o homem delinquente e a Sociedade Criminógena. Coimbra Editora, 1997.

  • DILTHEY, Wilhelm. Crítica de la razon historica. Barcelona: Ediciones Peninsula,1986.

  • _____. Hegel y el idealismo. 2 ed. Mexico, Fondo de Cultura Economica, 1956.

  • _____. Introducción a las ciencias del espiritú: ensayo de uma fundamentación del estudio de la sociedad y de la historia. Madrid: [?], 1956.

  • _____. Teoria das concepções do mundo. Lisboa: Edições 70, 1992.

  • DRAY, William H. Filosofia da história. Rio de Janeiro: Zahar, 1969.

  • DUPAS, Gilberto. Economia global e exclusão social. 2 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

  • DWORKIN, Ronald. Taking rights seriously. Cambridge: Harvard University Press, 1977-8.

  • FASSÒ, Guido. História de la filosofia del derecho: antiguedad y edad Media. 3 ed. V. 1 Madrid: Ediciones Pirámide1982.

  • FERNANDES, Newton; FERNANDES, Valter. Criminologia integrada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995.

  • FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2002.

  • _____. El derecho como sistema de garantías. Jornadas sobre "La crisisdelDerecho u sus alternativas", Madrid, diciembre de 1992 (mimeo).

  • _____. El garantismo y la filosofia delderecho. Bogotá (Colômbia): Universidad Externado de Colombia, 2001.

  • _____. Los fundamentos de los derechosfundamentales. 4. d. Madri: Trotta, 2009.

  • FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. 20 ed. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1997.

  • GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. Trad. Dante Moreira Leite. 6 ed. São Paulo: Perspectiva, 1999.

  • GOMES, Luiz Flávio; CERVINI, Raúl. Crime organizado: enforques criminológico, jurídico (Lei 9.034/95) e política criminal. 2 ed. São Paulo:Revista dos Tribunais, 1997.

  • HARTMANN, Nicolai. A filosofia do idealismo alemão. 2 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1983.

  • HASSEMER, Winfried. Einführung in die grundlagen des strafrechts. Beck, 1990.

  • HEGEL, G.W.F. Filosofia da história. 2 ed. Trad. Maria Rodrigues; Hans Harden. Brasília: UNB, 1999.

  • _____. Linhas fundamentais da filosofia do direito, ou, direito natural e ciência do Estado em compêndio. Trad. Paulo Meneses et al. São Leopoldo: UNISINOS, 2010.

  • _____. Enciclopédia das ciências filosóficas em compêndio. Vol. 1 – A Ciência da Lógica. 1830. Trad. Paulo Meneses. São Paulo: Loyola, 1995.

  • _____. Introdução à história da filosofia. Trad. Artur Morao. Lisboa: Edições 70, 1991.

  • _____. Fenomenologia do espírito. Trad. Paulo Menezes. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

  • HORTA, José Luiz Borges. História do Estado de direito. São Paulo: Alameda, 2010.

  • _____. Culturalismo (verbete). In: GOMES, Alexandre Travessoni (Org). Dicionário de filosofia do direito. Vol. I. Belo Horizonte: Mandamentos, 2009.

  • _____.; RAMOS, Marcelo Maciel. Entre as veredas da cultura e da civilização. In: Revista Brasileira de Filosofia, 2009.

  • HYPPOLITE, Jean. Introdução à filosofia da história de Hegel. Trad. José Marcos Lima. Lisboa: Edições 70, 1995.

  • _____. Gênese e estrutura da fenomenologia do espírito de Hegel. 2 ed. Trad. Sílvio Rosa Filho. São Paulo: Discurso Editorial, 2003.

  • INWOOD, Michael. Dicionário Hegel. Trad. Álvaro Cabral. Rev. Técnica. Karla Chediak. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. [Coleção Dicionários de Filósofos].

  • JAKOBS, Günter, e MELIÁ, Cancio. Direito penal do inimigo: noções e críticas. Organização e tradução de André Luis Callegari e Nereu José Giacomolli. 3 ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008.

  • JESCHEK, Hans?Heinrich; WEIGEND, Thomas. Lehrbuch des strafrechts. Duncker & Humblot: 1996.

  • KANT, Immanuel. A paz perpétua e outros opúsculos. Lisboa: Edições 70, 1988.

  • _____. Filosofia de la historia. Buenos Aires: Editorial Nova, 1958.

