Artigo Destaque dos editores

Homofobia: a dimensão de poder na estigmatização da diferença

Exibindo página 2 de 2
23/03/2012 às 17:10
Leia nesta página:

A centralidade do conflito na vida dos homossexuais

Lamentavelmente, na realidade de nosso país, “a história de vida de gays, lésbicas e travestis é construída no e a partir do conflito”, conforme sintetizado por Alessandra Rinaldi, em estudo sobre as representações que gays, lésbicas e travestis têm sobre violência, conflito e discriminação[34].

Devemos, porém, recordar que o conflito em si não constitui fator negativo. Ao contrário. Instaurado em face da divergência, permite a construção de novas formas de convívio, possibilita o repensar de padrões até então vigentes[35].

Nossa dificuldade em compreendê-lo nessa dimensão criativa remonta à nossa formação histórica, que por sua vez se inscreve em matrizes igualmente pouco permeáveis aos valores republicanos, colaborativos e da alteridade[36]. É essa dificuldade em se relacionar com a diferença e a divergência, marcas características de formações autoritárias e competitivas, que nos conformam e se expressam através dos elevados indicadores de violência e segregação social.


Finalizando

Para finalizar (mas não concluir):

O que há de comum nas manifestações de homofobia como o assassinato do vereador Renildo José dos Santos, de Coqueiro Seco, em Alagoas, em 10/03/1993; o do adestrador de cães Edson Néris da Silva, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, em 06/02/2000, os corriqueiros extermínios das travestis e transgêneros prostitutas[37], os espancamentos e cárceres privados ainda hoje praticados por pais e irmãos contra “gays” e “lésbicas”, a desqualificação das “lésbicas” masculinizadas (monokós) no interior de algumas casas de candomblé[38]?

A mim me parece que todos eles refletem disputas por dominação, controle e prestígio, que se expressam a partir de nossa intrínseca dificuldade em lidar com a diferença. Atuam no sentido de perpetuar um determinado sistema de valores e normas de conduta baseado na agressividade, na hierarquização, na aversão à diferença, na objetalização e subjugação do Outro e na instrumentalização da vida.

A partir de tais percepções, por onde ir?

Parece-me que apenas nos voltando para o exame das dinâmicas contextualizadas, em busca de seus referentes ordenadores. Quais sistemas de valores organizam as prescrições: para sexo anatômico (possuir ou não um falus), estilo de gênero e orientação sexual em cada contexto? O que exatamente, isto é, qual/quais desse/s valor/res está/ão sendo visto/s como ameaçado/s diante da presença dos gêneros e das sexualidades fora da norma[39] em cada configuração? Que função desempenha a violência (física e simbólica)desferida contra tais infratores? Qual o ganho social e pessoal auferido pelo agente da violência (física e simbólica)?

Entendo que somente através de tais problematizações é possível avançarmos na busca de mecanismos capazes de, compreendendo suas lógicas estruturantes, desmontá-las e construir bases outras para as relações sociais. Assentadas em torno de valores outros, como respeito à diversidade, cooperação e solidariedade.


Referências

BIRMAN, Patrícia. Fazer estilo criando gêneros: possessão e diferença de gênero em terreiros de umbanda e candomblé no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Relume Dumará: Eduerj, 1995, 204 p.

BOURDIEU. Pierre. Razões Práticas: Sobre a Teoria da Ação. 6ª edição. São Paulo: Papirus, 2005.

______________. A Economia das Trocas Simbólicas. 5ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2003.

______________. Meditações Pascalinas. Rio de Janeiro: Bertrand, 2001(a).

______________. O Poder Simbólico. 4ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand, 2001(b).

______________. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand, 1999.

CASTORIADIS, Cornelius. As raízes psíquicas e sociais do ódio. In: Figuras do pensável – As encruzilhadas do labirinto. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2004, p. 259-260.

CECCHETTO, Fátima Regina. Violência e Estilos de Masculinidade. Rio de janeiro: FGV, 2004.

CHAUI, Marilena. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Perseu Abramo, 2001.

____________. Cultura e Democracia: O Discurso Competente e Outras Falas. 11ª edição. São Paulo: Cortez: 2006.

COLAÇO, Rita. Uma conversa informal sobre homossexualismo. Rio de Janeiro: do autor, 1984.

