Em tempos conturbados, a negação vem se tornando a resposta mais cotidiana do executivo e do parlamento. A resposta para a crise é NEGAR.
Negar que a maioria da população não deseja a reforma trabalhista, negar que as mais representativas entidades da sociedade civil já se manifestaram contra a reforma da previdência e trabalhista, tais como CNBB (Confederação de Bispos do Brasil), Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Aliança Evangélica Brasileira, Conselho Federal de Economia , Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Federal de Psicologia, Fórum Nacional de Enfermagem, Federação Médica Brasileira (FMB), Conselho Federal de Nutrição, Associação dos Profissionais dos Correios, Confederação Nacional dos trabalhadores na Saúde, além de sindicatos e associações de Magistrados, Ministério Público, Policia Federal e Civil, Conselho Nacional de Saúde.
Via de regra, todas as entidades civis, que não sejam de representantes patronais, são contra as reformas trabalhistas e previdenciária apresentadas no legislativo. Todas identificam elementos de precarização e grave retrocesso social. Contudo, o posicionamento da mídia e do executivo é negar a existência da sociedade civil, acreditando que somente o setor empresarial tem poder de decisão sobre o destino dos trabalhadores.
Por conseguinte, 17 dos 27 Ministros do Tribunal Superior do Trabalho entregaram documento, ao Presidente do Senado, detalhando os motivos dos extremados prejuízos ao trabalhador na proposta de alterações das leis trabalhistas. Leia na íntegra o documento.
Todavia, a negação continua evidente... Mesmo com ministérios, literalmente, pegando fogo e com altos membros do executivo estampando as páginas policias, o legislativo insiste que deve aprovar - a qualquer custo - as reformas. Quem estarão representando?