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Análise dos efeitos da pandemia da covid-19 sobre as empresas

03/06/2022 às 14:55
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Ter um plano de continuidade de negócios pode ajudar a minimizar o impacto negativo sobre negócios durante uma pandemia.

RESUMO: O presente trabalho realiza uma análise sobre os efeitos de pandemias nos negócios, sobretudo com ênfase às empresas, pretendendo responder aos seguintes questionamentos: Como os efeitos causados por pandemias, especialmente no que se refere a COVID-19, influenciam os negócios e as empresas? Como o gestor pode promover a sustentabilidade empresarial com ferramentas estratégicas da Administração? Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo analisar os efeitos da pandemia nos negócios, discutindo sobre uma perspectiva empresarial as implicações e os efeitos destes acontecimentos nos negócios, com ênfase ao Coronavírus, abordando teorias da Administração que apresentem estratégias que auxiliem o gestor no processo de sustentabilidade empresarial em tempos de crise. Quanto aos procedimentos metodológicos, considera-se a pesquisa como bibliográfica e documental, pois utilizou-se de dados documentais para análise dos principais efeitos econômicos causados nos negócios por pandemias, com especial atenção à pandemia do novo coronavírus, e utilizou-se a pesquisa bibliográfica para abordar teorias da Administração que auxiliem o gestor no processo de sustentabilidade empresarial em tempos de crise. Ter um forte plano de continuidade de negócios pode ajudar a minimizar qualquer impacto negativo sobre negócios durante uma pandemia. A continuidade dos negócios e a preparação para pandemia são vitais para mitigar os efeitos de uma pandemia que se aproxima.

Palavras-chave: Pandemias; sustentabilidade empresarial; pandemias e negócios.


1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa possui como tema central de discussão os efeitos de pandemias nos negócios, pretendendo abordar os efeitos causados por pandemias, especialmente no que se refere ao surto do coronavírus, e sua influência às empresas, dissertando, ainda, sobre como o gestor pode promover a sustentabilidade empresarial com ferramentas estratégicas da Administração.

Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo analisar os efeitos da pandemia nos negócios, discutindo sobre uma perspectiva empresarial as implicações e os efeitos destes acontecimentos nos negócios, com ênfase à pandemia do coronavírus, abordando teorias da Administração que apresentem estratégias que auxiliem o gestor no processo de sustentabilidade empresarial em tempos de crise.

Seus objetivos específicos são: a) apresentar os principais efeitos do coronavírus nos negócios; b) abordar as implicações e efeitos das pandemias nos negócios; c) explorar teorias da Administração que abordam estratégias que auxiliem o gestor no processo de sustentabilidade empresarial em tempos de crise.

O presente trabalho justifica-se pela importância de se construir um embasamento teórico atualizado sobre os efeitos da pandemia nos negócios, sob uma perspectiva empresarial, a fim de apresentar as principais implicações e efeitos destes acontecimentos nos negócios, com ênfase a pandemia do Coronavírus, promovendo, com isso maior embasamento teórico para pesquisas futuras que abordem estes temas.

A metodologia é baseada na pesquisa bibliográfica e documental, pois se utilizou de dados documentais para análise dos principais efeitos econômicos causados nos negócios por pandemias, com especial atenção à pandemia do novo coronavírus, e utilizou-se a pesquisa bibliográfica para abordar teorias da Administração que auxiliem o gestor no processo de sustentabilidade empresarial em tempos de crise.

Para o alcance destes objetivos, foram realizadas pesquisas em livros, revistas, bancos de dados públicos e privados e artigos científicos concluídos e publicados por pesquisadores nos meios Google Academics, os quais abrangem uma gama de experimentos já postos em prática, sendo assim, de grande valia para a pesquisa (GIL, 2008).

Neste sentido, tendo em vista pandemias promoverem um impacto generalizado às empresas e à economia dos países, este estudo é importante por abordar não somente os efeitos destes eventos aos negócios, mas também por apresentar estratégias capazes de promover sustentabilidade empresarial.

A presente temática foi selecionada por esta Autora não somente por sua afinidade pessoal com o tema, mas também por estar contextualizada com o momento vivenciado pelos países, em meio a um surto pandêmico que impactou todos os setores da sociedade, sendo importante a construção de material bibliográfico que discutam e abordem este tema.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 EXPLORANDO OS POSSÍVEIS IMPACTOS DE UMA PANDEMIA

Apesar do progresso médico significativo nos últimos séculos, doenças infecciosas como influenza ou malária ainda representam ameaças consideráveis para a sociedade. Enquanto algumas doenças tornam-se endêmicas para certas regiões geográficas, outras podem se espalhar melhor compreensão dos seus efeitos (BLOOM; CADARETTE, 2018).