____________. COLAÇO, Rita. Os efeitos da estigmatização e a importância estratégica de incentivo à formação de grupos de convivialidade como geradores de proteção social e valores comunitários, a partir do depoimento de uma ex-fundadora do GAAG. II Encontro Nacional Universitário sobre Diversidade Sexual (ENUDS), UFPE, 03 a 07 de setembro de 2004.

____________. Violência física e simbólica em contexto lésbico: alguns relatos e problematizações. Palestra apresentada no Seminário Os Movimentos Sociais e a PUC-RIO, na luta contra o Extermínio e a Violência e a favor da Paz, Justiça e Solidariedade. Escola de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Junho, 2005.

CONNEL, Robert. Masculinities. Berkeley: University of Califórnia Press, 1995 apud CECCHETTO, Fátima Regina. Violência e Estilos de Masculinidade. Rio de janeiro: FGV, 2004.

D’ARAUJO, Maria Celina. Capital social. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

ELIAS, Norbert. Introdução. Ensaio teórico sobre as relações estabelecidos-outsiders. In: ELIAS, Norbert & SCOTSON, John L. Os estabelecidos e os outsiders. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000, p.19-50.

______________. Posfácio à edição Alemã. Outras faces da relação estabelecidos-outsiders – O modelo Maycomb. In: ELIAS, Norbert & SCOTSON, John L Os estabelecidos e os outsiders. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000, p. 199-213.

FAURY, Mara Lúcia. Uma Flor para os Malditos (a homossexualidade na literatura). Campinas: Papirus, 1983.

FOUCAULT, Michel. A Verdade e as Formas Jurídicas. 3ª edição. Rio de Janeiro: Nau, 2003.

______________. História da sexualidade. I: A Vontade de Saber. 16ª edição. Rio de Janeiro: Graal, 2005.

_____________. Vigiar e Punir: o nascimento da prisão. 21ª edição. Petrópolis: Vozes, 1999; Microfísica do Poder. 11ª reimpressão. Rio de janeiro: Graal, 1995.

FONTES, Virgínia. História e Conflito. In: MATTOS, Marcelo Badaró (org.). História: Pensar & fazer. Rio de Janeiro: LDH/UFF, 1998, 33-52.

FRY, Peter. Homossexualidade masculina e cultos afro-brasileiros. In: Para inglês ver. Identidade e política na cultura brasileira. Rio de Janeiro: Zahar, 1982, p. 54-86.

_________. Da hierarquia à igualdade: a construção histórica da homossexualidade no Brasil. In: Para Inglês Ver, Rio de Janeiro: Zahar, 1982, p. 87-113.

_________. Prefácio. In: BIRMAN, Patrícia. Fazer estilo criando gêneros: possessão e diferenças de gênero em terreiros de umbanda e candomblé no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Eduerj-Relume Dumará, 1995, p. v-ix.

_________. Apresentação. In: LANDES, Ruth. A cidade das mulheres. Editora UFRJ, 2002, 352 p., p. 23–30.

GAGNON, John H. O uso explícito e implícito da perspectiva da roteirização nas pesquisas sobre a sexualidade (1991). In:. Uma interpretação do desejo: ensaios sobre o estudo da sexualidade. Rio de Janeiro, Garamond, 2006, p. 211-268.

_________. Pesquisa sobre práticas sexuais e mudança social (1975). In: Uma interpretação do desejo: ensaios sobre o estudo da sexualidade. Rio de Janeiro, Garamond, 2006, p.65-110.

KIMMEL, Michael S. A produção simultânea de masculinidades hegemônicas e subalternas. In: Horizontes Antropológicos: Corpo, Saúde e Doença. Porto Alegre: ano 4, nº 9, out. 1998, p.103–117 apud CECCHETTO, Fátima Regina. Violência e Estilos de Masculinidade. Rio de janeiro: FGV, 2004.

LANDES, Ruth. Matriarcado cultural e homossexualidade masculina. In: ________. A cidade das mulheres. 2ª ed. rev. (1ª, 1947). Rio de Janeiro: UFRJ, 2002, 352 p., p. 319-331.

