Símbolo do Jus.com.br Jus.com.br
Artigo Selo Verificado Destaque dos editores

A teoria da segunda escravidão e sua contribuição para a renovação da historiografia brasileira

Exibindo página 3 de 3
Agenda 15/01/2018 às 12:25

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo proposto tem um olhar retrospectivo, ainda que exposto de forma cronologicamente linear: tendo como fim a apresentação da teoria da segunda escravidão, buscou-se contextualizá-la retrospectivamente à luz do histórico do debate que se travou no Brasil sobre a sua própria escravidão, procurando os principais vetores de tal discussão em diferentes searas do conhecimento, conforme mencionado na seção introdutória deste trabalho.

No que tange à teoria da segunda escravidão, conclui-se que a contribuição maior do modelo desenvolvido por Dale Tomich reside nas suas ressalvas procedimentais, ou seja, nos meios da sua pesquisa, razão pela qual se priorizou, como objeto do presente trabalho, a exposição da crítica tecida pelo historiador e do seu diálogo com os demais modelos teóricos existentes, em detrimento de uma simples paráfrase das suas conclusões sobre a distinção entre a primeira e a segunda escravidão nas Índias Ocidentais.


REFERÊNCIAS

ASSADOURIAN, Carlos Sempat; CARDOSO, Ciro Flamarión Santana; CIAFARDINI, Horacio; GARAVAGLIA, Juan Carlos; LACLAU, Ernesto. Modos de producción en América Latina. 3ª ed. Buenos Aires: Cuadernos de Pasado y Presente, 1975;

AZEVEDO, Elciene. Orfeu de carapinha: a trajetória de Luiz Gama na imperial cidade de São Paulo. 1ª ed. 1ª reimpressão. Campinas: Ed. Unicamp, 2005;

BOAS, Franz. Antropologia Cultural. 2ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005;

DARWIN, Charles. Journal of researches into the natural history and geology of the countries visited during the voyage of H.M.S. Beagle round the world, under the command of Capt. Fitz Roy, R.N. “New edition” (sic). Nova York: D. Appleton and Company, 1871. Disponívelem<https://www.gasl.org/refbib/Darwin__Beagle.pdf>.Acesso em 15/09/2015;

ERKERT, Jonathan Erik von. O debate sobre a forma jurídica na dinâmica histórica e econômica do Brasil. 2013. Dissertação (mestrado em direito político e econômico) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2013;

FREYRE, Gilberto. Casa-grande e Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 51ª ed. rev. São Paulo: Global, 2006;

FREYRE, Gilberto. Joaquim Nabuco. Rio de Janeiro: José Olympio, 1948;

GORENDER, Jacob. O escravismo colonial. 5ª ed. rev. amp. São Paulo: Ática, 1988;

GRINBERG, Keila. Liberata: a lei da ambiguidade – as ações de liberdade da Corte de Apelação do Rio de Janeiro no século XIX [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein, 2008; Disponível em <https://static.scielo.org/scielobooks/v7mzs/pdf/grinberg-9788599662762.pdf>. Acesso em 12/03/2015;

HUNT, E. K; SHERMAN, Howard J. História do pensamento econômico. 26ª ed. Petrópolis: Vozes, 2013.

NABUCO, Joaquim. Minha formação. Porto Alegre: Paraula, 1995;

­____. O abolicionismo[online]. Brasília: Senado Federal - Conselho editorial, 2003; Disponível em <https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1078/667747.pdf?sequence=4>. Acesso em 03/06/2015;

NAVES, Márcio Bilharinho. Marx: Ciência e Revolução. 2ª ed. São Paulo: QuartierLatin, 2008;

TOMICH, Dale W. Pelo Prisma da escravidão: Trabalho, capital e economia mundial. São Paulo: Edusp, 2011;

WALLERSTEIN, Immanuel Maurice. The modern world-system I: Capitalist agriculture and the origins of the European world-economy in the sixteenth century. San Diego: Academic Press, 1974;

____. The modern world-system II: Mercantilism and the consolidation of the european world-economy, 1600-1750.San Diego: Academic Press, 1980;

WILLIAMS, Eric. Capitalismo e escravidão. Rio de Janeiro: Ed. Americana, 1975;

Artigos de publicações periódicas

MARQUESE, Rafael de Bivar. As desventuras de um conceito: capitalismo histórico e a historiografia sobre a escravidão brasileira. Revista de História (USP), São Paulo, v. 169, p. 223-253, jul.-dez. 2013. Disponível em https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/69188/71640. Acesso em 21/05/2015;

PERLATTO, Fernando. Joaquim Nabuco e o Abolicionismo. Virtú (UFJF), Juiz de Fora, v. 5, p. 1-15, 2007. Disponível em <https://www.ufjf.br/virtu/files/2010/05/5a-3.pdf>. Acesso em 08/08/2015;

Fique sempre informado com o Jus! Receba gratuitamente as atualizações jurídicas em sua caixa de entrada. Inscreva-se agora e não perca as novidades diárias essenciais!
Os boletins são gratuitos. Não enviamos spam. Privacidade Publique seus artigos

SALLES, Ricardo. A teoria da segunda escravidão. Revista Tempo (UNIRIO), Rio de Janeiro, v. 19. n. 35, p. 249-254, Jul. – Dez. 2013. Disponível em <https://www.scielo.br/pdf/tem/v19n35/14.pdf>. Acesso em 02/10/2015;

SANTOS, Guilherme de Paula Costa. O retorno de antigo e vibrante debate: as mediações entre escravidão e capitalismo. Estudos avançados (USP), São Paulo, v. 27, n. 78, p. 311-316, 2013. Disponível em <https://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142013000200022>. Acesso em 03/10/2015;

VILLAS BÔAS FILHO, Orlando. A constituição do campo de análise e pesquisa da antropologia jurídica. Prisma Jurídico, v. 6, p. 333-349, 2007. Disponível em https://www.uninove.br/pdfs/publicacoes/prisma_juridico/pjuridico_v6/prisma_v6_5d24.pdf. Acesso em 14/09/2015;

Textos em jornais de notícias/revistas

GODOY, Arnaldo Sampaio de Moraes .As ambiguidades do abolicionista Joaquim Nabuco. Consultor Jurídico, São Paulo, SP, p. 1. - 1, 20/5/2012. Disponível em <https://www.conjur.com.br/2012-mai-20/embargos-culturais-ambiguidades-abolicionista-joaquim-nabuco>. Acesso em 04/06/2015;

Outras produções bibliográficas

ALTHUSSER, Louis. Como ler “O Capital” [online]. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1980. Disponível em <https://www.marxists.org/portugues/althusser/ano/mes/capital.pdf>. Acesso em 28/04/2015;


Notas

1Para uma análise mais aprofundada sobre as fases da obra e do pensamento de Marx, recomenda-se a leitura de NAVES, Márcio Bilharinho. Marx: Ciência e Revolução. 2ª ed. São Paulo: QuartierLatin, 2008

2 Para uma visão sintética e introdutória sobre os fundamentos econômicos da escola neoclássica, recomenda-se a leitura do capítulo 7 de HUNT, E. K; SHERMAN, Howard J. História do pensamento econômico. 26ª ed. Petrópolis: Vozes, 2013.

Sobre o autor
Ricardo Gonçalves e Sousa

Bacharel em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e advogado

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

GONÇALVES E SOUSA, Ricardo. A teoria da segunda escravidão e sua contribuição para a renovação da historiografia brasileira. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 23, n. 5311, 15 jan. 2018. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/61664. Acesso em: 27 dez. 2024.

Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!