Epidemia pode ser considerada um termo geralmente usado para descrever qualquer problema que tenha saído do controle. É, por conseguinte, um evento no qual uma doença está se espalhando ativamente (FREITAS et. al, 2020).

Por outro lado, uma pandemia é definida como "um surto de uma doença que ocorre em uma ampla área geográfica e afeta uma proporção excepcionalmente alta da população" (CDC, 2012); refere-se a uma doença que afeta um país inteiro ou o mundo em rapidez que surpreende por sua grave expansão geográfica.

No século XX, o mundo foi atingido por três pandemias de gripe: 1. Gripe Espanhola, 2. Gripe asiática 1918 (H1N1) e 3. Gripe de Hong Kong (FERNANDES, 2020).

A Gripe Espanhola é vista, de longe, como a pandemia de gripe mais mortal na história registrada (400 anos). Para se ter uma noção quanto a sua mortalidade, em uma gripe normal, 90% das mortes são maiores de 65 anos. No entanto, 99% das mortes causadas pela gripe espanhola em 1918 eram de pessoas com menos de 65 anos (FREITAS et. al, 2020).

Ademais, a gripe asiática resultou em cerca de 2 milhões de mortos (nos EUA, isso significa 70.000 mortes adicionais naquele ano), significativamente menor do que em 1918. Também é notável que as mortes foram desta vez mais entre idosos e crianças parecendo uma gripe sazonal normal, mas com uma taxa de infecção muito maior - mais de 25% da população (BLOOM; CADARETTE, 2018).

Por outro lado, a gripe de Hong Kong tinha um padrão semelhante à pandemia de 1957, mas com claramente menos mortes (36.000 nos EUA) (FERNANDES, 2020).

É significativo, portanto, que, para as três pandemias, a disseminação pelo mundo tenha sido muito rápida. Por exemplo, a gripe asiática surgiu pela primeira vez na China no final de fevereiro de 1957, alcançando Hong Kong em meados de abril e o resto do mundo nos próximos 6 meses (SWIFT, 2009).

A gripe espanhola foi maior do que em outros países não diretamente envolvidos (por exemplo, na Holanda, taxa de mortalidade extra foi menor do que na Grã-Bretanha). Porém, alguns especialistas acreditam que a combinação com a epidemia de tuberculose também apareceu no mesmo período causou mortes extras (FREITAS et. al, 2020).

Neste sentido, uma pandemia, por ser um evento de grande escala, afeta tanto a oferta quanto a demanda (SWIFT, 2009). O número de horas trabalhadas cai acentuadamente devido a doenças e medo de infecção, reduzindo a oferta agregada. Lockdowns levam a menores vendas no varejo e atividades de lazer são drasticamente reduzidas (visitas a esportes, eventos, restaurantes, teatros etc.) (FERNANDES, 2020).

Estudos anteriores examinando os efeitos comerciais de pandemias anteriores e em particular, o efeito nas pequenas e médias empresas são extremamente limitados. Normalmente, a análise econômica de pandemias se concentra em indicadores macroeconômicos, por exemplo PIB, ao invés de analisar os efeitos no nível nas empresas (BLOOM; CADARETTE, 2018).

Em 2005, o Banco Mundial sugeriu que uma pandemia de gripe semelhante à gripe espanhola poderia custar à economia mundial US $ 800 bilhões e matar dezenas de milhões de pessoas, com custos a longo prazo muito maiores (SWIFT, 2009).

Desde 1918, houve várias outras pandemias que tiveram impacto sobre economias em todo o mundo. Rassy e Smith (2013) examinam o efeito do H1N1pandemia de gripe ('Gripe suína') nas indústrias mexicana de turistas e suínos durante a primavera de 2009 (FERNANDES, 2020).

2.2 COVID-19: HISTÓRICO E SITUAÇÃO ATUAL

A atual pandemia COVID-19 (2019-2020), originada em Wuhan, China, em dezembro de 2019 foi relatada em 209 países e territórios e, a partir do dia 03 de junho de 2020, resultou em aproximadamente 380.180 mortes. São 6.376.822 os casos de pessoas infectadas no mundo (OMS, 2020).

Os coronavírus são uma família de vírus que circulam entre os animais, mas também podem ser encontrados em humanos. No final de 2019, uma nova cepa de vírus que não havia sido previamente identificada em humanos foi detectada no Cidade chinesa de Wuhan (província de Hubei) (FERNANDES, 2020).

