CONCLUSÃO
Este artigo visou, de forma não conclusiva, abordar o problema da criação do Estado e da desparticularização das atividades desempenhadas pelos agentes públicos e sua posterior universalização, na promoção do bem comum e da metanarrativa que se confunde com o metaconstitucionalismo, em sua busca primária de legitimidade dos símbolos passíveis de discussão no fenômeno constitucional.
Assim, a crítica de Lyotard (1984) se apresenta contra a totalidade da desparticularização na universalização das premissas que sustentam a narrativa constitucional, posteriormente desenvolvida na teoria proposta por Kekes (2003) dos valores primários e secundários. Assim, a metanarrativa constiticional, ao impedir a discussão sobre as premissas que legitimam o fenômeno constiticional, estariam colocando em risco a realização da pessoa como fim (KANT 2008), já que totalizaria esta pessoa para promover a narrativa adequada, impedindo que a pessoa possa se emancipar em um verdadeiro pluralismo de possibilidades, na realização da boa vida (KEKES 2003)
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