  • _____. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1986.

  • _____. Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita. São Paulo: Brasiliense, 1986.

  • _____. Resposta à pergunta: Que é “Esclarecimento”? [“Aufklärung”]. In: KANT, I. Textos Seletos. 2 ed. Vozes: Petrópolis: 1985.

  • KELSEN, Hans. Teoria geral das normas. Trad. Jose Florentino Duarte. Porto Alegre: Fabris, 1986.

  • _____. Teoria geral do direito e do Estado. Trad. Luís Carlos Borges. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

  • _____. Teoria pura do direito. 6 ed. Trad. João Baptista. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

  • KUNZ, Karl?Ludwig. Kriminologie. Haupt: 2004.

  • LARENZ, Karl. Metodologia da ciência do direito. 3 ed. Trad. José Lamego. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1997.

  • LISZT, Franz V. Der Zweckgedanke im Strafrecht. In: Strafrechtliche Aufsätze und Vorträge, 1905, vol. 1.

  • MARX, Karl. Crítica à filosofia do direito de Hegel. In: Revista Temas de Ciências Humanas, vol. 2, Grijalbo, São Paulo: 1977.

  • _____. O capital: crítica da economia política. Livro I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.

  • _____. O 18 de brumário de Louis Bonaparte. Trad. José Barata-Moura e Eduardo Chitas). 2 ed. São Paulo, 1984. Disponível em : <http://www.marxists.org/portugues/marx/1852/brumario/index.htm>. Acessado em 10 de Janeiro de 2013.

  • MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. Introdução Jacob Gorender. Trad. Luis Cláudio de Castro e Costa. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

  • _____. A ideologia alemã. In: FLORESTAN, F. (Org.). Marx/Engels. São Paulo: Ática, 1983.

  • _____. O manifesto comunista. Trad. Maria Lucia Como). 4 ed. revista. Rio de Janeiro: Paz e Terra 1999.

  • _____. Textos filosóficos. Trad. Carlos Grifo. 3 ed. Lisboa: Editorial Presença, 1974.

  • _____. Textos. Vol. 2. São Paulo: Ed. Sociais, 1976.

  • MAYOS, Gonçal; BREY, Antoni (Orgs.). La sociedad de la ignorancia. Barcelona: Peninsula, 2011.

  • MEINECKE, Friedrich. El historicismo y su genesis. Mexico: Fondo de Cultura Econômica, 1943.

  • MELOSSI, Dário; PAVARINI, Massimo. Carcere e fabbrica: alle origini del sistema penitenziario. Bologna: Il Mulino, 1977.

  • MENEZES, Djacir. Teses quase hegelianas: para uma filosofia de transição sem transação. São Paulo: EDUSP/Grijalbo, 1972.

  • _____. Tratado de filosofia do direito. São Paulo: Atlas, 1980.

  • MILITÃO, Maria Socorro Ramos. Algumas ponderações sobre a ontologia de György Lukács. Educação e Filosofia. No prelo.

  • MIRABETE, Júlio F. Manual de direito penal: parte geral. 19 ed. V. 1. São Paulo: Atlas, 2003.

  • MONCADA, Luis C. de. Filosofia do direito e do Estado. Coimbra: Armênio Amado, 1955.

  • MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Tradução do francês: Eliane Lisboa. Porto Alegre: Sulina, 2005.

  • NIETZSCHE, F. W. Escritos sobre história. Rio de Janeiro: PUC/São Paulo: Loyola, 2005.

  • PEARSON, Geoff. A sociologia do desajuste e a política de socialização. In: TAYLOR, lan; WALTON, Paul; YOUNG, Jock (Org.). Criminologia crítica. Trad. Juarez Cirino dos Santos e Sérgio Tancredo. Rio de Janeiro: Graal, 1980.

  • PIMENTEL, M. P. O crime e a pena na atualidade. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1983.

  • POULANTZAS, Nico. Poder político e classes sociais. Trad. Francisco Silva. São Paulo: Martins Fontes, 1977.

  • QUINNEY, Richard. O controle do crime na sociedade capitalista: uma filosofia crítica da ordem legal. In: TAYLOR, lan; WALTON, Paul; YOUNG, Jock (Org.). Criminologia crítica. Trad. Juarez Cirino dos Santos e Sérgio Tancredo. Rio de Janeiro: Graal, 1980. pp. 221-248.

