Símbolo do Jus.com.br Jus.com.br
Artigo Selo Verificado Destaque dos editores

Uma análise supraconstitucional do caso Araguaia.

Oestudo sobre a validade da Lei de Anistia

Exibindo página 4 de 4
Agenda 30/08/2013 às 11:10

4. CONCLUSÃO

A Justiça internacional, através da Corte Interamericana dos Direitos Humanos, determinou que o Brasil investigasse os crimes ocorridos durante o período ditatorial castrense, compreendido entre os anos de 1964 a 1985, cometidos pelos agentes a serviço da ditadura. Por sua vez, o Supremo Tribunal Federal exara entendimento no sentido da constitucionalidade da Lei de Anistia. Como resolver o presente conflito?

O presente trabalho buscou demonstrar que os direitos fundamentais inseridos na órbita constitucional, na realidade advêm do chamado Direito Internacional dos Direitos Humanos que gozam de absoluta primazia sobre o Direito interno, tendo em vista que, conforme ficou demonstrado no capítulo um, os direitos humanos possuem caráter supraconstitucional, limitando o próprio Poder Constituinte Originário.

Partindo da premissa acima, demonstrou-se que durante a fase ditatorial castrense brasileira os direitos humanos foram restringidos através da edição de Atos Institucionais, que objetivavam legitimar o regime opressor, culminando na edição de uma Lei de Anistia representativa de interesses dos membros da ditadura, uma vez que garantiria a eles total impunidade no que diz respeito aos atos praticados enquanto agentes do Estado, mesmo que estes houvessem violado ferrenhamente os direitos humanos com fito de manter o status quo do regime.

Com a redemocratização brasileira tornou-se mister uma reanálise acerca da validade da Lei de Anistia, já que possui forte cunho de uma bilateralidade imposta. É nesse contexto que torna-se inexorável o entendimento de que o Estado brasileiro tem a obrigação de cumprir a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos de 24 de novembro de 2010, proferida no Caso Guerrilha do Araguaia, na qual o Brasil foi declarado responsável pelo desaparecimento de pessoas, além de uma série de responsabilidades como a instituição de uma Comissão da Verdade, responsável pela investigação dos atos praticados durante o regime, bem como a abertura dos arquivos secretos da ditadura.

Com efeito, torna-se imprescindível uma reanálise por parte do Supremo Tribunal Federal acerca da validade da Lei de Anistia, tendo em vista a ambiência internacional, bem como a sentença proferida pela Corte Interamericana, na qual deve prevalecer, conforme afirmado no último parágrafo do capítulo três: I) a declaração de invalidade do artigo 1º, da Lei de Anistia ante a promulgação da Constituição Federal de 1988, razão pela qual não pode ser recepcionada em decorrência da sua incompatibilidade material; II) a inconvencionalidade do referido diploma legal frente á Convenção Interamericana de Direitos Humanos que o Brasil é signatário e a conseqüente III) busca da verdade factível acerca dos crimes cometidos durante o período ditatorial e seus consectários lógicos, quais sejam, os princípios do Direito Penal, a adequação típica, bem como a prescritibilidade que devem ser analisados pelo Poder Judiciário.


5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AYRES, Rodrigo Santa Maria Coquilallard Ayres. Dos porões à Corte Interamericana de Direitos Humanos: desafios da Anistia. Disponível em: <https://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/16798/16798.PDF> Acesso em: 06 de novembro de 2012.

BRASIL. A anistia na era da responsabilização: o Brasil em perspectiva internacional e comparada. Brasília: Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Oxford : Oxford University, Latin American Centre. Brasília, 2011.

BRASIL. Ato Institucional n.° 1. Disponível em: <https://www.acervoditadura.rs.gov.br/legislacao_2.htm> Acesso em 15 de novembro de 2012.

CAMARGO, Cássio Michel dos Santos; ALVES, Rafael Souza Alves. Ditadura, repressão e música. Disponível em: <https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/viewFile/8861/6471> Acessado em: 24 de outubro de 2012.

