Paul Krugman, Joseph Stiglitz e Amartya, três ganhadores do Nobel de economia, estão causando pesadelos aos neoliberais, que tentam justificar o injustificável.
Para os economistas, o mundo, antes da Revolução Industrial, era miserável, mas homogêneo, isto é, todos eram miseráveis. A Revolução causou um desnivelamento na balança mundial. Países se tornaram prósperos, enquanto outros ultramiseráveis. O começo foi a exploração entre países, ou seja, a exploração econômica de um país pelo outro.
Os problemas de desigualdades sociais se devem: à corrupção entre lobistas e governantes; aos efeitos perversos das instituições multilaterais, especialmente o FMI e o Banco Mundial, os quais agem em nome dos credores; aos empréstimos para o Terceiro Mundo; à austeridade fiscal; às altas taxas de juros, à liberalização do comércio, à liberalização dos mercados de capitais e às privatizações.
Para Stiglitz, os países precisam passar por reformas sistêmicas como:
- O reconhecimento do perigo da liberalização do mercado de capitais: o “hot money”;
- Interesses dos trabalhadores e dos pequenos empreendedores têm de estar equilibrados em contraposição às preocupações dos credores;
- Prioridade nos investimentos para educação e saúde, ao invés de prioridades para socorrer instituições bancárias;
- Participação de todos os países na condução da economia globalizada;
- Crescimento econômico globalizado compartilhado e mais equitativo;
- Responsabilidades das corporações [lobistas] aos direitos humanos — na prática, não apenas nos sites ou publicidades;
- Respeito aos trabalhadores, e não explorá-los, violá-los, como fazem as grandes corporações, principalmente quando possuem as transnacionais.
É certo que a crise econômica de 2008 aconteceu por manipulações dos bancos nas políticas econômicas. Os empréstimos bancários sem controle, isto é, sem preocupação quanto a quem pode ou não conseguir empréstimos, junto à ideia de "empréstimo fácil e felicidade", causaram prejuízos imensos planetariamente. O setor imobiliário foi o mais prejudicado.
O Estado social, enfraquecido nos EUA pelas ações dos lobistas [conluios] com os políticos, tornou este país um dos mais desiguais do planeta. Um país com um dos maiores PIBs do planeta, não poderia ter moradores de rua, pessoas sem acesso à saúde etc.
No primeiro vislumbre deste artigo, os cidadãos com mais de 40 anos de idade irão lembrar-se dos movimentos sociais [comunistas] contra o FMI, o Banco Central, as transnacionais, os banqueiros etc. Durante a Guerra Fria, os EUA lançaram uma campanha anticomunista, como se o comunismo fosse o pivô de todos os males, morais e econômicos do planeta. No desmantelamento da ex-União Soviética, os EUA, e demais países capitalistas, não perdoaram e disseram que o liberalismo, sem qualquer controle do Estado, é a solução das desigualdades sociais nos países.
O neoliberalismo surgiu como fator primoroso ao desenvolvimento sustentável, humanístico. As ajudas financeiras do FMI soaram como milagres [humanístico] aos países em crise econômica. As transnacionais se instalaram em países cujas leis eram benevolentes aos seus negócios, como a indústria de tabaco. Enfim, o que pareceu um bom negócio, transformou-se numa das maiores crises econômicas desde a Crise de 1929, nos EUA. Isso não quer dizer que os EUA são os carrascos, mas, infelizmente, têm sofrido pelas ações de lobistas e políticos corruptos.
Os trabalhadores norte-americanos têm se esforçado para a construção de uma sociedade justa, solidária e igualitária. Infelizmente, conluios têm destruído o "sonho americano". Se a humanidade quer um planeta fraterno, é preciso parar com a guerra ideológica de Capitalismo e Socialismo. Não cabe mais, neste século, guerras que de nada trazem de benefícios aos Direitos Humanos. Ideologias anacrônicas não podem mais existir, caso contrário, a humanidade estará fada à extinção.
Extinção esta causada pelos interesses anti-humanísticos. Flora e fauna sendo destruídos pelo lucro sem pudor, sem fraternidade. Os recursos naturais estão sendo esgotados pelo consumismo. A ideia de que deve-se produzir em larga escala, para que possa haver consumo e, assim, serem geradas riquezas internas, tem resultado na destruição da saúde física e psíquica dos seres humanos. A felicidade através do status tem causado distorções conceituais nas relações humanas. O narcisismo está desenfreado. A corrida por uma novidade — relógio, bolsa etc. — parece filme; as pessoas correm aflitas para conseguirem as novidades. Enquanto isto, a miséria alheia não incomoda o vizinho, seja ele de uma comunidade, bairro, região, país próximo.
Estamos vivenciando tempos sombrios, capazes de transformar a Segunda Guerra Mundial em palco de passatempo. As guerras ideológicas [religiosas], as guerras de mercado [neoliberalismo e corrupções] têm desencadeado enfraquecimentos aos Direitos Humanos. As empresas [telecomunicações etc.] têm usado de artifícios para ferir os direitos humanos dos consumidores. A ineficiência das instituições democráticas favorecem estes crimes.
O crescimento econômico, quando viola os Direitos Humanos, é pior que as atrocidades dos alemães nazistas. Estes, pelo menos, tinham suas intenções abertas a todos. As grandes parcerias públicas [corporações e Estados] e as corporações em geral usam palavras belas como "sustentabilidade", "humanização" e "respeito" em suas campanhas publicitárias, mas agem escusadamente. São bem piores que os nazistas!