Estado e metanarrativa.

Contribuições para um estudo pós-moderno do Estado como estrutura contextual

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12/06/2017 às 20:48
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CONCLUSÃO

 

Este artigo visou, de forma não conclusiva, abordar o problema da criação do Estado e da desparticularização das atividades desempenhadas pelos agentes públicos e sua posterior universalização, na promoção do bem comum e da metanarrativa que se confunde com o metaconstitucionalismo, em sua busca primária de legitimidade dos símbolos passíveis de discussão no fenômeno constitucional.

Assim, a crítica de Lyotard (1984) se apresenta contra a totalidade da desparticularização na universalização das premissas que sustentam a narrativa constitucional, posteriormente desenvolvida na teoria proposta por Kekes (2003) dos valores primários e secundários. Assim, a metanarrativa constiticional, ao impedir a discussão sobre as premissas que legitimam o fenômeno constiticional, estariam colocando em risco a realização da pessoa como fim (KANT 2008), já que totalizaria esta pessoa para promover a narrativa adequada, impedindo que a pessoa possa se emancipar em um verdadeiro pluralismo de possibilidades, na realização da boa vida (KEKES 2003)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Sobre o autor
Maiqui Cardoso Ferreira

Mestrando em Direito pela Unilasalle -Canoas. Pesquisador, com ênfase na sociologia, antropologia e filosofia da burocracia e do direito administrativo.

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