O Jornal do Senado, de 03/07/2017, destacou, na primeira página, duas matérias que se relacionam, contudo, são separadas por 100 anos de história. http://www12.senado.leg.br/jornal/edicoes/2017/07/03/jornal.pdf#page=1
Na folha 3, há destaque para a fala do Senador Roberto Requião e Senador Romero Jucá, na matéria sobre os dias atuais.
Roberto Requião (PMDB-PR)
"— Sinto que os parlamentares consideram os trabalhadores como objetos. Eles não têm nenhuma empatia com o trabalho e votam de forma equivocada para a liquidação de todos os direitos trabalhistas num momento de recessão"
Romero Jucá (PMDB-RR)
"— Estamos modernizando a legislação. Mente quem diz que há perda de direitos. Vamos debater, e a maioria deverá votar pela aprovação. (...)"
Em 2017, os apoiadores da reforma acreditam que as regras do trabalho, como carga de horas extras, banco de horas, insalubridade, entre outras, devem ser definidas por padrões e empregados, a afim de dar modernidade às relações de emprego.
Já na matéria histórica, do "Arquivo Senado", há 100 anos atrás, debatiam os Senadores Raimundo de Miranda e Alfredo Ellis (folha 8).
Raimundo de Miranda (1917)
"— Obrigar um homem a trabalhar mais de oito horas por dia é uma exigência superior às forças humanas."
Alfredo Ellis (1917) não acreditava na regulamentação da redução de carga horária.
"— Nós, do Poder Legislativo, não podemos decretar horas de trabalho."
Em 1917, acreditava-se que as regras do trabalho deveriam ser definidas entre patrões e empregados, não podendo ser reguladas por lei.
Morreram 200 pessoas durante a greve de 1917 que durou uma semana em São Paulo.
Para bom entendedor... A primeira página basta...