Símbolo do Jus.com.br Jus.com.br
Artigo Selo Verificado Destaque dos editores

A falácia do denominado “crime de perigo abstrato de perigosidade real”

Exibindo página 2 de 2
Agenda 07/04/2013 às 14:15

REFERÊNCIAS

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Trad. Alfredo Bosi e Ivone Castilho Benedetti.  4ª. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BARROS, Flávio Augusto Monteiro de. Direito Penal. Volume 2. 2ª. ed. São Paulo: Saraiva.

BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Trad. Desidério Murcho et. al.Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

BRUTAU, José Puig. A jurisprudência como fonte do direito. Porto Alegre: Ajuris, 1977.

CABETTE, Eduardo Luiz Santos. Nova Lei Seca. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2013.

CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Volume 1. 16ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

CUNHA, Rogério Sanches. Você já ouviu falar de “crime de perigo abstrato de perigosidade real”? Disponível em http://atualidadesdodireito.com.br/rogeriosanches/2013/03/21/voce-ja-ouviu-falar-de-crime-de-perigo-abstrato-de-perigosidade-real/ , acesso em 22.03.2013.

ESTEFAM, André. Direito Penal. Volume 2. São Paulo: Saraiva, 2010.

FIGUEIREDO DIAS, Jorge de. Direito Penal Parte Geral. Tomo I. São Paulo/Coimbra: Revista dos Tribunais/Coimbra, 2007.

GALVÃO, Fernando. Direito Penal. São Paulo: Saraiva, 2013.

GARDNER, Martin. La ciência, lo bueno, lo malo y lo falso. Madrid: Alianza, 1988.

GIORGIS, José Carlos Teixeira. A lide como categoria comum do processo. Porto Alegre: Letras Jurídicas, 1991.

GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Volume II. 8ª. ed. Niterói: Impetus, 2011.

GUILLEBAUD, Jean – Claude. A força da convicção. Trad. Maria Helena Kühner. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

HUNGRIA, Nelson. Comentários ao Código Penal. Volume V. 4ª. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1958.

JAPIASSÚ, Hilton, MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.

JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal. Volume 2. 32ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

MENDOZA BUERGO, Blanca. Límites dogmáticos y político-criminales de los delitos de peligro Abstracto.Granada: Editorial Comares, 2001.

MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. Trad. Roberto Leal Ferreira e Álvaro Cabral. 4ª. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

NORONHA, Edgard Magalhães. Direito Penal. Volume 2. 24ª. ed. São Paulo: Saraiva, 1990.

PERELMAN, Chaïm, OLBRECHTS – TYTECA, Lucie. Tratado da Argumentação – A nova retórica. Trad. Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

PRACONTAL, Michel de. A impostura científica em dez lições. Trad. Álvaro Lorencini. São Paulo: Unesp, 2004.

TANGERINO, Davi de Paiva Costa, D’ÁVILA, Fábio Roberto, CARVALHO, Salo de. O Direito Penal na luta contra o terrorismo. Delineamentos teóricos a partir da criminalização dos movimentos sociais – o caso do movimento dos trabalhadores rurais sem – terra. Revista Sistema Penal & Violência. Revista Eletrônica da Faculdade de Direito Programa de Pós – Graduação em Ciências Criminais Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. Porto Alegre: Volume 4, n. 1, p. 1 – 21, jan./jun., 2012.


Notas

[1] Neste trabalho não se entrará neste mérito, pois que já foi objeto de estudo em obra específica, concluindo-se pelo perigo abstrato (ou mesmo notório) no artigo 306, I e perigo concreto no artigo 306, II, do CTB. Cf. CABETTE, Eduardo Luiz Santos. Nova Lei Seca. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2013, p. 68 – 69.

[2] CUNHA, Rogério Sanches. Você já ouviu falar de “crime de perigo abstrato de perigosidade real”? Disponível em http://atualidadesdodireito.com.br/rogeriosanches/2013/03/21/voce-ja-ouviu-falar-de-crime-de-perigo-abstrato-de-perigosidade-real/ , acesso em 22.03.2013.

[3] Frise-se, porém, que nem sempre, pois há autores que atribuem a qualidade de perigo abstrato a crimes de perigo individual também, como, por exemplo, no caso do crime de omissão de socorro. BARROS, Flávio Augusto Monteiro de. Direito Penal. Volume 2. 2ª. ed. São Paulo: Saraiva, p. 125.

[4] NORONHA, Edgard Magalhães. Direito Penal. Volume 2. 24ª. ed. São Paulo: Saraiva, 1990, p. 78.

[5] Op. Cit., p. 79.

[6] HUNGRIA, Nelson. Comentários ao Código Penal. Volume V. 4ª. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1958, p. 377 – 378.

[7] . BARROS, Flávio Augusto Monteiro de. Op. Cit., p. 125 – 126.

[8] CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Volume 1. 16ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 287.

Fique sempre informado com o Jus! Receba gratuitamente as atualizações jurídicas em sua caixa de entrada. Inscreva-se agora e não perca as novidades diárias essenciais!
Os boletins são gratuitos. Não enviamos spam. Privacidade Publique seus artigos

[9] JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal. Volume 2. 32ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 187.

[10] ESTEFAM, André. Direito Penal. Volume 2. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 193.

