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Rio 2016, mais do que jogos, uma esperança de um novo mundo

Agenda 06/08/2016 às 14:25

Prestigiar os atletas brasileiros é momento de agir pela solidariedade. Os atletas brasileiros são pessoas que procuram concretizar seus objetivos, como qualquer ser humano. As Olimpíadas é evento único que reúnem vários povos.

Caros leitores, às 20 h de ontem [05/08/2016] começou a abertura dos Jogos Olímpicos. O evento foi extraordinário, sem qualquer objeção. Senti forte energia de alegria dos brasileiros, que talvez, e acho provável, não tenha existido na Copa de 2014. O tema sobre meio ambiente foi estrategicamente colocado, pois a expectativa à abertura do Rio 2016, com certeza, deixou os brasileiros, e todos os cidadãos deste planeta, mais receptivos quanto aos problemas ambientais que o mundo passa. Apesar das vias ao Presidente interino, Michel Temer, o Espírito Olímpico não perdeu a sua intensidade. Considerando que, infelizmente, muitos pensamentos contrários ao Rio 2016, para ser mais exato, que acontecesse algum erro durante a abertura, foi um sucesso total a cerimônia. A abertura representou o Brasil, desde o descobrimento até o surgimento das metrópoles. A miscigenação brasileira, em ritmos e cores, foi representada espetacular e emocionantemente, para todos os cidadãos desta pátria e para o mundo.

Visivelmente também era alegria nos rostos dos atletas estrangeiros. Os efeitos especiais superaram as expectativas tanto do público brasileiro quanto do público internacional. Quando a pira foi acesa, mais um grande efeito enaltecendo a criatividade brasileira. O Brasil apresenta vários problemas atuais, fato. Porém, as mensagens durante a abertura podem, quando os corações e mentes se abrirem para uma nova perspectiva de vida, gerar grandes transformações sociais no Brasil. Numa pesquisa rápida na internet verifiquei algumas piadas, maldosas, em relação aos brasileiros, numa demonstração do complexo de inferioridade, que tristemente ainda está presente nos corações humanos. E essas maldosas piadas partiram tanto do brasileiro quanto de estrangeiros, em sites internacionais. Nada disso. Nós brasileiros precisamos ter satisfação de sermos brasileiros, não importando a etnia, a classe social, a religião, a filosofia, a política. A abertura expirou os brasileiros, de que é possível ser brasileiro sem se sentir inferiorizado.

Que o Espírito Olímpico, e tudo que foi falado durante a cerimônia de abertura do Rio 2016, possa penetrar nos corações de todos os brasileiros, para formar uma Nação que se respeita, que se ama, que tem esperança, que tem capacidade de criar, de representar grandes eventos, de lutar pelas próprias melhorias. Dessa forma, todos unidos em uníssona voz, o Brasil será um país que representará os anseios de todos os países, a solidariedade humana. Não menos importante, o alerta ao meio ambiente, pois nenhum ser vivo vive sem a Mãe Natureza intacta. A abertura deixou mensagem linda, comovente e muito importante para todos os povos, a união e o amor constroem um mundo melhor, mesmo diante daqueles que querem desuniam — no discurso de Thomas Bach, possivelmente se referindo aos ataques terroristas nos últimos meses na Europa.

O mundo sente e presencia várias violações de direitos humanos, e tudo pelo motivo de cada qual se sentir melhor do que o outro, seja entre cidadãos de um mesmo país, ou cidadãos de pátrias diferentes. Os refugiados na cerimônia de abertura representaram as vozes agoniantes de centena de milhares de seres humanos que gritam, no vale das lágrimas, por ajuda internacional, enquanto Nações discutem sobre excesso de refugiados em seus territórios e possíveis desempregos. Problemas existem, porém, a criatividade juntamente com os esforços humanistas podem mudar o quadro caótico mundial, desde racismos até misérias. A história pretérita da humanidade demonstra que erros do passado, como genocídios, escravismos, segregações, destruições do meio ambiente, não são benéficos para o bem-estar humano. As sementes foram lançadas, basta que cada qual, seja brasileiro ou não, faça a sua parte, de tornar este mundo melhor para todos.

Que as crianças, que estiveram presentes na cerimônia da abertura, assim como as que não estiveram, possam, quando adultas, viverem num planeta de amor, de solidariedade, de igualdade, de fraternidade.


FUTEBOL NACIONAL VERSUS OLIMPÍADAS

Quanto a Copa, nunca senti qualquer vontade de assistir. Algum leitor poderá dizer que não gosto de assistir pelo motivo de ser racista ou preconceituoso — Futebol no Brasil, bem no início, não tinha negro, só branco. Acho que não gosto de futebol porque tinha unhas encravadas quando crianças, pode ser o motivo que me fez não adorar o futebol. Além disso, comecei a trabalhar com 10 anos de idade, não tendo muito tempo para brincar. Casa, escola e trabalho.

Já falei muito mal do futebol, não por ele em si, mas porque os "representantes" do povo usavam o método Romano de Pão e Circo. Mas respeito as representatividades culturais, que jamais podem ser proibidas, desde que não violem os direitos humanos.

Já em relação às Olimpíadas, vejo como momento único por reunir várias culturas. São poucos momentos que os seres humanos se reúnem, se conhecem. A relação interpessoal é muito importante para o desenvolvimento humano. Aprende-se através do convívio, principalmente entre culturas diferentes. Ninguém tem todas as respostas dentro de si, as respostas surgem pelo convívio, mesmo que doloroso. Os seres humanos aprendem, por observação, por isso que os ditadores tentam impedir qualquer diferença, pois diferença sucinta questionamento.

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Os esportes salvam vidas, como vidas que estavam nas drogas, nas guerras. Também ensinam, mesmo apesar do lado obscuro — uso de substâncias para potencializar rendimentos seja para os atletas conseguirem, quando ganham, patrocinadores [Capitalismo] ou para demonstrar que o país que representam são superiores [Rússia] — que a solidariedade, o respeito, o esforço, a competitividade honesta, enfim, o Espírito Olímpico tem a capacidade de tornar o mundo melhor, para todos os seres humanos.

Se há o Pão e Circo no Brasil. e existe, que todos os brasileiros saem de suas poltronas e vão para as vias públicas, como fizeram em 2013. Contudo, os atletas não são culpados pelo Pão e Circo. Os atletas brasileiros labutam muito para conseguirem equipamentos, patrocinadores. São brasileiros, como eu e você, procuram viver pelos seus objetivos pessoais. Não considero sensato invadir o evento para paralisá-lo e dizer ao mundo que o Brasil é Pão e Circo. Seria, ao meu ver, desrespeito aos próprios brasileiros esportistas, que também lutam por uma país mais humanizado. Também é desrespeito aos atletas e aos cidadãos estrangeiros, que não têm culpa pelo que há no Brasil. Escuto muito que o Brasil é o que é pelo descobrimento dos portugueses. Faço às palavras de Deltan Dallagnol, Procurador de Justiça, o qual asseverou que os brasileiros têm que parar de culpar os portugueses, pois já passou; e que de nada adianta ficar sentado reclamando.

FIAT LUX!

Sobre o autor
Sérgio Henrique da Silva Pereira

Articulista/colunista nos sites: Academia Brasileira de Direito (ABDIR), Âmbito Jurídico, Conteúdo Jurídico, Editora JC, Governet Editora [Revista Governet – A Revista do Administrador Público], JusBrasil, JusNavigandi, JurisWay, Portal Educação, Revista do Portal Jurídico Investidura. Participação na Rádio Justiça. Podcast SHSPJORNAL

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