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da teoria geral do Estado. 31ª ed. Editora Saraiva. São Paulo, 2012.

FICO, Carlos. Versões e Controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbh/v24n47/a03v2447.pdf> Acessado em 22 de novembro de 2012.

GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Editora L&PM. [s.d]

GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011

GALVÃO, Vivianny. Prevalência dos Direitos Humanos: Reflexões acera de suas influências normativas, conceitos e extensão. Maceió: mimeo. 2012.

GARRETON M., Manuel Antonio. A redemocratização no Chile: transição, inauguração e evolução. Lua Nova. N. 27. São Paulo, 1992. Disponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S[010]2-64451992000300004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 28 outubro 2012.

GOMES, Luiz Flávio. Proteção dos direitos humanos: Coleção Doutrinas Especiais. v. 6. Org. Flávia Piovesan e Maria Garcia. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo, 2011

GOMES, Luiz Flávio; MAZZUOLLI, Valerio de Oliveira. Crimes da ditadura militar: uma análise à luz da jurisprudência atual da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo, 2011.

GUEMBE, María José. Reabertura dos processos pelos crimes da ditadura militar Argentina. Sur, Rev. int. direitos humano. V. 2, n. 3. São Paulo, 2005. Disponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S[180]6-64452005000200008&lng=en&nrm=iso> Acesso em 28 outubro 2012.

KONDER, Leandro. A questão da ideologia. Companhia das Letras. São Paulo, 2002.

MELLO, Celso D de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. 15ª ed. v. 1. Editora Renovar. Rio de Janeiro, 2004.

MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 27ª ed. Editora Atlas. São Paulo, 2011.

NASCIMENTO, Durbnes Matins. Guerrilha no Brasil: Uma crítica à tese do “Suicídio Revolucionário em voga nos anos 80 e 90”. Revista Cantareira. N° 5, Vol. 1, Ano 02. Pará, 2004.

NETTO, David A. Castro. Legitimação e ditadura: A propaganda comercial em foco. Associação Nacional de História – ANPUH. XXV Simpósio Nacional de História. Fortaleza, 2009.

NEVES, Gustavo Bregalda. Direito Internacional Público e Direito Internacional Privado. 3ª ed. Editora Atlas. São Paulo, 2009.

OLIVEIRA. Liziane Paixão Silva. O conceito de soberania perante a globalização.

OLIVEIRA, Fábio Corrêa Souza de. Conjuntura Internacional, Transformações do Estado, Realinhamento e Desubstancialização Constitucional. Disponível em: <https://www.mundojuridico.adv.br>. Acesso em 14 setembro 2012.

PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 13ª ed. rev. atual. Editora Saraiva. São Paulo, 2012

RAMOS, Lemos. Justiça Militar e processo político no Brasil (1964-1968). Disponível em: <https://www.ifcs.ufrj.br/~ppghis/pdf/renato_justica_militar.pdf> Acessado em: 03 de novembro de 2012.

SARMENTO, Jorge. Pontes de Miranda e a teoria dos direitos fundamentais. Disponível em: <https://www.georgesarmento.com.br/wp-content/uploads/2011/02/Pontes-de-Miranda-e-a-teoria-dos-direitos-fundamentais2.pdf> Acesso em: 17 novembro 2012.

SILVA FILHO, José Carlos Moreira. O julgamento da ADPF 153 pelo Supremo Tribunal Federal e a inacabada Transição Democrática Brasileira.

SOUZA, Deusa Maria. A angústia sem fronteiras – a reconstrução do mundo dos familiares de desaparecidos políticos do Araguaia (Brasil) e da Argentina: um estudo comparativo. Associação Nacional de História – ANPUH. XXIV Simpósio Nacional de História. São Leopoldo, 2007.