  • REALE, Miguel. Cinco temas do culturalismo. São Paulo: Saraiva, 2000.

  • _____. Experiência e cultura. 2 ed. revista. Campinas: Bookseller, 2000.

  • _____. Filosofia do direito. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

  • _____. Horizontes do direito e da história. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2000.

  • _____. O Direito como experiência. 2 ed. Saraiva: São Paulo: 1992.

  • _____. Teoria geral do Direito e do Estado. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

  • ROCHA, Fernando A. N. Galvão da. Política criminal. Belo Horizonte: Mandamentos, 2000.

  • ROXIN, Claus. Política criminal e sistema jurídico-penal. Trad. Luiz Greco. Rio de Janeiro: Renovar, 2000.

    Fique sempre informado com o Jus! Receba gratuitamente as atualizações jurídicas em sua caixa de entrada. Inscreva-se agora e não perca as novidades diárias essenciais!
    Os boletins são gratuitos. Não enviamos spam. Privacidade Publique seus artigos
  • RUBINGTON, Earl e WEINBERG, Martin S. The study of social problems. New York: Oxford University Press, 1977.

  • RUSCHE, Georg; KIRCHHEIMER, Otto. Punição e estrutura social. Trad. Giziene Neder. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1999.

  • SALDANHA, Nelson. Filosofia: temas e percursos. Rio de Janeiro: UAPE, 2004.

  • _____. Historicismo e culturalismo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1986.

  • _____. Humanismo e história: problemas de teoria da cultura. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1983.

  • SALGADO, Joaquim Carlos. A ideia de justiça em Hegel. São Paulo: Loyola, 1996.

  • _____. A Ideia de Justiça em Kant: seu fundamento na liberdade e na igualdade. 2 ed. Belo Horizonte: UFMG, 1995.

  • _____. A edéia de justiça no mundo contemporâneo: fundamentação e aplicação do Direito como maximum ético. Belo Horizonte: Del Rey, 2007.

  • SANTOS, Edmilson Menezes. História e esperança em Kant. Aracaju: UFS, 2000.

  • SANTOS, Juarez Cirino dos. A criminologia radical. Rio de Janeiro: Forense, 1981.

  • SANTOS, Juarez Cirino dos. Direito penal: parte geral. 3 ed. Curitiba: ICPC/Lumen Júris, 2008.

  • SANTOS, Rogério Dultra dos. Introdução critica ao estudo do sistema penal: elementos para a compreensão da atividade repressiva do estado. Florianópolis: Diploma Legal, 1999.

  • SOROMENHO-MARQUES, Viriato. História e política no pensamento de Kant. Mem Martins: Europa-América, 1995.

  • _____. Razão e progresso na filosofia de Kant. Lisboa: Colibri/CFUL, 1998.

  • TAYLOR, lan; WALTON, Paul; YOUNG, Jock (Org.). A criminologia crítica na Inglaterra: retrospecto e perspectiva. In: TAYLOR, lan; WALTON, Paul; YOUNG, Jock (Org.). Criminologia critica. Trad. Juarez Cirino dos S.; Sérgio Tancredo. Rio de Janeiro: Graal, 1980.

  • _____. The new criminology. Routledge & Kegan Paul. Londres: 1973.

  • VARELLA, Dráusio. Estação Carandiru. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

  • VAZ, Henrique C. de Lima. A estrutura dialética da ação histórica segundo Hegel. In: DOMINGUES, Ivan; PINTO, Paulo R. M.; DUARTE, Rodrigo (Orgs). Ética, política e cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2002.

  • WEBER, Thadeu, Hegel: liberdade, estado e história. Porto Alegre: UFRGS, 1992.

  • WOLKMER, Antônio Carlos. Síntese de uma história das ideias jurídicas: da antiguidade clássica à modernidade. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2006.

  • ZAFFARONI, E. Raúl; BATISTA, Nilo; ALAGIA, Alejandro & SLOKAR, Alejandro. Direito penal brasileiro: teoria geral do direito penal. Rio de Janeiro: Ed. Revan, 2003.


Notas

[1] Parafraseando BARATTA, Alessandro. Che cosa é La criminologia crítica? In: Dei delitti e dele Pene, 1991, n.1, p. 59. Atualmente, a Criminologia Crítica é o produto da integração da teoria do conflito de classes do marxismo, que desenvolveu um modelo de compreensão dos processos objetivos das relações sociais de produção e distribuição da riqueza material, com a teoria da interação social do labeling approach, que criou um modelo de compreensão dos processos subjetivos de construção social da criminalização.

