8. CONCLUSÃO
Dos fatos narrados, observou-se que o ser humano sempre buscou o saber segundo critérios racionais. Ora essa busca racional se deu com base numa liberdade de pensamento e exercício de crítica, como aconteceu na Grécia Antiga, no Iluminismo e nos tempos atuais, ora a racionalidade está vinculada a um interesse ideológico de um fator real de poder prevalecente, que vai subjugar corpos, mentes e governos, como ocorreu na Idade Média e nas ditaduras. A educação não fica imune a esses percalços.
A função emancipatória da educação, conforme evidenciado no trabalho, deve ser cada vez mais colocada em evidência, pois o conhecimento existe para o exercício da cidadania, para o ingresso no mercado de trabalho e para a realização de uma vida plena em sociedade. O engajamento de ser estatal, da sociedade civil e do setor empresarial no desenvolvimento de uma educação multinível, capaz de proporcionar o crescimento individual dos sujeitos e a evolução das sociedades, com produção de tecnologia e respeito à sustentabilidade.
Assim, as metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em jogos (game-based learning), a aprendizagem baseada em problemas, a peer instruction, a aprendizagem baseada em investigação, ou mesmo a aprendizagem baseada em casos, quando bem desenvolvidas e postas em prática em sala de aula, cumprem com o objetivo do legislador constituinte que ergueu o direito educacional à condição de direito fundamental social e também cumprem com a função epistemológica da didática como efetividade para um ensino-aprendizagem de qualidade.
Diante dessa realidade é que se torna possível a superação de uma educação tecnicista, obsoleta, e a construção, tanto no Brasil, como nos demais países, do cidadão consciente e responsável por si e pela comunidade em que vive, uma vez que a sua formação o preparou dentro de parâmetros emancipatórios.
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