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De bacharéis a servidores:

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31/12/2017 às 12:10
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CONCLUSÃO

Considera-se, após o trajeto percorrido pela pesquisa, que o trabalho de Sérgio Buarque de Holanda sobre bacharelismo contribui de maneira significativa à discussão de diversos temas que afetam a presente sociedade brasileira, principalmente no tocante à Universidade e busca de identidade nacional. Revela notar, por fim, que as melhorias na educação universitária passam pela superação de seu papel meramente instrumental, o que exige trabalho árduo e fatigante, mesmo que para tanto seja necessário contrariar as aptidões voltadas à estabilidade e conforto.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOURDIEU, Pierre. Sobre o Estado: Cursos no Collège de France, tradução de Rosa Freire D’Aguiar – 1º ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014. 

CARVALHO, José Murilo de. História intelectual no Brasil: a retórica como chave de leitura. Topoi. Rio de Janeiro, n. 1, pp. 123-152. Disponível em: < http://www.ifcs. ufrj.br/~ppghis/pdf/topoi1a3.pdf> Acesso em: 24 de junho de 2017 às 21:52.

CASTRO JÚNIOR, João Batista de; REITER, Bernd. Continuidade e Mudança no Brasil: Os Legados do Bacharelismo. Revista de Direito Federal, AJUFE, v. 23, n. 88, p. 81, 2007.

DE ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás Cubas. – Campinas: Editora Komedi, 2008.  

DE HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. – 27º ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

FAORO, Raymundo. Os donos do Poder: formação do patronato político brasileiro; prefácio Gabriel Cohn. – 5º ed. – São Paulo: Globo, 2012.

FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mucambos: decadência do patriarcado e desenvolvimento do urbano – 15º ed. rev. – São Paulo: Global, 2004. 

LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil. – 7º ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2012.  

PENA, Felipe. Fábrica de Diplomas. – 1º ed. – Rio de Janeiro: Record, 2011.

QUEIROZ, Raquel. O Quinze – 77º ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2004.

RIBEIRO, Adelia Maria Miglievich. "O pensamento crítico acerca da universidade na América Latina: de Darcy Ribeiro à modernidade-colonialidade." Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas (2014): 149-163.


Notas

[1] Como nota esclarecedora, imperioso dizer que o fenômeno do bacharelismo não se reduziu ao espaço brasileiro, pelo contrário, foi encontrado em diversos países, destacando-se, porém, as sociedades pós-coloniais da América Latina, como pode ser visto em: RIBEIRO, Adelia Maria Miglievich. "O pensamento crítico acerca da universidade na América Latina: de Darcy Ribeiro à modernidade-colonialidade." Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas (2014): 149-163.  

[2] De modo que não é por acaso que a principal festa hoje realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil é o conhecido Baile do Rubi, em que se reúne a classe dos doutores advogados. 

[3] Corroborando o exposto, pesquisa realizada pela Revista Consultor Jurídico constata que o Brasil tem cerca de 12 milhões de concurseiros, o que representa a incrível faixa de 10% da população economicamente ativa.  http://salvomelhorjuizo.com/post/139350677093/o-brasil-tem-cerca-de-12-milh%C3%B5es-de-concurseiros, acesso em 26/06/2017, às 09:48.

[4] (Http://www.olavodecarvalho.org/por-linhas-tortas/, acesso em 24/07/2017 às 15:39). 

[5] Pesquisa realizada pelo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa, revela um impressionante número de 38% de analfabetos funcionais com formação universitária, encontrada em http://acaoeducativa.org.br/wp content/uploads/2016/09/INAFEstudosEspeciais_2016_Letramento_e_Mundo_do_Trabalho.pdf. Acesso em 24/07/2017 às 09:42.  

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Sobre o autor
Vinícius Pomar Schmidt

Advogado e professor.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

SCHMIDT, Vinícius Pomar. De bacharéis a servidores:: a universidade como instrumento de ascensão social. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 22, n. 5296, 31 dez. 2017. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/63116. Acesso em: 29 mar. 2024.

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