O novo coronavírus - agora referido como SARS-CoV-2 - pode causar sintomas leves e inespecíficos, incluindo febre, tosse, falta de ar, dores musculares e cansaço. Casos mais graves podem desenvolver pneumonia grave, síndrome do desconforto respiratório agudo, sepse e sepse choque que pode levar à morte (FREITAS et. al, 2020).

O vírus é transmitido através de gotículas respiratórias. A incubação estimada possui período de 2 a 14 dias, mas pode ser mais longo. Em nível global, a OMS declarou uma emergência de saúde pública de interesse internacional no final de janeiro de 2020, quando as infecções se espalham rapidamente na China. A situação está evoluindo rapidamente (SWIFT, 2009).

A pandemia levou agrave perturbação socioeconômica global, adiamento ou cancelamento de atividades esportivas, eventos religiosos, políticos e culturais e escassez generalizada de suprimentos exacerbado pela compra de pânico (FREITAS et. al, 2020).

Anteriores pandemias como a SARS (síndrome respiratória aguda grave) e a doença espanhola de 1918 pode fornecer alguma indicação sobre os efeitos econômicos do COVID-19.

As evidências sugerem que a atual pandemia é muito diferente das anteriores. A expansão do COVID-19 viu economias atingidas por uma simultânea demanda e choque de oferta, não havendo correlação entre o impacto econômico mortalidade (FERNANDES, 2020).

2.3 OS EFEITOS DA PANDEMIA DA COVID-19 SOBRE AS EMPRESAS

Apesar da literatura que examina o impacto do Coronavírus nos negócios ser extremamente limitado, existe uma crescente literatura sobre os impactos causados pelo surto do COVID-19.

No mundo inteiro, foi possível observar que a pandemia do Coronavírus impactou todos os setores da economia. Alguns setores se beneficiaram financeiramente, enquanto outros sofreram enormes perdas. Os países com mais economias orientadas a serviços foram mais afetados e sofreram maiores efeitos no emprego (FERNANDES, 2020).

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Na China, por exemplo, houve uma queda no consumo combinada com interrupções na produção, a qual interrompeu cadeias de suprimentos globais que afetou empresas em todo o mundo (FERNANDES, 2020).

O mercado de ações mundial também sofreu desde o surto de COVID-19. Os negócios de petróleo e gás sofreram enormes perdas (50% abaixo do início dos preços do ano, em média), impulsionada por uma queda no preço do petróleo e uma redução no consumo (FERNANDES, 2020).

No Brasil, repercussões das mais diversas foram sentidas, não somente na economia, mas em todos os setores da sociedade. De acordo com o IBGE, o isolamento social provocado pela pandemia deixou 9,7 milhões de trabalhadores sem remuneração em maio de 2020. Estes dados referem-se a mais da metade (51,3%) das pessoas que estavam distantes de seus trabalhos e a 11,7% da população ocupada do país, que totalizava 84,4 milhões (IBGE, 2020).

Ainda segundo o IBGE, o país alcançou a marca de 28,6 milhões de pessoas que almejavam um emprego, mas enfrentaram dificuldades para se inserir no mercado de trabalho, seja por falta de vagas ou receio de contrair o novo coronavírus (IBGE, 2020).

Estes dados refletem o impacto do desemprego causado pelo COVID-19, o qual influencia negativamente os negócios, já que afeta drasticamente a economia do país, pelo desajustamento no emprego da mão de obra, assim como alterações na composição da economia associada ao desenvolvimento.

Neste sentido, a Fiocruz afirmou em nota que o surto do COVID-19 vem causando impactos globais não somente de ordem biomédica e epidemiológica, mas também repercussões e impactos sociais, econômicos, políticos, culturais e históricos sem precedentes na história recente das epidemias (FIOCRUZ, 2020, s/p).

O Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (IPEA) também constatou impactos gerados pela pandemia nos negócios, afirmando que, segundo pesquisas, deve haver queda no desempenho dos indicadores a partir do mês de março, como resultado da pandemia do Covid19. Constatou ainda que, no cenário de quarentena até o final de abril, a previsão era de o PIB encerrar o ano com variação negativa de 0,4%. Nos cenários com isolamento por dois e três meses, o resultado do PIB seria de - 0,9% e - 1,8%, respectivamente.

Ainda segundo o IPEA, pandemia do Covid-19 também deve impactar as indústrias extrativas, que encerraram 2019 com queda de 1,1% no PIB, ainda influenciada pelo desastre ocorrido na barragem de Brumadinho. O Ipea trabalhava com um cenário de recuperação para o setor, mas revisou a projeção de crescimento de 6,5% para 2,5% em 2020 (IPEA, 2020).