[2] Entre estas, podemos citar a moderna sociologia criminal que comporta duas vertentes: a Européia – ligada a Émile Durkheim (em especial a sua teoria da anomia, da normalidade do delito no contexto sócio-cultural); e a Norte-americana – ligada a Escola de Chicago (que admite a existência de subculturas criminais, conforme Cliford Shaw). É na sociologia criminal que nasce a escola da criminologia crítica entre outras correntes teóricas como as teorias da Ecológica, das subculturas, da reação social, do etiquetamento (rotulagem).

[3] Para Hegel a sociedade civil (bürgerleeche Geselleschaft) “se apresenta como a síntese da família, e o Estado surge como a síntese de ambos, como união dos respectivos princípios. A sociedade civil é o campo onde os indivíduos, como pessoas privadas, buscam a satisfação de seus interesses. Marx, ao contrario, distingue a concepção hegeliana de sua própria: a “‘sociedade civil’” corresponde ao nível onde se dá ‘o relacionamento dos possuidores de mercadoria’, ‘as relações materiais de vida’ ou ‘metabolismo social’. Ela constitui a anatomia ou a base da estrutura social” (MARX, 1987, p. 29).

[4] Em sentido etimológico, a “Criminologia” é um termo derivado do Latim CRIMEN, que significa “acusação, indiciamento, ofensa”, em junção com o termo Grego LOGOS, cujo sentido é “palavra”, “estudo”. CRIMEN vem do verbo CERNERE, “decidir, escolher, peneirar”, relacionado com o Grego KRINEIN, “separar, julgar, decidir”, do Indo-Europeu KREI-, “peneirar, distinguir, discriminar”. A origem da palavra Criminologia é, pois, greco-latina e foi usada pela primeira vez por Raphael Garófalo (Itália, 1851-1934).

[5] Destaca-se nesta escola o funcionalismo em psicologia, a sociologia urbana; ecologia humana, as formas sociológicas da psicologia social que receberam o nome de behaviorismo social e interacionismo simbólico produzindo contribuições relevantes até os nossos dias, ao analisar a relação indivíduo-comunidade e a interpretação explicada como método, no tocante ao estudo da linguagem: os fatores que interferem na comunicação. A Escola aborda os estudos em antropologia urbana tendo o meio urbano com foco de análise principal; e, ainda, os estudos sobre a origem das favelas, a proliferação do crime e da violência e o aumento populacional do início do século XX.

[6] QUINNEY, Richard. O controle do crime na sociedade capitalista: uma filosofia crítica da ordem legal. In: TAYLOR, Ian; WALTON, Paul; YOUNG, Young. (Org.). Criminologia crítica. Tradução Juarez Cirino dos Santos e Sérgio Tancredo. Rio de Janeiro: Graal, 1980.

[7] MILITÃO, M. S. R. Algumas ponderações sobre a ontologia de György Lukács. Educação e Filosofia. No prelo.

[8] A sociologia marxista gira em torno de dois conceitos: Infraestrutura: é composta pelos meios materiais de produção (meios de produção e força de trabalho);Superestrutura: é que compreende as esferas política, jurídica e religiosa, ou seja, as instituições responsáveis pela produção ideológica (formação das ideias e conceitos) da sociedade.

[9] HORTA, José Luiz B.; RAMOS, Marcelo Maciel. Entre as veredas da cultura e da civilização. In: Revista Brasileira de Filosofia, 2009, p. 259.

Assuntos relacionados
Sobre o autor
Wander Pereira

Pós-Doutorado em Criminologia, Pós-doutorado em História do Direito: Filosofia e Constituição. Doutor e Mestre pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Especialista em Direito e Processo do Trabalho, em Direito Público e Filosofia do Direito. Cirurgião-dentista CRO22510, Advogado OABMG109559 graduações pela UFU. Professor visitante do Pós-Doutorado da UFU. Professor de Direito pro tempore da Faculdade de Direito, da Faculdade de Administração e da Faculdade de Ciências Contábeis, todas da UFU. Professor de Direito nas Faculdades ESAMC e UNIPAC, Professor de Direito na Pós-Graduação da PUC-MINAS.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!
Publique seus artigos