Notas

1 Apesar do movimento iluminista tratar da “fraternidade”, no âmbito jurídico prefere-se o termo “solidariedade”.

Fique sempre informado com o Jus! Receba gratuitamente as atualizações jurídicas em sua caixa de entrada. Inscreva-se agora e não perca as novidades diárias essenciais!
Os boletins são gratuitos. Não enviamos spam. Privacidade Publique seus artigos

2 SARMENTO, Jorge. Pontes de Miranda e a teoria dos direitos fundamentais. Disponível em <https://www.georgesarmento.com.br/wp-content/uploads/2011/02/Pontes-de-Miranda-e-a-teoria-dos-direitos-fundamentais2.pdf> Acesso em: 17 novembro 2012.

3 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 35.

4 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 32.

5 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p 34.

6 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 33.

7 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 37.

8 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 37.

9 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 37/39.

10PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 13. ed. rev. atual. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 93-94.

11 GALVÃO, Vivianny. Prevalência dos Direitos Humanos: Reflexões acera de suas influências normativas, conceitos e extensão. Maceió: mimeo. 2012, p. 02.

12 GALVÃO, Vivianny. Prevalência dos Direitos Humanos: Reflexões acera de suas influências normativas, conceitos e extensão. Maceió: mimeo. 2012, p. 03

13 GALVÃO, Vivianny. Prevalência dos Direitos Humanos: Reflexões acera de suas influências normativas, conceitos e extensão. Maceió: mimeo. 2012, p. 04.

14 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 35.

15 MORAES, Alexandre de.. 27. ed. Direito Constitucional. São Pulo: Atlas, 2011.

16 Termo utilizado por Matteucci para descrever o conceito de soberania, enfatizando a sua limitabilidade.

17 DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da teoria geral do Estado. 31. Ed. Editora Saraiva. São Paulo, 2012, p. 81/84.

18 OLIVEIRA. Liziane Paixão Silva. O conceito de soberania perante a globalização.

19 DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da teoria geral do Estado. 31. Ed. São Editora Saraiva. São Paulo, 2012, p. 85.

20 OLIVEIRA. Liziane Paixão Silva. O conceito de soberania perante a globalização, p. 05.

21 OLIVEIRA. Liziane Paixão Silva. O conceito de soberania perante a globalização, p. 07.

22 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 65.

23 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 67.

24 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 68.

25 OLIVEIRA. Liziane Paixão Silva. O conceito de soberania perante a globalização, p. 11.

26 PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 13. ed. rev. atual. Editora Saraiva. São Paulo, 2012, p. 97.

27 OLIVEIRA, Fábio Corrêa Souza de. Conjuntura Internacional, Transformações do Estado, Realinhamento e Desubstancialização Constitucional. Disponível em: <https://www.mundojuridico.adv.br>. Acesso em 14 setembro 2012.

28 PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 13. ed. rev. atual. Editora Saraiva. São Paulo, 2012, p. 108.

29 PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 13. ed. rev. atual. Editora Saraiva. São Paulo, 2012, p. 109.

30 PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 13. ed. rev. atual. Editora Saraiva. São Paulo, 2012, p. 109.

31 PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 13. ed. rev. atual. Editora Saraiva. São Paulo, 2012, p. 109.

32 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maeió: Edufal, 2011, p. 41.

33 NEVES, Gustavo Bregalda. Direito Internacional Público e Direito Internacional Privado. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.

34 MELLO, Celso D de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. 15. ed. v. 1. Editora Renovar,. Rio de Janeiro, 2004, p. 121.

35 GOMES, Luiz Flávio. Proteção dos direitos humanos: Coleção Doutrinas Especiais. v. 6. Org. Flávia Piovesan e Maria Garcia. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo, 2011, p. 347.

36 GOMES, Luiz Flávio. Proteção dos direitos humanos: Coleção Doutrinas Especiais. v. 6. Org. Flávia Piovesan e Maria Garcia. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo, 2011, p. 348-349.

37 GOMES, Luiz Flávio. Proteção dos direitos humanos: Coleção Doutrinas Especiais. v. 6. Org. Flávia Piovesan e Maria Garcia. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo, 2011, p. 349-352.

38 RANGEL, Marotta, apud, GOMES, Luiz Flávio. Proteção dos direitos humanos: Coleção Doutrinas Especiais. v. 6. Org. Flávia Piovesan e Maria Garcia. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo, 2011, p. 350.