[11] GALVÃO, Fernando. Direito Penal. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 173 – 174.

[12] GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Volume II. 8ª. ed. Niterói: Impetus, 2011, p. 287 – 291.

[13] Op. Cit., p. 292 – 293.

[14] É claro que essa espécie de atualização equivale juridicamente a estar a par do “Big Brother” ou “antenado” em relação às notícias da vida dos artistas!

[15] GARDNER, Martin. La ciência, lo bueno, lo malo y lo falso. Madrid: Alianza, 1988, p. 12. Em tradução livre: “Graças à liberdade de nossa imprensa e nossos meios eletrônicos, as vozes dos dementes comumente são mais ouvidas e têm mais força e clareza que as dos cientistas genuínos”.

[16] Apud, GUILLEBAUD, Jean – Claude. A força da convicção. Trad. Maria Helena Kühner. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007, p. 227.

[17] PRACONTAL, Michel de. A impostura científica em dez lições. Trad. Álvaro Lorencini. São Paulo: Unesp, 2004, p. 103 – 135.

[18] BRUTAU, José Puig. A jurisprudência como fonte do direito. Porto Alegre: Ajuris, 1977, p. 173 – 198.

[19] GIORGIS, José Carlos Teixeira. A lide como categoria comum do processo. Porto Alegre: Letras Jurídicas, 1991, p. 19.

[20] ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Trad. Alfredo Bosi e Ivone Castilho Benedetti.  4ª. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 203. Esse Princípio da Lógica remonta a Aristóteles: “Nada pode ser e não ser simultaneamente”.

[21] JAPIASSÚ, Hilton, MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996, p. 98.

[22] MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. Trad. Roberto Leal Ferreira e Álvaro Cabral. 4ª. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 280 – 281.

[23] BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Trad. Desidério Murcho et. al.Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997, p. 140.

[24] PERELMAN, Chaïm, OLBRECHTS – TYTECA, Lucie. Tratado da Argumentação – A nova retórica. Trad. Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 150.

[25] BLACKBURN, Simon. Op., cit., p. 140.

[26] Já foi referido linhas volvidas o entendimento de que o inciso II do artigo 306, CTB descreve crime de perigo concreto.

[27] CABETTE, Eduardo Luiz Santos. Op. Cit., p. 55 – 57.

[28] Op. Cit., p. 53 – 54.

[29] FIGUEIREDO DIAS, Jorge de. Direito Penal Parte Geral. Tomo I. São Paulo/Coimbra: Revista dos Tribunais/Coimbra, 2007, p. 309 – 310. Ele ainda arrola autores como Costa Faria, Blanca Buergo Mendoza e Rodrigues Mourullo, os quais também propõem uma inovação terminológica e material na noção do hoje chamado “perigo abstrato ou presumido”, indicando a categoria inovadora dos “crimes de aptidão”.

[30] Defendidos também por Claus Roxin, Silva Dias e Helena Moniz, quando também se faz menção à terminologia de “crimes de perigo potencial”. Op. Cit., p. 310.

[31] Terminologia proposta por Bockelmann e também mencionada por Paula Ribeiro Faria. Op. Cit., p. 310 – 311.

[32] Op. Cit., p. 311.

[33] MENDOZA BUERGO, Blanca. Límites dogmáticos y político-criminales de los delitos de peligro Abstracto.Granada: Editorial Comares, 2001, p. 38.

[34] Perceba-se que autor também posteriormente não se ateve a essa denominação inicial contraditória em termos e a alterou para “crimes de aptidão”.

[35] TANGERINO, Davi de Paiva Costa, D’ÁVILA, Fábio Roberto, CARVALHO, Salo de. O Direito Penal na luta contra o terrorismo. Delineamentos teóricos a partir da criminalização dos movimentos sociais – o caso do movimento dos trabalhadores rurais sem – terra. Revista Sistema Penal & Violência. Revista Eletrônica da Faculdade de Direito Programa de Pós – Graduação em Ciências Criminais Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. Porto Alegre: Volume 4, n. 1, jan./jun., 2012, p. 17. Também disponível em http://www.academia.edu/2103007/O_Direito_Penal_na_Luta_contra_o_Terrorismo_Delineamentos_teoricos_a_partir_da_criminalizacao_dos_movimentos_sociais , acesso em 24.03.2013.

[36] Referência crítica ao vetusto e inconsequente brocardo latino “quod non est in actis non est in mundo” (“o que não está nos autos não está no mundo”). 

Sobre o autor
Eduardo Luiz Santos Cabette

Delegado de Polícia Aposentado. Mestre em Direito Ambiental e Social. Pós-graduado em Direito Penal e Criminologia. Professor de Direito Penal, Processo Penal, Medicina Legal, Criminologia e Legislação Penal e Processual Penal Especial em graduação, pós - graduação e cursos preparatórios. Membro de corpo editorial da Revista CEJ (Brasília). Membro de corpo editorial da Editora Fabris. Membro de corpo editorial da Justiça & Polícia.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

CABETTE, Eduardo Luiz Santos. A falácia do denominado “crime de perigo abstrato de perigosidade real”. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 18, n. 3567, 7 abr. 2013. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/24134. Acesso em: 22 dez. 2024.

Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!