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Contrato de trabalho do atleta profissional de futebol

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CONCLUSÃO

O presente trabalho de científico, tem como objetivo demonstrar o desenvolvimento do Direito Desportivo, especialmente no âmbito do futebol, desde o seu surgimento até sua regulamentação, mostrando o quão é vasta e integralizada.

Ainda mais, o trabalho tem como base a lei 9.615/98, conhecida Lei Pelé, que procurou tratar os desportos de uma maneira geral, mas tem o futebol como seu alvo principal, sendo a regulamentação vigente para o Direito Desportivo, que teve a preocupação em melhor estruturar o desporto brasileiro e dignificar a profissão desportiva. Além disso, o trabalho também trata de outras normas legais que estão elencadas na Consolidação de Leis Trabalhistas, como normas relacionadas a seguridade social.

Entretanto, essa lei especifica traz consigo algumas omissões, mesmo ela sendo bastante ampla e detalhada, o legislador acaba deixando a desejar em alguns aspectos, como na questão da rescisão indireta causada por indisciplina do atleta. A legislação não deixou esclarecido como o clube pode agir quando o atleta não comprimir suas obrigações, principalmente fora de campo, quando age com indisciplina e acaba desprestigiando o nome do clube. Assim, as entidades desportivas, tem que usar a legislação trabalhistas para fundamentar suas ações contra faltas cometidas pelos atletas.

Por outro lado, considerando a importância da atividade prestada pelo atleta, o presente trabalho também abordou questões relacionadas às verbas, umas de cunho remuneratório simples, e outras com natureza salarial, como bicho e luvas, sem esquecer as verbas relacionadas à divulgação da imagem do atleta e o direito de arena, logo requisitos importantes para a validação do contrato do atleta, além de outras particularidades e a natureza jurídica.

Importante ressaltar, que em relação ao direito de imagem, aparecem algumas curiosidades em relação a remuneração de jogadores de menor expressão, pois esses mesmo não aparecendo, acabam recebendo esses valores destinado a imagem, além de outros jogadores que se lesionam e deixam de jogar por grande tempo, as vezes até por um tempo indeterminado, pois a recuperação para algumas lesões podem variar conforme o atleta, principalmente quando esses jogadores estão em idade mais avançada, assim deixando a  dúvida se o clube está ou não tentando se beneficiar perante a lei, tornando isso uma forma de burlar a legislação.

Dessa forma, podemos perceber que o núcleo do tema é contrato de trabalho do Atleta Profissional de Futebol, mostrando toda a relação entre empregado (atleta) e empregador (Entidade Desportiva), com todas as obrigações que cada parte deve exercer, demonstrando as consequências do não cumprimento entre eles e o que pode causar especificamente para cada polo.

Nesse sentido, o artigo científico teve o cuidado em demonstrar as dificuldades que aparecem no contrato, sobretudo, na cessação dele, devido esse momento do contrato aparecerem as maiores complicações, pois cada parte relacionada acaba confrontando o direito, com o intuito de demonstrar quem detém realmente a razão, além desses contratos desportivos tratarem de grandes valores, alguns chegando a casa do milhões, fazendo qualquer detalhe não passar em branco, pois esse valor influenciará no valor final da parte que tiver com a razão.

Importante ressaltar, que as cláusulas compensatória e indenizatória, tem um papel importante no contrato de trabalho, pois são cláusulas que resguardam tanto os clubes, tendo em vista que está cada vez mais frequente a transferência de jogadores brasileiros para o exterior, devido esses clubes terem um poder econômico muito forte, como também, os jogadores, em situações em que o clube não cumpri como obrigações de cunho salarial, assim demonstrando a importância dessa disposição.

Portanto, a presente teve como principal objetivo, engradecer o tema, tendo o cuidado em explanar da melhor maneira os direitos e deveres do Atleta Profissional de Futebol para com os Clubes, demonstrando toda a relação de trabalho entre eles e a possibilidade do surgimento da solidariedade da entidade de administração nas fraudes ou burlas perpetradas contra os atletas, fazendo isso através de exemplos e decisões judiciais.

Além disso, chamando atenção as obrigações reciprocas entre o empregador, que são as entidades desportivas, e os empregados, que são os atletas, assim salientando o diferencial legal entre o atleta profissional de futebol e os demais empregados, seja na própria área dos desportos ou para o trabalhador comum, regido pela Consolidação das Leis trabalhistas.

Como também, apresentar a legislação especifica que rege o Direito dos Desportos, sobretudo na atividade futebolística, além de demonstrar o motivo dela ser a única atividade profissional com dois vínculos obrigatórios, um de trabalho e outro desportivo.

Dessa forma, é perceptível que depois da entrada em vigor da Lei Pelé, as editoras começaram a produzir mais livros, o conhecimento se expandiu e despertou curiosidade aos alunos das faculdades, motivando-os a estudarem o assunto e produzirem trabalhos de conclusão de curso como este, além de um aumento significativo dos profissionais do direito que passaram desbravar o Direito desportivo, seja no futebol ou em outras áreas dos desportos.

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 Por fim, confirmando o quão esse tema está em evidência, essencialmente o Futebol, no âmbito nacional e internacional, através dos muitos recursos que giram em torno dessa atividade, ratificando mais do que nunca ser o carro-chefe do Direito Desportivo.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABAL, Felipe Cittolin. O Direito no Gramado: O Contrato de Trabalho do Atleta Profissional de Futebol [e-book]. Passo Fundo: [S.N], 2016.

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SOUZA, Gustavo Lopes Pires de. Direito desportivo. Belo Horizonte: Arraes Editores, 2014.

ZAINAGHI, Domingos Sávio. Os Atletas Profissionais de Futebol no Direito do Trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2015.

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Sobre os autores
José Ronaldo Alves Rocha

Acadêmico de Direito

Felipe Augusto Félix Linhares

Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão (FLF).

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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