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A peste do covid-19 e algumas reflexões sobre a cultura brasileira

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Agenda 22/04/2020 às 10:15

Notas

[1] A expressão PESTE foi utilizada de forma metafórica e como reforço linguístico, pois tecnicamente significa: “A peste (do latim pestis), uma infecção bacteriana causada pelo Yersinia pestis, transmitida pela pulga que parasita roedores. Famosa por causar diversas pandemias na Europa e Ásia.” 

[2] o autor é Advogado e professor de Direito. Autor de artigos e livros jurídicos e cidadão.

[3] Economia global terá contração de 3% em 2020, prevê FMI. Será a maior recessão global desde a Grande Depressão de 1929, segundo os economistas da instituição https://valor.globo.com/mundo/noticia/2020/04/14/economia-global-tera-contracao-de-3percent-em-2020-preve-fmi.ghtml

[4] JPMorgan prevê que PIB do Brasil vai cair 10% no 2º tri; Goldman Sachs também estima recessão 18/03/2020 18h05 SÃO PAULO https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2020/03/18/jpmorgan-e-goldman-sachs-passam-a-ver-contracao-do-pib-do-brasil-em-2020-ubs-revisa-para-variacao-zero.htm

[5] Para este ano, a projeção é de contração de 6,1% nas economias avançadas e de 1% nos mercados emergentes. O Fundo espera contrações neste ano de 5,9% dos EUA, 7% da Alemanha, 7,2% da França e 9,1% da Itália. O FMI afirma que, em algumas partes da Europa a epidemia foi tão severa quanto na Província de Hubei, na China, onde o coronavírus começou. O Japão deve ter crescimento negativo de 5,2% e o Brasil, de 5,3%. A China deve crescer 1,2%. Espera-se redução da renda per capita em mais de 170 países. A perda acumulada para o PIB global entre 2020 e 2021 pode chegar a US$ 9 trilhões. https://valor.globo.com/mundo/noticia/2020/04/14/economia-global-tera-contracao-de-3percent-em-2020-preve-fmi.ghtml

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[6] Na obra “Antropologia Estrutural”, título original: Anthropologie structurale, coleção: Biblioteca Tempo Universitario - Vol. 7. 6ª edição, 2003.

[7] Na obra “O povo brasileiro, a  formação e o sentido brasileiro’, São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

[8] já que retratam a mesma classe do povo que busca a riqueza a qualquer custo (como meio emancipatório).

[9] http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782010000100008, acesso em 13/04/2020, às 14h.

[10] Virus lays bare the frailty of the social contract. Radical reforms are required to forge a society that will work for all. https://www.ft.com/content/7eff769a-74dd-11ea-95fe-fcd274e920ca, acesso em 13/04/2020, às 16h que em tradução livre de partes temos: “A ajuda financeira dos governos para a economia, ainda que necessária, poderá piorar a situação. Muitos países que permitiram o surgimento de um mercado de trabalho precarizado e mal regulado perceberam a dificuldade que é canalizar corretamente os recursos para ajudar as pessoas em condições tão instáveis. (...) Reformas radicais, que revertam a direção tomada nas últimas quatro décadas, deverão ser discutidas. Os governos deverão aceitar um papel maior na economia. Eles precisam começar a ver os serviços públicos como um investimento, e não mais como um gasto, e também buscar soluções para tornar o mercado de trabalho menos precário. A redistribuição de riquezas voltará ao centro dos debates e os privilégios dos mais ricos deverão ser questionados. Medidas até recentemente consideradas excêntricas, como a renda básica universal e a taxação de grandes fortunas, também precisam ser consideradas. As medidas não-convencionais que muitos governos estão tomando para garantir a segurança das empresas e dos trabalhadores durante a atual crise são, muitas vezes, comparadas à "economia de guerra" - algo que os países do ocidente não experimentam desde a Segunda Guerra. A analogia pode ser ainda mais profunda.Os líderes que venceram a Guerra não esperaram o fim do conflito para planejar o que viria pela frente. Franklin Roosevelt e Winston Churchill criaram a "Carta do Atlântico", que estabeleceu as fundações para a ONU, em 1941. O Reino Unido publicou o "Relatório Beveridge", seu comprometimento a um estado de bem-estar social, em 1942. Em 1944, a Conferência de Brenton Woods forjou a estrutura financeira mundial do pós-guerra. Hoje, nós precisamos do mesmo tipo de visão. (...)"

[11] inclusive com manifestações de ruas e deboches públicos sobre a doença ocasionada pelo virus da  COVID-19 e de suas vítimas (e famílias destas vítimas).

[12] Conforme o poeta Marivaldo Nunes.

[13] https://www.revistaprosaversoearte.com/agora-e-preciso-coragem-para-ter-esperanca-mia-couto/, acesso em 13/04/2020, às 16h30

Sobre o autor
Aarão Ghidoni do Prado Miranda

Advogado sócio do escritório Miranda advogados, professor de cursos de graduação e pós-graduação, especialista e mestre em direito. Autor de diversos artigos e livros jurídicos.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

SILVA, Aarão Ghidoni Prado Miranda. A peste do covid-19 e algumas reflexões sobre a cultura brasileira. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 25, n. 6139, 22 abr. 2020. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/81203. Acesso em: 21 nov. 2024.

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