Um estudo realizado pelo Instituto Locomotiva e a Rede Mulher Empreendedora mostra impacto da pandemia em negócios comandados por mulheres, por meio do qual constatou os seguintes dados: 47% das empresárias narraram que os negócios ainda estão funcionando, mas com um movimento menor; 33% afirmaram que com a pandemia o rendimento mensal do negócio chegou a zero e 28% afirmou que empreendimentos estão garantindo uma renda que vai a no máximo um salário-mínimo (AGÊNCIA BRASIL, 2020).

Importa salientar que setores relacionados à hospitalidade também foram duramente atingidos; destinos turísticos estão desertos, companhias aéreas aterraram, as férias foram canceladas e os hotéis fecharam.

Um estudo recente de Dai et al. (2020) identifica o impacto específico às empresas causado pelo COVID-19.

O estudo é focado nas pequenas e médias empresas e examina a retomada da produção e os desafios enfrentados à luz das perturbações e instabilidade causadas pela pandemia. O estudo emprega o uso de pesquisas e entrevistas para explorar a condição das pequenas e médias empresas durante o surto de COVID-19 (FREITAS et. al, 2020).

Os resultados indicam que 80% das empresas pesquisadas ainda não retomaram a produção no momento da pesquisa, enquanto 40%não conseguiram determinar um prazo definitivo para a retomada da produção.

Essas empresas podem ser levadas à falência, pois podem ficar sem dinheiro e não conseguirem administrar o negócio. Como implicação desse efeito, 20% das empresas pesquisadas não conseguem durar mais de um mês com base no fluxo de caixa e apenas 64% das empresas pesquisadas podem durar mais de três meses. Assim, uma duração prolongada da pandemia pode levar a um aumento nas falências das pequenas e médias empresas.

Como mencionado acima, o primeiro impacto visível foi em setor de saúde, não menos importante, o número considerável de pacientes ou pacientes em potencial, que ampliou a capacidade de muitos hospitais em Wuhan e nas províncias vizinhas e motivou autoridades para construir outros hospitais está em alta velocidade.

2.4 ESTRATÉGIAS PARA A SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL EM TEMPOS DE CRISE

Ter um forte plano de continuidade de negócios pode ajudar a minimizar qualquer impacto negativo sobre negócios durante uma pandemia. A continuidade dos negócios e a preparação para pandemia são vitais para mitigar os efeitos de uma pandemia que se aproxima (FERNANDES, 2020).

Um plano de continuidade de negócios compreende muitos componentes projetados para lidar com uma pandemia políticas de saúde ocupacional (incluem licença médica remunerada para funcionários, trabalhar em casa, oferecer uma vacina contra a gripe sazonal aos funcionários e ter equipamentos de proteção individual (EPI) disponíveis ao pessoal de saúde).

Em um estudo, Rebmann et al. (2013) descobrem que as empresas americanas não estão bem preparadas para um desastre futuro de qualquer tipo, com as empresas médias tendo menos da metade das empresas em potencial componentes de planejamento de continuidade ou pandemia em seu plano.

Além disso, empresas menores são os menos preparados, aumentando o risco de falhas durante uma pandemia. Da mesma forma, Smith et al. (2007) concluem que as empresas não estão preparadas para uma futura pandemia - apesar de muitas empresas que começam a planejar, nunca concluem o processo.

O estudo constata que as empresas requerem assistência para preparar um plano, bem como treinamento para permitir que o plano seja implementado no local de trabalho.

Operar em uma pandemia exigirá que a organização tenha uma estratégia flexível e responsiva. A incorporação de elementos da estratégia de negócios no processo de tomada de decisão da gerência em todos os níveis do planejamento de contingência. A estratégia exige o envolvimento da gerência para alcançar a cobertura de 3600 Esta cobertura consiste em: 1) 'análise ativa' das capacidades prospectivas e consciência situacional; 2) conscientização dos desafios; 3) metas e objetivos executáveis e 4) capacidade de capitalizar a experiência e os sucessos do passado. pode facilitar uma maior flexibilidade (FERNANDES, 2020).

Um foco tático nos processos, em vez de um foco estratégico mais amplo - metas de negócios, objetivos e resposta às demandas do mercado podem ser inferiores a uma continuidade de negócios eficaz.

A capacidade de responder e gerenciar efetivamente as consequências de um evento em tempo hábil é essencial para garantir a capacidade de sobrevivência de uma organização no atual ambiente de negócios em ritmo acelerado. Várias etapas podem ser tomadas para preparar sua organização.