LARVIE, Patrick. Violência contra homossexuais e organizações comunitárias. In: Comunicações do Iser: Violência e minorias sexuais. ISER, nº 56, 2001, 23–39.

MACHADO, Roberto. Introdução: Por uma genealogia do poder. In: MACHADO, Roberto (org.). Microfísica do poder. 11ª reimpressão da 1ª edição (1979). FOUCAULT, Michel. Rio de janeiro: Graal, 1995, p. VII–XXIII..

MOTT, Luiz. Violação dos direitos humanos e assassinato de homossexuais no Brasil. Salvador, Editora do Grupo Gay da Bahia, 2000.

____________ e CERQUEIRA, Marcelo. Causa Mortis: homofobia. Salvador: Editora do Grupo Gay da Bahia, 2001.

NAHOUM-GRAPPE, Véronique. Da dimensão sexual de uma guerra: os estupros em série como arma na ex-Iugoslávia, 1991-1995. In: SCHPUN, Mônica Raissa (Org.). Masculinidades. São Paulo: Boitempo; Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2004, p. 15-34.

NAVARRO-SWAIN, Tânia. Para além do binário: os queers e o heterogênero. In: Gênero, v. 2, nº 1, 2º sem. 2001, p. 87-97.

_________. Feminismo e práticas sexuais: quais os desafios? In: Caderno Espaço Feminino.Uberlândia: Nuguem-PGH-UFU, 2001-2002, v. 9, nº 10/11, p. 9-34.

_________. Feminismo e lesbianismo: a identidade em questão. Pagu, nº 12. São Paulo: Unicamp, 1999, pp. 109-120.

_________. O que é lesbianismo, São Paulo, 2000: Brasiliense, 101 p.

OLIVEIRA, Leandro. Jeito de bicha, jeito de homem: gestos que pesam entre travestis, cross-dressers e seus parceiros sexuais no subúrbio do Rio de Janeiro. . [Comunicação]. III Congresso da ABEH – Associação Brasileira de Estudos da Homocultura: Discursos da diversidade sexual: lugares, saberes, linguagens. Caderno de resumos. Belo Horizonte: FAFICH/UFMG, 2006, p. 13.

PARKER, Richard. Cultura, economia política e construção social da sexualidade. In: LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 2ª edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2001, 125-150.

PIERUCCI, Antonio Flavio. Ciladas da diferença. In: Tempo social. São Paulo: USP, 2(2), 2 sem. 1990, p. 7-33.

PLACER, F. González. Identidade, diferença e indiferença. O si mesmo como obstáculo. In: LARROSA, Jorge e LARA, Nuria Pérez de. Imagens do outro. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 135-151.

RAGO, Luzia Margareth. De Eva a santa, a dessexualização da mulher no Brasil. In: RIBEIRO, Renato Janine (org.). Recordar Foucault – Os textos do colóquio Foucault. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 219-227.

RAMOS, Silvia e BORGES, Doriam. Disque defesa homossexual: números da violência. In: Comunicações do Iser: Violência e minorias sexuais. ISER, nº. 56, 2001, p. 67–78.

RAMOS, Silvia e CARRARA, Sérgio. Política, Direitos, Violência e Homossexualidade: Pesquisa 9ª Parada do Orgulho GLBT – Rio 2004. Rio de Janeiro: Clam/Ims.

Fique sempre informado com o Jus! Receba gratuitamente as atualizações jurídicas em sua caixa de entrada. Inscreva-se agora e não perca as novidades diárias essenciais!
Os boletins são gratuitos. Não enviamos spam. Privacidade Publique seus artigos

RAMOS, Silvia. Disque defesa homossexual: narrativas da violência na primeira pessoa. In: Comunicações do ISER: Violência e minorias sexuais. ISER, nº. 56, 2001, p. 53–66.

_________. Violência e homossexualidade no Brasil: As políticas públicas e o movimento homossexual. In: GROSSI, Miliam Pillar et al. Movimentos Sociais, Educação e Sexualidades. Rio de Janeiro: Garamond, 2005, p. 31-44.

