Introdução
Antes de mais nada, impende consignar que o presente artigo nasceu em decorrência de entrevista, cujo título foi A relação médico-paciente na visão judicial, que pode ser acessada em nosso canal no YouTube, no seguinte endereço: https://www.youtube.com/watch?v=fo_tydG3-Lc.
Cada vez mais a relação médico-paciente se torna espinhosa, incerta, temerosa, gênese de desconfiança, abaladora da autoconfiança do médico que, ao invés de pensar apenas nos riscos e responsabilidades da profissão e do medo de, a qualquer momento, ser processado, deveria utilizar essa energia para se autoaperfeiçoar cada vez mais em prol do paciente e da promoção da saúde.
Muitos veem nos processos judiciais contra médicos um lucrativo empreendimento, a exemplo do que ocorre nos EUA (Estados Unidos da América), onde é permitida a propaganda massiva de escritórios de advocacias que pregam o aumento dos processos contra médicos. Tal prática é veementemente vedada no Brasil.
Entretanto, a relação médico-paciente é muito mais do que isso.
É evidente que grande é a responsabilidade do médico diante do paciente, pois tem por obrigação restabelecer a saúde da pessoa humana, garantindo-lhe a vida. Não qualquer vida. Mas, uma vida verdadeiramente digna.
Estas primeiras linhas serão tecidas em forma de questionamentos. Aliás, os mesmos questionamentos que foram feitos durante a precitada entrevista.
Não se pretende, neste singelo artigo, esgotar o tema, tendo em vista a vastidão do mesmo. O escopo cinge-se apenas em elucidar alguns pontos basilares desta importante relação.