CONSIDERAÇÕES FINAIS: o futuro da magistratura
Apesar dos pesares, a magistratura ainda é algo que chama muito a atenção, tanto em termos salariais como de prestígio social. O judiciário tem estrutura razoável de trabalho e a quantidade de juízes não é ideal, mas o serviço prestado por eles tem suprido as necessidades da população. Entretanto, cada vez mais há uma pressão política liberal de se atrelar a imagem de um magistrado como a de um cidadão qualquer, ou seja, que ele tem que julgar muito, muito mesmo, e ganhar poucos salários.
Há uma pressão para que o magistrado perca, cada vez mais, prestígio social. Mesmo assim, a sociedade não aceita, em hipótese nenhuma, que o magistrado que julgue as lides sociais haja como se fosse um cidadão comum. Discordam que este tenha vida boêmia ou que se vista como um roqueiro ou um “bad-boy”, por exemplo.
O magistrado é cada vez mais motivo de pressões por parte da mídia. Exige esta que ele decida sempre de acordo com a vontade da maioria, e não de acordo com a lei. Esta, por vezes é errônea ou tendenciosa, mas o magistrado tem que se limitar a ela, quer queira ou não. O povo quase sempre tem a visão de que os magistrados fazem complô para manter o status quo intacto da classe dominante, e, por isso, o veem como se fosse um nobre fidalgo.
E é essa posição de nobreza que querem destruir no magistrado. Assim, cada vez mais, ele deve, seguindo os princípios liberais, ser mais próximo do povo, sendo que essa não é sua função básica, mas sim a de julgar com justiça, não importando se é para um rico ou pobre.
É obvio que esse rancor que se percebe às vezes não é de todo injustificado, pois muitos magistrados não se capacitam a contento, tomam decisões muitas vezes baseadas no ego e se esquecem que devem prestar um serviço importantíssimo à sociedade. Essas atitudes geram por vezes sentenças falhas ou desproporcionais, sentenças nas quais, quase sempre, são os mais pobres os grandes prejudicados.
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