A família homoafetiva pede respeito

03/11/2015 às 01:52
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A parcela de brasileiros que pugna pelo respeito ao próximo, se escandalizou com o a conclamação, por parte de presidenciável, em prol de um levante contra a família homoafetiva.

 

No debate dos presidenciáveis, do ultimo Domingo dia 29 de Setembro, o pseudocandidato Levy Fidelix proferiu um discurso criminoso, ao conclamar a fúria da sociedade contra os homossexuais.

 

Fidelix é tão despreparado para concorrer à Presidência da República que possivelmente não deve saber que a Organização Mundial de Saúde, bem como os Conselhos Federais de Psicologia, Medicina, Psiquiatria de diversos países entendem e comprovam que homossexualidade é saúde.

 

O despreparo de Fidelix extrapola a área de saúde, pois em um único discurso, aquele medíocre candidato rasgou o inciso XLI do art. 5°da Constituição Federal, o qual veda a discriminação atentatória aos direitos e liberdades fundamentais, sem falar no crime de incitar publicamente a pratica de crime, conforme reza o artigo 286 do Código Penal Brasileiro.

 

Além de disputar um dos últimos lugares na campanha presidencial,

Fidelix começa a responder a uma série de corretas e justas ações na Justiça Eleitoral. Gloriosamente, a Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil deve requerer junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação da candidatura de Levy Fidelix.

 

Nesta busca por justiça, a Procuradoria Regional Eleitoral do Ministério Público Federal já fora acionada; o presidenciável Eduardo Jorge (PV) solicitou ao Ministério Público, a abertura de inquérito; e por fim o PSOL solicitou à Justiça Eleitoral a aplicação de multa, dentre outras medidas cabíveis.

 

Se a cassação da candidatura de Fidelix ocorrer, será uma grande lição de cidadania e Direitos Humanos a muitos brasileiros, que insistem em discriminar, crucificar e perseguir pessoas que amam outras do mesmo sexo. Infelizmente nosso país é tão atrasado educacionalmente e culturalmente que ainda há este tipo de crime, associado a campanhas eleitorais.

 

Justiça e igualdade de direitos, ainda que tardias!

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Sobre o autor
José Alves Capanema Júnior

Advogado, professor designado de Língua Inglesa, da rede Pública de MG.Pós-graduando em Direito Administrativo, pela Faculdade Pedro II, formado em Direito, pela Universidade de Itaúna - Estado de Minas Gerais.ELEITO MELHOR ESTAGIÁRIO DE DIREITO 2015 - UNIVERSIDADE DE ITAÚNA - MG

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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