CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo proposto tem um olhar retrospectivo, ainda que exposto de forma cronologicamente linear: tendo como fim a apresentação da teoria da segunda escravidão, buscou-se contextualizá-la retrospectivamente à luz do histórico do debate que se travou no Brasil sobre a sua própria escravidão, procurando os principais vetores de tal discussão em diferentes searas do conhecimento, conforme mencionado na seção introdutória deste trabalho.
No que tange à teoria da segunda escravidão, conclui-se que a contribuição maior do modelo desenvolvido por Dale Tomich reside nas suas ressalvas procedimentais, ou seja, nos meios da sua pesquisa, razão pela qual se priorizou, como objeto do presente trabalho, a exposição da crítica tecida pelo historiador e do seu diálogo com os demais modelos teóricos existentes, em detrimento de uma simples paráfrase das suas conclusões sobre a distinção entre a primeira e a segunda escravidão nas Índias Ocidentais.
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Notas
1Para uma análise mais aprofundada sobre as fases da obra e do pensamento de Marx, recomenda-se a leitura de NAVES, Márcio Bilharinho. Marx: Ciência e Revolução. 2ª ed. São Paulo: QuartierLatin, 2008
2 Para uma visão sintética e introdutória sobre os fundamentos econômicos da escola neoclássica, recomenda-se a leitura do capítulo 7 de HUNT, E. K; SHERMAN, Howard J. História do pensamento econômico. 26ª ed. Petrópolis: Vozes, 2013.