RINALDI, Alessandra. “chantagens”, “extorsões”, “brigas” e “queixas”: representações de gays, lésbicas e travestis sobre violência, conflito e discriminação. In: Comunicações do Iser. Violência e minorias sexuais. Rio de Janeiro: ISER, nº. 56, ano 20, 2001, p. 8–22.

RODRIGUES, Rita de Cassia Colaço. Jacarés, lobisomens, lagartixas, quebra-louças, extraterrestres, exus e colibris: o novo e o mesmo, o “nós” e o “eles” – o desafio das homossexualidades entre o alargar e reconstituir fronteiras. Comunicação apresentada no III Congresso da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH). Belo Horizonte: Fafich/UFMG, 2006(a).

_________. Da reprodução do desvalor & seus antídotos. Comunicação apresentada no VII Seminário Internacional Fazendo Gênero 7 Gênero e Preconceitos. Florianópolis: UFSC/ UDESC, 2006(b), 8 p. http://www.fazendogenero7.ufsc.br/artigos/R/Rita_Colaco_38_A.pdf

_________. Das produções do desvalor – refletindo sobre algumas dinâmicas. Comunicação apresentada no XII Encontro Regional de História Anpuh Rio. Niterói: UFF, 2006 e no IV Encontro Nacional Universitário de Diversidade Sexual. Vitória: Plural/ASTRAES/UFES, 2006(c).

_________. Poder, Gênero, Resistência, Proteção Social e Memória: aspectos da socialização de “lésbicas” e “gays” em torno de um reservado em São João de Meriti, no início da década de 1980 [dissertação de mestrado]. Niterói: UFF/ESS–PPGPS, 2006.

Disponível em: http://www.bdtd.ndc.uff.br/;

RUBIN, Gayle. El tráfico de mujeres: notas sobre la “economía política” del sexo. En: LAMAS, Marta (comp.). El género: una construcción cultural de la diferencia sexual. México: PUEG, 1996, p. 35-96. Acesso: 15/10/2006. http://www.cholonautas.edu.pe/modulo/%20upload/rubin.pdf.

_________. Reflexionando sobre el sexo: Notas para una teoría radical de la sexualidad. En: VANCE, Carole (Comp.). Placer y peligro. Explorando la sexualidad femenina. Madrid: Revolución, 1989, p. 113-190. Acesso: 15/10/2006. http://www.cholonautas.edu.pe/%20modulo/upload/rubin.pdf.

SANTAMARÍA, Enrique. Do conhecimento de próprios e estranhos (disquisições sociológicas). In: LARROSA, Jorge e LARA, Nuria Pérez de. Imagens do outro. Petrópolis: Vozes, 1998.

SANTOS, Wanderley Guilherme dos. Razões da Desordem. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.

______________. Horizonte do Desejo: instabilidade, fracasso coletivo e inércia social. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. In: Gender and the politics of history. New York: Columbia University Press, 1989. DABAT, Cristine Rufino e ÁVILA, Maria Betânia (tradutoras). In: SOS Corpo, Recife, 1991, mimeo, 29 p.

SILVA, Hélio. R. S. Travesti: a invenção do feminino. Etnografia. Rio de janeiro: Relume-Dumará: ISER, 1993.

SIQUEIRA, Maria Juracy Toneli. A constituição da identidade masculina: alguns pontos para discussão. São Paulo: Psicologia USP, v. 8, nº. 1, 1997, 17 p.

SOIHET, Rachel. O corpo feminino como lugar de violência. In: Projeto História. São Paulo, nº. 25, dezembro de 2002, p. 269-289.

_________. Condição feminina e formas de violência. Mulheres pobres e ordem urbana. 1890-1920. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.

VIANNA, Adriana R. B. e CARRARA, Sérgio. “As Vítimas do Desejo”: Os Tribunais Cariocas e a Homossexualidade nos Anos 1980. In: PISCITELLI, Adriana, GREGORI, Filomena e CARRARA, Sérgio (orgs.). Sexualidades e Saberes: Convenções e Fronteiras. Rio de Janeiro: Garamond, 2004, p. 365–383.

VINCENT–BUFFAULT, Anne. A lei dos gêneros. In: Da amizade. Uma história do exercício da amizade nos séculos XVIII e XIX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996, p. 139–185.

WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. In: Revista de Estudos Feministas [online]. 2001, vol.9, nº.2, p.460-482. Acesso: 26/03/2006. Disponível em: . ISSN 0104-026X.

Versão modificada do texto apresentado ao Seminário Homofobia, Identidades e Cidadania LGBTTT, NIGS/UFSC, Florianópolis, de 05 a 06 de setembro de 2007: ISBN 978-85-7426-004-4, http://www.nigs.ufsc.br/seminariolgbttt/. Extraído da dissertação de mestrado defendida e aprovada em dezembro de 2006 perante o PPGPS/UFF/ESS.


Notas

[1] Colaço, 1984, 36-39.

[2] Colaço, 1984, 37.

[3] Scott, 1989.

[4] Scott, 1989.

[5] Cecchetto, 2004.

[6] Parker, 2001; Gagnon, 2006.

[7] Gagnon, 2006.

[8] Gagnon, 2006, 224. Destaquei.

[9] A formulação de Gagnon não reconhece a existência de roteiros de conduta social (estilos; estruturação de práticas) que sejam hegemônicos. Em seu entendimento, a permanente dinâmica de disputa no estabelecimento de atributos e práticas para as atuações sociais (papéis) significaria a impossibilidade de sua fixação paradigmática. Para Gagnon, o fato de inexistir um controle completo, totalmente inviabilizador da existência de roteiros alternativos é lido como inocorrência da hegemonia (Gagnon, 2006, 224).

[10] Cecchetto, 2004, 24 e ss..

[11] Kimmel apud Cecchetto, 2004, 29. Negrito de minha autoria.

[12] Elias e Scotson, 2000, passim, Castoriadis, 260.

[14] Elias, 2000.

[15] Rodrigues, 2006(a).

[16] Rodrigues, 2006(a); 2006(6); 2006(c).

[17] Vianna e Carrara, 2004, 366-367; Ramos e Borges, 2001, 67-78.

[18] Elias, 2000, p. 24-25.

[19] Castoriadis, 2004, 259-260.

[20] Elias, 2000; Navarro-Swain, 2001-2002, 32.

[21] Butler, 2001, 155, 161-166; Scott, 1991; Barret y Phillips, 2002, 13-23; Cecchetto, 2004.

[22] Portinari, 1989, 90-91; Faury, 76-77.

[23] Bourdieu, 2001.

[24] Foucault, 2003; 2005; 1999; Microfísica do Poder. 11ª reimpressão. Rio de janeiro: Graal, 1995.

[25] Bourdieu. 2001(a); 2005; 2003; 2001(b); 1999.

[26] Cecchetto, 2004.

[27] Bourdieu, 2001(a), 199-218, 2001(b), 7-15, 54-55

[28] Mott, 2000; Mott & Cerqueira, 2001; Iser, 2000; Ramos e Carrara, 2005; 2006.

[29] Vianna e Carrara, 2004, 365-383.

[30] Cecchetto, 2004, 71.

[31] Rubin, 1996 e 1989.

[32] Birman, 1995. Ver também: Landes, 2002; Fry, 1982; 1995; 2002.

[33] Bourdieu, 1999, 2001(b), 2003, 2005.

[34] Rinaldi, 2001, 10.

[35] Fontes, 1998, 33-52.

[36] Chauí, 2001; 2006; D’Araújo, 2003; Santos, 1993; 2006.

[37] Silva, 1993.

[38] Colaço, 2005; Rodrigues, 2006(b); 2006(c).

[39] “Gays”, “lésbicas”, “sapatão”, “viado”, “bicha”, “travesti”, “monokó”, “adé”, transexual, “transgênero”.

Assuntos relacionados
Sobre a autora
Rita C. C. Rodrigues

Graduada em Direito pela UFRJ. Doutoranda em História Social pela UFF. Mestre em Política Social (Proteção Social) pela UFF.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

RODRIGUES, Rita C. C.. Homofobia: a dimensão de poder na estigmatização da diferença . Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 17, n. 3187, 23 mar. 2012. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/21357. Acesso em: 28 mar. 2024.

Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!
Publique seus artigos