CONCLUSÃO
Nesse contexto, cabe destacar a importância desse estudo, especialmente por serem raras as pesquisas sobre mecanismos e estratégias de gestão e governança da segurança pública, na região de fronteira, mesmo após a edição do Plano Estratégico de Fronteiras, visto que ainda não são reconhecidos como objetos de estudo preferenciais. Ao passo que foi possível verificar que o principal avanço do Plano Estratégico de Fronteiras foi a integração, principalmente entre os órgãos brasileiros, essa integração, ainda é o grande desafio da política, seja em âmbito nacional ou local, pois, apesar dos esforços dispendidos, ainda carece de maturidade institucional, procedimentos de planejamento e execução de ações integradas, mudança de mentalidade sobre o assunto a maioria dessas instituições são concebidas como instituições autônomas e seus servidores replicam essa lógica, mesmo sendo óbvio que no mundo globalizado de hoje, nenhuma instituição sobrevive sozinha.
Procurando apresentar de forma clara todo o contexto que foi inserido o plano estratégico de Fronteira, verifica-se a posição da consolidação entre as organizações que integram a segurança pública das fronteiras. Em que pese os avanços estejam direcionados para o tema integração, em grande medida é muito contraditório, o mesmo tema é tido ainda como um grande desafio, especialmente no que tange ao aprimoramento, continuidade e evolução dos mecanismos de cooperação entre as instituições locais.
A complexa característica do modelo de segurança pública adotado no Brasil se replica nas regiões de fronteira, pois as instituições são as mesmas, a formação da cultura institucional, os modos de agir, pensar e atuar se perpetuam, mesmo que seja em menor escala. Porém, nas fronteiras, essa lógica desarticulada tende a impactar diretamente nas relações dos órgãos brasileiros e dos países vizinhos. E, neste sentido, que a aplicação de metodologia de cooperação para as autoridades que atuam nas fronteiras do país podem agregar maior valor à atuação do Brasil contra o combate a crimes internacionais e a manutenção da segurança pública. Dentro desse contexto, pode se incluir a participação da comunidade como apoio às denúncias, e desse motivo busca-se a integração entre todos os aspectos da gestão de segurança pública, além do serviço especializado desenvolvido pelas Forças Armadas e pelos órgãos de segurança pública.
REFERÊNCIAS
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