39 GOMES, Luiz Flávio. Proteção dos direitos humanos: Coleção Doutrinas Especiais. v. 6. Org. Flávia Piovesan e Maria Garcia. São Pulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, p. 351.

40 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 43.

41 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 44.

42 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 48.

43 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 49.

44 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 49.

45 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 51.

46 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 51

47 GALVÃO, Vivianny. Assédio Moral mal-estar no trabalho. Maceió: Edufal, 2011, p. 55/60.

48 GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Editora L&PM. [s.d] p. 09-10.

49 Conforme será tratado no próximo tópico, a fragilidade do Governo vigente, a necessidade da economia acompanhar as transformações e intensificações do capitalismo, bem como um espírito golpista presente nos militares e nos civil que os apoiavam, deram ensejo às ditaduras militares brasileira e argentina.

50 KONDER, Leandro. A questão da ideologia. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 27.

51 SOUZA, Deusa Maria. A angústia sem fronteiras – a reconstrução do mundo dos familiares de desaparecidos políticos do Araguaia (Brasil) e da Argentina: um estudo comparativo. Associação Nacional de História – ANPUH. XXIV Simpósio Nacional de História. São Leopoldo, 2007.

52 Compreendido entre os anos de 1969 e 1973.

53 CAMARGO, Cássio Michel dos Santos; ALVES, Rafael Souza Alves. Ditadura, repressão e música. Disponível em: <https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/viewFile/8861/6471> Acessado em: 24 de outubro de 2012.

54 CAMARGO, Cássio Michel dos Santos; ALVES, Rafael Souza Alves. Ditadura, repressão e música. Disponível em: <https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/viewFile/8861/6471> Acessado em: 24 de outubro de 2012.

55 PALOMINOS apud CAMARGO, Cássio Michel dos Santos; ALVES, Rafael Souza Alves. Ditadura, repressão e música. Disponível em: <https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/viewFile/8861/6471> Acessado em: 24 de outubro de 2012.

56 No Brasil os principais músicos perseguidos foram: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Taiguara e Geraldo Vandré.

57FICO, Carlos. Versões e Controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbh/v24n47/a03v2447.pdf> Acessado em 22 de novembro de 2012.

58 FICO, Carlos. Versões e Controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbh/v24n47/a03v2447.pdf> Acessado em 22 de novembro de 2012.

59 FICO, Carlos. Versões e Controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbh/v24n47/a03v2447.pdf> Acessado em 22 de novembro de 2012.

60 FICO, Carlos. Versões e Controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbh/v24n47/a03v2447.pdf> Acessado em 22 de novembro de 2012.

61 FICO, Carlos. Versões e Controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbh/v24n47/a03v2447.pdf> Acessado em 22 de novembro de 2012.

62 RAMOS, Lemos. Justiça Militar e processo político no Brasil (1964-1968). Disponível em: <https://www.ifcs.ufrj.br/~ppghis/pdf/renato_justica_militar.pdf> Acessado em: 03 de novembro de 2012.

63 BRASIL. Ato Institucional n.° 1. Disponível em: <https://www.acervoditadura.rs.gov.br/legislacao_2.htm> Acesso em 15 de novembro de 2012.

64 Art. 18. - Ficam extintos os atuais Partidos Políticos e cancelados os respectivos registros.

Parágrafo único - Para a organização dos novos Partidos são mantidas as exigências da Lei nº 4.740, de 15 de julho de 1965, e suas modificações.

65 Art. 5º - A suspensão dos direitos políticos, com base neste Ato, importa, simultaneamente, em: I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função; II - suspensão do direito de votar e de ser votado nas eleições sindicais; III - proibição de atividades ou manifestação sobre assunto de natureza política; IV - aplicação, quando necessária, das seguintes medidas de segurança: a) liberdade vigiada; b) proibição de freqüentar determinados lugares; c) domicílio determinado, § 1º - O ato que decretar a suspensão dos direitos políticos poderá fixar restrições ou proibições relativamente ao exercício de quaisquer outros direitos públicos ou privados. § 2º - As medidas de segurança de que trata o item IV deste artigo serão aplicadas pelo Ministro de Estado da Justiça, defesa a apreciação de seu ato pelo Poder Judiciário.

