A centralidade do conflito na vida dos homossexuais
Lamentavelmente, na realidade de nosso país, “a história de vida de gays, lésbicas e travestis é construída no e a partir do conflito”, conforme sintetizado por Alessandra Rinaldi, em estudo sobre as representações que gays, lésbicas e travestis têm sobre violência, conflito e discriminação[34].
Devemos, porém, recordar que o conflito em si não constitui fator negativo. Ao contrário. Instaurado em face da divergência, permite a construção de novas formas de convívio, possibilita o repensar de padrões até então vigentes[35].
Nossa dificuldade em compreendê-lo nessa dimensão criativa remonta à nossa formação histórica, que por sua vez se inscreve em matrizes igualmente pouco permeáveis aos valores republicanos, colaborativos e da alteridade[36]. É essa dificuldade em se relacionar com a diferença e a divergência, marcas características de formações autoritárias e competitivas, que nos conformam e se expressam através dos elevados indicadores de violência e segregação social.
Finalizando
Para finalizar (mas não concluir):
O que há de comum nas manifestações de homofobia como o assassinato do vereador Renildo José dos Santos, de Coqueiro Seco, em Alagoas, em 10/03/1993; o do adestrador de cães Edson Néris da Silva, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, em 06/02/2000, os corriqueiros extermínios das travestis e transgêneros prostitutas[37], os espancamentos e cárceres privados ainda hoje praticados por pais e irmãos contra “gays” e “lésbicas”, a desqualificação das “lésbicas” masculinizadas (monokós) no interior de algumas casas de candomblé[38]?
A mim me parece que todos eles refletem disputas por dominação, controle e prestígio, que se expressam a partir de nossa intrínseca dificuldade em lidar com a diferença. Atuam no sentido de perpetuar um determinado sistema de valores e normas de conduta baseado na agressividade, na hierarquização, na aversão à diferença, na objetalização e subjugação do Outro e na instrumentalização da vida.
A partir de tais percepções, por onde ir?
Parece-me que apenas nos voltando para o exame das dinâmicas contextualizadas, em busca de seus referentes ordenadores. Quais sistemas de valores organizam as prescrições: para sexo anatômico (possuir ou não um falus), estilo de gênero e orientação sexual em cada contexto? O que exatamente, isto é, qual/quais desse/s valor/res está/ão sendo visto/s como ameaçado/s diante da presença dos gêneros e das sexualidades fora da norma[39] em cada configuração? Que função desempenha a violência (física e simbólica)desferida contra tais infratores? Qual o ganho social e pessoal auferido pelo agente da violência (física e simbólica)?
Entendo que somente através de tais problematizações é possível avançarmos na busca de mecanismos capazes de, compreendendo suas lógicas estruturantes, desmontá-las e construir bases outras para as relações sociais. Assentadas em torno de valores outros, como respeito à diversidade, cooperação e solidariedade.
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Notas
[1] Colaço, 1984, 36-39.
[2] Colaço, 1984, 37.
[3] Scott, 1989.
[4] Scott, 1989.
[5] Cecchetto, 2004.
[6] Parker, 2001; Gagnon, 2006.
[7] Gagnon, 2006.
[8] Gagnon, 2006, 224. Destaquei.
[9] A formulação de Gagnon não reconhece a existência de roteiros de conduta social (estilos; estruturação de práticas) que sejam hegemônicos. Em seu entendimento, a permanente dinâmica de disputa no estabelecimento de atributos e práticas para as atuações sociais (papéis) significaria a impossibilidade de sua fixação paradigmática. Para Gagnon, o fato de inexistir um controle completo, totalmente inviabilizador da existência de roteiros alternativos é lido como inocorrência da hegemonia (Gagnon, 2006, 224).
[10] Cecchetto, 2004, 24 e ss..
[11] Kimmel apud Cecchetto, 2004, 29. Negrito de minha autoria.
[12] Elias e Scotson, 2000, passim, Castoriadis, 260.
[14] Elias, 2000.
[15] Rodrigues, 2006(a).
[16] Rodrigues, 2006(a); 2006(6); 2006(c).
[17] Vianna e Carrara, 2004, 366-367; Ramos e Borges, 2001, 67-78.
[18] Elias, 2000, p. 24-25.
[19] Castoriadis, 2004, 259-260.
[20] Elias, 2000; Navarro-Swain, 2001-2002, 32.
[21] Butler, 2001, 155, 161-166; Scott, 1991; Barret y Phillips, 2002, 13-23; Cecchetto, 2004.
[22] Portinari, 1989, 90-91; Faury, 76-77.
[23] Bourdieu, 2001.
[24] Foucault, 2003; 2005; 1999; Microfísica do Poder. 11ª reimpressão. Rio de janeiro: Graal, 1995.
[25] Bourdieu. 2001(a); 2005; 2003; 2001(b); 1999.
[26] Cecchetto, 2004.
[27] Bourdieu, 2001(a), 199-218, 2001(b), 7-15, 54-55
[28] Mott, 2000; Mott & Cerqueira, 2001; Iser, 2000; Ramos e Carrara, 2005; 2006.
[29] Vianna e Carrara, 2004, 365-383.
[30] Cecchetto, 2004, 71.
[31] Rubin, 1996 e 1989.
[32] Birman, 1995. Ver também: Landes, 2002; Fry, 1982; 1995; 2002.
[33] Bourdieu, 1999, 2001(b), 2003, 2005.
[34] Rinaldi, 2001, 10.
[35] Fontes, 1998, 33-52.
[36] Chauí, 2001; 2006; D’Araújo, 2003; Santos, 1993; 2006.
[37] Silva, 1993.
[38] Colaço, 2005; Rodrigues, 2006(b); 2006(c).
[39] “Gays”, “lésbicas”, “sapatão”, “viado”, “bicha”, “travesti”, “monokó”, “adé”, transexual, “transgênero”.