O risco epidêmico é complexo, mas os formuladores de políticas possuem ferramentas que podem implantar em resposta. Algumas ferramentas minimizam a probabilidade de surtos ou limitam sua proliferação. Outros tentam minimizar o impacto na saúde de surtos que não podem ser prevenidos ou contidos imediatamente. Outros ainda buscam minimizar o impacto econômico.

Investir na melhoria do saneamento, fornecimento de água limpa e melhor infraestrutura urbana pode reduzir a frequência do contato humano com agentes patogênicos. Construir sistemas de saúde fortes e apoiar a nutrição adequada ajudará a garantir bons níveis de saúde básicos, tornando as pessoas menos suscetíveis à infecção.

Evidentemente, o fortalecimento de sistemas, serviços e infraestrutura básicos se torna mais fácil com o crescimento e o desenvolvimento econômico; no entanto, políticas para proteger os gastos nessas áreas, mesmo quando os orçamentos são limitados, podem ajudar a proteger as economias em desenvolvimento de grandes choques na saúde que podem afetar significativamente o capital humano e impedir o crescimento econômico (FERNANDES, 2020).

O investimento em vigilância confiável de doenças em populações humanas e animais também é crítico. Nos sistemas formais de vigilância global, pode ser benéfico desenvolver incentivos para relatar surtos suspeitos, já que os países podem razoavelmente temer os efeitos desses relatórios sobre comércio, turismo e outros resultados econômicos.

CONCLUSÃO

O presente trabalho abordou os efeitos de pandemias nos negócios, com ênfase aos efeitos causados por pandemias, especialmente no que se refere ao surto do corona vírus, e sua influência nos negócios, dissertando, ainda, sobre como o gestor pode promover a sustentabilidade empresarial com ferramentas estratégicas da Administração.

Escassez de mercadorias importadas e exportadas, principalmente produtos alimentícios, quarentenas, redução da força de trabalho; redução na capacidade de produção; redução no consumo; diminuição na demanda; redução na receita; falta de demanda de consumo; demissão de funcionários; redução na renda disponível; quedas adicionais no consumo e no consumo focado nas necessidades; mais demissões devido a uma redução mundial na demanda; fechamento de fronteiras e falências de empresas podem ocorrer face ao impacto econômico de uma pandemia.

Nada obstante, constata-se que ter um forte plano de continuidade de negócios pode ajudar a minimizar qualquer impacto negativo sobre negócios durante uma pandemia. A continuidade dos negócios e a preparação para pandemia são vitais para mitigar os efeitos de uma pandemia que se aproxima.

A colaboração internacional também pode aumentar a preparação para epidemias, apoiando o armazenamento centralizado de vacinas e medicamentos que podem ser implantados onde são mais necessários. Essa colaboração tem vantagens óbvias sobre um sistema em que cada país armazena suas próprias contramedidas biomédicas.

Embora alguns países tenham maior probabilidade de precisar dessas contramedidas do que outros, o bem-estar público global sem medo de pandemias deve motivar a cooperação e o compartilhamento de custos. Além disso, os países ricos com risco relativamente baixo de sofrer impactos massivos na saúde da maioria das epidemias podem sofrer perdas econômicas desproporcionalmente grandes - mesmo de epidemias distantes -, devido ao tamanho de suas economias e à dependência do comércio exterior.

Se surtos ocorrem e impõem uma carga substancial à saúde, existem ferramentas para limitar o risco de uma catástrofe econômica. Assim como ocorre com desastres naturais, o seguro pode ajudar a distribuir a carga econômica entre os setores da economia e regiões. A priorização de pessoal como profissionais de saúde, militares e funcionários de segurança pública para distribuição de contramedidas biomédicas durante um surto pode ajudar a proteger recursos econômicos críticos.

Não pode se prever qual patógeno estimulará a próxima grande epidemia, onde a epidemia se originará ou quão terríveis serão as consequências. Mas enquanto coexistem humanos e patógenos infecciosos, surtos e epidemias certamente ocorrerão e imporão custos significativos.

A vantagem é que pode se tomar medidas proativas para gerenciar o risco de epidemias e mitigar seu impacto. A ação concertada agora nos níveis local, nacional e multinacional pode ajudar bastante a proteger o bem-estar coletivo no futuro.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

SILVA, Antonia Cláudia Veloso. Análise dos efeitos da pandemia da covid-19 sobre as empresas. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 27, n. 6911, 3 jun. 2022. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/98168. Acesso em: 23 nov. 2024.

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