CONCLUSÃO
Considera-se, após o trajeto percorrido pela pesquisa, que o trabalho de Sérgio Buarque de Holanda sobre bacharelismo contribui de maneira significativa à discussão de diversos temas que afetam a presente sociedade brasileira, principalmente no tocante à Universidade e busca de identidade nacional. Revela notar, por fim, que as melhorias na educação universitária passam pela superação de seu papel meramente instrumental, o que exige trabalho árduo e fatigante, mesmo que para tanto seja necessário contrariar as aptidões voltadas à estabilidade e conforto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CASTRO JÚNIOR, João Batista de; REITER, Bernd. Continuidade e Mudança no Brasil: Os Legados do Bacharelismo. Revista de Direito Federal, AJUFE, v. 23, n. 88, p. 81, 2007.
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RIBEIRO, Adelia Maria Miglievich. "O pensamento crítico acerca da universidade na América Latina: de Darcy Ribeiro à modernidade-colonialidade." Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas (2014): 149-163.
Notas
[1] Como nota esclarecedora, imperioso dizer que o fenômeno do bacharelismo não se reduziu ao espaço brasileiro, pelo contrário, foi encontrado em diversos países, destacando-se, porém, as sociedades pós-coloniais da América Latina, como pode ser visto em: RIBEIRO, Adelia Maria Miglievich. "O pensamento crítico acerca da universidade na América Latina: de Darcy Ribeiro à modernidade-colonialidade." Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas (2014): 149-163.
[2] De modo que não é por acaso que a principal festa hoje realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil é o conhecido Baile do Rubi, em que se reúne a classe dos doutores advogados.
[3] Corroborando o exposto, pesquisa realizada pela Revista Consultor Jurídico constata que o Brasil tem cerca de 12 milhões de concurseiros, o que representa a incrível faixa de 10% da população economicamente ativa. http://salvomelhorjuizo.com/post/139350677093/o-brasil-tem-cerca-de-12-milh%C3%B5es-de-concurseiros, acesso em 26/06/2017, às 09:48.
[4] (Http://www.olavodecarvalho.org/por-linhas-tortas/, acesso em 24/07/2017 às 15:39).
[5] Pesquisa realizada pelo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa, revela um impressionante número de 38% de analfabetos funcionais com formação universitária, encontrada em http://acaoeducativa.org.br/wp content/uploads/2016/09/INAFEstudosEspeciais_2016_Letramento_e_Mundo_do_Trabalho.pdf. Acesso em 24/07/2017 às 09:42.