66 AYRES, Rodrigo Santa Maria Coquilallard Ayres. Dos porões à Corte Interamericana de Direitos Humanos: desafios da Anistia. Disponível em: <https://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/16798/16798.PDF> Acesso em: 06 de novembro de 2012.

67 STRECK apud AYRES, Rodrigo Santa Maria Coquilallard Ayres. Dos porões à Corte Interamericana de Direitos Humanos: desafios da Anistia. Disponível em: <https://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/16798/16798.PDF> Acesso em: 06 de novembro de 2012.

68 SOUZA, Deusa Maria. A angústia sem fronteiras – a reconstrução do mundo dos familiares de desaparecidos políticos do Araguaia (Brasil) e da Argentina: um estudo comparativo. Associação Nacional de História – ANPUH. XXIV Simpósio Nacional de História. São Leopoldo, 2007.

69 BRASIL. A anistia na era da responsabilização: o Brasil em perspectiva internacional e comparada. Brasília: Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Oxford : Oxford University, Latin American Centre, 2011, p. 359-363.

70 CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Gomes Lund E Outros (“Guerrilha Do Araguaia”) Vs. Brasil. SENTENÇA DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010(Exceções Preliminares, Mérito, Reparações e Custas), p.8

71 BRASIL. A anistia na era da responsabilização: o Brasil em perspectiva internacional e comparada. Brasília: Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Oxford : Oxford University, Latin American Centre, 2011, p. 356-358.

72 O “Pacote de Abril”, entre outras coisas, criou a figura do senador biônico, ou seja, aquele parlamentar que seria indicado diretamente pelo Presidente militar e não eleito através do voto. Tal figura anômala foi criada com o objetivo de conter a dominação parlamentar do MDB que estava crescente nas eleições.

73 GOMES, Luiz Flávio; MAZZUOLLI, Valerio de Oliveira. Crimes da ditadura militar: uma análise à luz da jurisprudência atual da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo, 2011. P. 73/86.

74 GOMES, Luiz Flávio; MAZZUOLLI, Valerio de Oliveira. Crimes da ditadura militar: uma análise à luz da jurisprudência atual da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo, 2011. P. 73/86.

75 GARRETON M., Manuel Antonio. A redemocratização no Chile: transição, inauguração e evolução. Lua Nova, São Paulo, n. 27, dez. 1992. Disponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S[010]2-64451992000300004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 28 outubro 2012.

76 GARRETON M., Manuel Antonio. A redemocratização no Chile: transição, inauguração e evolução. Lua Nova, São Paulo, n. 27, dez. 1992. Disponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S[010]2-64451992000300004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 28 outubro 2012.

77 GOMES, Luiz Flávio; MAZZUOLLI, Valerio de Oliveira. Crimes da ditadura militar: uma análise à luz da jurisprudência atual da Corte Interamericana de Direitos Humanos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011. P 73/86.

78 Remeto à leitura do tópico anterior.

79

GUEMBE, María José. Reabertura dos processos pelos crimes da ditadura militar Argentina. Sur, Rev. int. direitos human., São Paulo, v. 2, n. 3, Dec. 2005. . Diisponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S[180]6-64452005000200008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 28 outubro 2012.

80 GOMES, Luiz Flávio; MAZZUOLLI, Valerio de Oliveira. Crimes da ditadura militar: uma análise à luz da jurisprudência atual da Corte Interamericana de Direitos Humanos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011.P. 73/86.

81 GOMES, Luiz Flávio; MAZZUOLLI, Valerio de Oliveira. Crimes da ditadura militar: uma análise à luz da jurisprudência atual da Corte Interamericana de Direitos Humanos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011. P. 73/86.

82 GOMES, Luiz Flávio; MAZZUOLLI, Valerio de Oliveira. Crimes da ditadura militar: uma análise à luz da jurisprudência atual da Corte Interamericana de Direitos Humanos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011. P. 73/86.

83 BRASIL. A anistia na era da responsabilização: o Brasil em perspectiva internacional e comparada. Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Oxford : Oxford University, Latin American Centre. Brasília, 2011, p. 356-358.

84 BRASIL. A anistia na era da responsabilização: o Brasil em perspectiva internacional e comparada. Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Oxford : Oxford University, Latin American Centre, Brasília,2011,p. 356-358.

85 BRASIL. A anistia na era da responsabilização: o Brasil em perspectiva internacional e comparada. Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Oxford : Oxford University, Latin American Centre, Brasília,2011, p. 356-358.

86 BRASIL. A anistia na era da responsabilização: o Brasil em perspectiva internacional e comparada. Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Oxford : Oxford University, Latin American Centre, Brasília,2011, p. 356-358.

87 BRASIL. A anistia na era da responsabilização: o Brasil em perspectiva internacional e comparada. Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Oxford : Oxford University, Latin American Centre, Brasília,2011, p. 356-358.

88 BRASIL. A anistia na era da responsabilização: o Brasil em perspectiva internacional e comparada. Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Oxford : Oxford University, Latin American Centre, Brasília,2011, p. 356-358.

89 BRASIL. A anistia na era da responsabilização: o Brasil em perspectiva internacional e comparada. Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Oxford : Oxford University, Latin American Centre, Brasília,2011, p. 364.

90 BRASIL. A anistia na era da responsabilização: o Brasil em perspectiva internacional e comparada. Brasília: Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Oxford : Oxford University, Latin American Centre. Brasília, 2011, p. 365.

91 GOMES, Luiz Flávio; MAZZUOLLI, Valerio de Oliveira. Crimes da ditadura militar: uma análise à luz da jurisprudência atual da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo, 2011, p. 51.

92 PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 13. ed. rev. atual. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 123.

93 PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 13. ed. rev. atual. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 123.

94 CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Gomes Lund E Outros (“Guerrilha Do Araguaia”) Vs. Brasil. SENTENÇA DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010(Exceções Preliminares, Mérito, Reparações e Custas), p. 30.

95 GOMES, Luiz Flávio; MAZZUOLLI, Valerio de Oliveira. Crimes da ditadura militar: uma análise à luz da jurisprudência atual da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo, 2011, p. 158.

96 Termo com denotação semelhante à “legalidade autoritária”.

97 AYRES, Rodrigo Santa Maria Coquilallard Ayres. Dos porões à Corte Interamericana de Direitos Humanos: desafios da Anistia. Disponível em: <https://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/16798/16798.PDF> Acesso em: 06 de novembro de 2012.

98 AYRES, Rodrigo Santa Maria Coquilallard Ayres. Dos porões à Corte Interamericana de Direitos Humanos: desafios da Anistia. Disponível em: <https://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/16798/16798.PDF> Acesso em: 06 de novembro de 2012.

99

[100] SILVA FILHO, José Carlos Moreira. O julgamento da ADPF 153 pelo Supremo Tribunal Federal e a inacabada Transição Democrática Brasileira.

[101] AYRES, Rodrigo Santa Maria Coquilallard Ayres. Dos porões à Corte Interamericana de Direitos Humanos: desafios da Anistia, p. 36. Disponível em: <https://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/16798/16798.PDF> Acesso em: 06 de novembro de 2012.

[102] Tema exaustivamente explanado no primeiro capítulo.

[103] GOMES, Luiz Flávio; MAZZUOLLI, Valerio de Oliveira. Crimes da ditadura militar: uma análise à luz da jurisprudência atual da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo, 2011, p. 53.

Sobre a autora
Lívia Bandeira Calheiros

Assessora jurídica do TJ/AL. Graduada pela Fits.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

CALHEIROS, Lívia Bandeira. Uma análise supraconstitucional do caso Araguaia.: Oestudo sobre a validade da Lei de Anistia. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 18, n. 3712, 30 ago. 2013. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/25177. Acesso em: 22 nov. 2024.

Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!